Telemedicina em outros países: inovações em saúde pelo mundo

Por Dr. José Aldair Morsch, 12 de janeiro de 2023
Telemedicina em outros países

Já parou para pensar sobre a telemedicina em outros países?

Esse é o tipo de conhecimento que, além de saciar a curiosidade, agrega informações relevantes para expandir os serviços médicos a distância na sua clínica ou hospital.

Sem contar o benchmark para aprimorar a qualidade dos serviços, alcançando maior eficiência.

Foi pensando nisso que decidi escrever este artigo, com dados sobre experiências de telemedicina em cinco nações e na Europa.

Acompanhe até o final e confira também soluções disponíveis no Brasil para qualificar a assistência médica online.

Como é a telemedicina em outros países?

Especialidade que conecta pacientes, médicos e outros profissionais de saúde geograficamente distantes, a telemedicina surgiu ligada ao desenvolvimento de tecnologias da informação e comunicação (TICs).

Isso deu um caráter internacional à área desde os primórdios de sua utilização de modo estruturado, na década de 1960.

Foi naquela época que a tecnologia ligou o Hospital Geral de Massachusetts ao aeroporto da cidade de Boston, nos Estados Unidos, permitindo orientações a distância dadas à equipe do aeroporto para o socorro a emergências.

Essa experiência serviu de inspiração a diversas iniciativas locais, permitindo a ampliação dos serviços de telemedicina por diferentes países.

Telemedicina na Europa

Por reunir países desenvolvidos, a telemedicina é bastante difundida no continente europeu, especialmente entre as nações ocidentais.

Para dar uma ideia da amplitude das iniciativas, um estudo (em inglês) divulgado recentemente pela Organização Mundial da Saúde constatou que a telemedicina está presente em seus 53 países-membros localizados na Europa.

Segundo o levantamento:

“Os resultados mostram um claro benefício das tecnologias de telemedicina na triagem, diagnóstico, manejo, tratamento e acompanhamento de longo prazo de uma série de doenças crônicas”.

No entanto, existem desafios para a expansão dos serviços online, devido às diferenças na cultura, legislação (conteúdo em inglês) e recursos disponíveis em cada nação europeia.

Telemedicina em Portugal

Em Portugal, a telemedicina é regulamentada e disponibilizada na saúde pública e particular, através de serviços como teleconferência, telerradiologia, telecardiologia e telepsiquiatria.

Em entrevista, Daniel Ferreira, diretor clínico do Centro Clínico Digital do Hospital da Luz em Lisboa, citou ainda iniciativas diferenciadas de acompanhamento domiciliar para doentes crônicos com insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), entre outras condições.

Telemedicina no Reino Unido

No Reino Unido, a telemedicina avançava devagar até 2019, quando o governo colocou como meta o acesso da população a consultas online e atendimento primário digital até 2024.

Na época, cerca de 80% da assistência médica era prestada de forma presencial, enquanto 20% se valiam de tecnologias como internet e telefone.

Em 2020, a pandemia pelo coronavírus acelerou a adoção da telemedicina tanto no sistema privado quanto no âmbito do Serviço Nacional de Saúde britânico, o NHS.

Esse progresso foi possível graças a adaptações legislativas, com a permissão do governo para que médicos e enfermeiros atendessem remotamente.

O resultado foi a ampliação dos atendimentos online para 60% do total, com a estimativa de que se mantenham em 50%, mesmo após a pandemia.

Telemedicina nos Estados Unidos

Os EUA sempre estiveram na vanguarda em relação à telemedicina, tendo liberado as receitas digitais, por exemplo, já em 2007.

Atualmente, a nação domina a área, com a expectativa de crescimento de US$ 64,1 bilhões até 2025, de acordo com estudo promovido pela Global Market Insights.

O uso da tecnologia vinha se popularizando desde antes da pandemia de Covid-19, através da oferta de serviços como o telemonitoramento.

Porém, a evolução foi acelerada com o início das medidas de distanciamento social e quarentena.

Um estudo de tendências (em inglês) realizado pela NYU Langone Health revelou declínio de 80% nos atendimentos presenciais, junto ao aumento de 683% na assistência via telemedicina entre 2 de março e 14 de abril de 2020.

Telemedicina no Canadá

Assim como os Estados Unidos, o acesso à telemedicina vinha sendo ampliado há décadas no Canadá.

E foi impulsionado pelas medidas de prevenção à covid em 2020, chegando à marca de 77% das consultas ambulatoriais feitas a distância na província de Ontário.

A adesão massiva foi permitida por adequações na legislação, que determinou a cobertura dos teleatendimentos por telefone ou videoconferência, equiparando-os à assistência convencional.

Telemedicina no exterior

A telemedicina é bastante difundida no continente europeu, especialmente entre as nações ocidentais

Telemedicina na Argentina

A Argentina aprovou em outubro de 2021 o projeto de lei nacional sobre os princípios e objetivos da telemedicina, com o propósito de regulamentar o uso das tecnologias de informação e comunicação na prática da medicina remota.

Desde então, uma rede coordenada pelo Ministério da Saúde argentino se dedica a regular e fiscalizar as ações.

O marco regulatório acompanha o novo normal iniciado em 2020, com 72% dos pacientes acessando o sistema de saúde via celular ou computador.

Antes da pandemia, o mais popular programa de telemedicina da Argentina havia realizado 50 mil teleconsultas em 10 anos.

Apenas no primeiro ano de pandemia, uma única empresa de telemedicina privada do país registrou 10 mil atendimentos a distância.

E a telemedicina no Brasil, como funciona?

Alguns procedimentos via telemedicina no Brasil foram regulamentados em 2002, mas não era permitido o atendimento direto ao paciente.

Isso mudou com a publicação da Resolução CFM 2.314/2022, que autorizou a teleconsulta por videoconferência.

Combinados à consulta online, teleconsultoria entre médicos, profissionais de saúde ou administração, teleinterconsulta ou segunda opinião médica, telediagnóstico, telecirurgia, telemonitoramento e teletriagem formam as sete frentes da telemedicina no país.

Elas possibilitam economia de tempo e dinheiro, além de ganhos com soluções como laudos a distância.

Qual a importância da telemedicina no mundo?

Investir em telemedicina democratiza o acesso a serviços de saúde de qualidade, mesmo em locais de difícil acesso.

Usando sistemas robustos, médicos e profissionais de saúde levam sua expertise a qualquer lugar, bastando que haja um dispositivo conectado à internet.

Em especial porque as plataformas de telemedicina ficam hospedadas na nuvem, possibilitando o login de toda parte do planeta.

Então, não é à toa que a Global Market Insights estima uma expansão de US$ 131 bilhões para a telemedicina até 2025, fruto de crescimento médio anual de 19%.

A boa notícia é que sua empresa também pode participar dessa transformação digital, ampliando as receitas com o serviço de laudos online da Telemedicina Morsch.

Basta compartilhar registros de exames para que sejam interpretados por nosso time de especialistas, que elaboram e assinam digitalmente o laudo.

Dessa forma, o documento é entregue em minutos via plataforma.

E você ainda aproveita vantagens como o prontuário eletrônico, prescrição digital e segunda opinião qualificada no mesmo sistema.

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Conclusão

Gostou de aprofundar os conhecimentos sobre a telemedicina em outros países?

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin