Mapa de risco em segurança do trabalho: como fazer na sua empresa

Por Dr. José Aldair Morsch, 19 de janeiro de 2023
Mapa de risco segurança do trabalho

Agentes capazes de provocar acidentes e doenças ficam mais visíveis em um mapa de risco em segurança do trabalho.

O documento combina uma planta da empresa à sinalização de segurança, informando sobre os riscos ocupacionais de um jeito simples e claro.

Daí a importância de que cada empresa faça esse mapeamento e construa uma ilustração capaz de orientar os colaboradores no dia a dia.

Avance na leitura e entenda para que serve e como fazer um mapa de risco, incluindo as cores e símbolos utilizados.

No final, você também confere um bônus com soluções de telemedicina para as equipes do SESMT e CIPA.

O que é mapa de risco em segurança do trabalho?

Mapa de risco em segurança do trabalho é uma representação gráfica dos riscos ocupacionais presentes na empresa.

Por sua vez, os riscos ocupacionais são as ameaças à vida ou saúde dos trabalhadores, que surgem em função de condições ou elementos que integram o ambiente laboral.

A identificação e avaliação de riscos é feita por especialistas em saúde e segurança do trabalho, que podem pertencer ao SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) próprio ou terceirizado.

É a partir da análise e classificação dos riscos que são traçadas estratégias preventivas, que evitam o adoecimento, lesões ou mortes relacionadas ao trabalho.

Contudo, essa informação não tem muita utilidade se ficar restrita aos times do SESMT ou mesmo à Comissão Interna de Acidentes (CIPA) – formada por representantes do empregador e empregados.

Faz mais sentido se for compartilhada com todos os funcionários, e o mapa de risco é uma ferramenta importante para isso.

Para que serve o mapa de risco em segurança do trabalho?

O mapa de risco em segurança do trabalho serve para comunicar a presença de fontes de risco e sua intensidade aos colaboradores.

Por meio da representação gráfica, esse instrumento informa se um local contém riscos ergonômicos, químicos, físicos, biológicos e/ou de acidentes (mecânicos) com agilidade.

Dessa forma, dá para diminuir a exposição ocupacional à radiação ionizante, por exemplo, evitando a entrada de pessoas não autorizadas na sala de raio X em um hospital.

Basta que o funcionário observe o mapa de risco para notar um círculo verde ali, além da mensagem de “entrada proibida” ou “acesso restrito” na porta da sala.

O mesmo raciocínio se aplica à prevenção de acidentes num canteiro de obras, a partir da sinalização de áreas de manuseio de equipamentos perigosos, como retroescavadeiras.

No mapa de risco, será possível visualizar um grande círculo azul neste local – que é uma dica para que nenhum empregado passe por ali desprotegido.

Como fazer um mapa de risco em segurança do trabalho?

Veja, a seguir, os seis principais passos para montar um mapa de risco em segurança do trabalho.

1. Identifique os riscos ocupacionais

Como adiantei acima, a identificação e gestão de riscos cabe a especialistas do SESMT, que fornecem a base para a produção do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR).

Ali, estarão descritas as ameaças em potencial e quais medidas são tomadas para minimizar seus efeitos.

2. Reúna a equipe responsável

Caso sua empresa tenha SESMT e CIPA, ambos os grupos podem contribuir para o registro gráfico dos riscos ocupacionais.

Em negócios pequenos, o encarregado da CIPA pode montar o mapa a partir das informações do PGR e da orientação de uma consultoria ou profissional de SST, como um técnico ou engenheiro de segurança.

3. Mapeie as fontes de risco

Nesta etapa, a equipe responsável aponta onde estão concentrados e qual a intensidade dos riscos presentes na empresa.

Eles serão representados por círculos de tamanhos diferentes, que corresponderão a:

  • Baixo risco: círculo pequeno. Normalmente, trata-se de uma ameaça controlada, por exemplo, o risco biológico dos banheiros
  • Médio risco: círculo médio. Risco considerável, mas que pode ser controlado. Por exemplo, risco de escorregar numa cozinha industrial
  • Alto risco: círculo grande. Ameaça relevante e que não pode ser totalmente controlada. Por exemplo: risco de queda num terreno escavado.

Cada risco identificado deve receber uma classificação de acordo com essas categorias.

4. Use as cores do mapa de risco em segurança do trabalho

Depois de definir o tamanho dos círculos, é hora de determinar quais cores serão usadas.

Para isso, a equipe deve seguir o esquema padronizado de classificação dos riscos ocupacionais, ou seja:

  • Verde para risco físico, como calor, frio, ruído, pressão e radiações
  • Vermelho para risco químico, a exemplo de poeiras minerais, fumos, vapores, gases ou névoas
  • Marrom para risco biológico, ou seja, insetos, vírus, parasitas, bactérias, fungos ou protozoários
  • Amarelo para risco ergonômico, como levantamento manual de peso, movimentos repetitivos, monotonia, ritmo intenso, trabalho noturno, trabalho em turnos, riscos psicossociais
  • Azul para risco de acidentes ou mecânico, por exemplo, altas chances de explosão ou incêndio, máquinas obsoletas, iluminação deficiente, piso escorregadio, atividades em altura etc.

Lembrando que as cores facilitam a observação e o entendimento por todos os interessados.

5. Ofereça treinamento a todos os funcionários

Finalizado o mapa, faça um treinamento rápido para que todos saibam identificar as informações contidas nele.

Você também pode inserir legendas para evitar confusões.

6. Imprima e espalhe cópias do mapa de risco pela empresa

Nem toda empresa necessita fixar seu mapa de risco em diferentes locais, principalmente se tiver grau de risco baixo (1 e 2).

Porém, é útil elaborar e manter o mapa de risco acessível a toda a equipe, num lugar de uso comum como a cantina, cozinha, auditório, recepção ou próximo aos banheiros.

Estabelecimentos com maior quantidade e intensidade de riscos devem ir além, espalhando os gráficos por todos os setores.

Mapa de riscos SST

A identificação e a avaliação dos riscos são realizadas por especialistas em saúde e segurança do trabalho

Como a telemedicina ajuda a minimizar riscos no ambiente de trabalho?

A telemedicina permite a comunicação e compartilhamento de documentos como o PGR dentro de um ambiente virtual seguro, protegido por senhas e criptografia.

No sistema de Telemedicina Morsch, profissionais in loco podem contatar e até solicitar a assinatura digital para laudos ocupacionais em poucos cliques.

É só acessar a plataforma a partir de qualquer dispositivo conectado à internet.

A partir aí, é possível criar, atualizar, enviar e assinar arquivos de saúde ocupacional da empresa e colaboradores.

É tudo muito fácil, rápido e eficaz para as suas necessidades.

A opção de assinatura eletrônica via telemedicina está disponível para:

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Conclusão

O mapa de risco em segurança do trabalho tem grande importância para a sinalização de SST.

Por isso, a empresa deve manter esse registro sempre atual e acessível a todos os funcionários.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin