Como aumentar a imunidade e quais são os sinais de alerta?

Por Dr. José Aldair Morsch, 8 de fevereiro de 2022
Como aumentar a imunidade

Não há como aumentar a imunidade sem algum esforço e disciplina.

Para que o corpo consiga reagir aos incontáveis processos infecciosos e vetores de doenças diariamente, é preciso que certos cuidados sejam observados.

Lembre-se: o dinheiro pode comprar tratamento médico, mas não compra saúde.

Então, o melhor a se fazer é manter uma postura proativa em relação aos bons hábitos.

Você vai conhecer os principais neste conteúdo, além de ficar por dentro dos sinais de baixa imunidade.

Não perca essa chance de aprender a cuidar de si mesmo. 

Saiba, ainda, como a tecnologia é sua aliada nesse desafio, oferecendo atendimento médico online de um jeito simples.

Tem como aumentar a imunidade sem tomar remédio?

Sim, é perfeitamente possível aumentar a imunidade sem precisar de medicamentos.

Em geral, basta investir no tripé alimentação balanceada, atividade física e sono de qualidade para fortalecer o sistema imunológico, prevenindo diversas doenças.

Diminuir o estresse na rotina é outra boa pedida para apoiar as células de defesa do organismo, manter a disposição e o bem-estar.

Como aumentar a imunidade com novos hábitos

A imunidade representa o conjunto de órgãos, células e tecidos responsáveis por defender o organismo das tentativas de invasão de agentes patológicos.

Ela também tem o papel restaurador, ao atuar sobre as partes do organismo danificadas em razão de doenças ou de ferimentos.

Mas, para funcionar bem, o sistema imunológico precisa encontrar certas condições, sem as quais a probabilidade de falhar aumenta.

Isso implica cuidar da alimentação e adotar um estilo de vida que afaste o risco de doenças e complicações.

Descubra agora como aumentar a imunidade:

1. Evite álcool e cigarro 

Segundo estatísticas recentes do Atlas do Tabaco, o cigarro causa mais de 7 milhões de mortes anualmente em todo o mundo.

É muito mais do que doenças incuráveis, como a AIDS, que mata cerca de 680 mil pessoas por ano, por exemplo.

Outra doença incurável, o alcoolismo, provoca cerca de 3 milhões de óbitos por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Portanto, o melhor a fazer pela sua saúde é evitar essas substâncias, para as quais não existe um nível seguro de consumo.

2. Beba água sempre 

Sendo o nosso corpo formado basicamente por água, nem é preciso ir muito longe para saber que, sem ela, não há como ter saúde.

Beber pelo menos 2 litros diariamente é essencial para hidratar o corpo, garantindo assim o pleno funcionamento dos órgãos e sistemas.

A água é tão importante que podemos ficar semanas sem comer, mas não sobreviveríamos se ficássemos mais de 5 dias sem ingeri-la.

3. Faça exercícios físicos

A OMS também alerta para os riscos à saúde gerados pelo sedentarismo.

De acordo com a entidade, aproximadamente 5 milhões de mortes poderiam ser evitadas todo ano se houvesse mais atividade física.

Por outro lado, a prática de esportes deve ser orientada para que não venha a agravar possíveis problemas de saúde ou condições de que uma pessoa seja portadora.

O mais indicado é sempre buscar por orientação médica e de profissionais de Educação Física antes de começar qualquer atividade. 

4. Discipline o seu sono 

A falta de sono afeta 65% dos brasileiros, como mostra uma pesquisa da Associação Brasileira de Sono.

Não bastasse a alta incidência, boa parte dessas pessoas não sabe o que fazer para voltar a dormir bem.

Um ponto de partida para melhorar a qualidade do sono é disciplinar os horários, mantendo a mesma hora tanto para dormir quanto para acordar, inclusive nos dias livres.

5. Opte por remédios naturais 

Outro problema que afeta os brasileiros é o hábito da automedicação, praticada por 79% das população acima dos 16 anos.

O que talvez essas pessoas não saibam é que existem soluções naturais de baixo risco para tratar de problemas de saúde comuns.

Como veremos mais à frente, os chás estão entre as mais indicadas, mas tem como aumentar a imunidade com uma série de compostos naturais, como a equinácea e o extrato de própolis.

Mas não custa lembrar: mesmo optando por soluções naturais, converse com seu médico primeiro.

6. Prefira as fontes naturais de vitaminas 

Embora não seja contraindicado, cápsulas ou drágeas com suplementos de vitaminas não são o ideal.

Isso porque toda e qualquer vitamina pode ser obtida por meio da dieta equilibrada, em que alimentos variados estejam presentes.

Verduras, legumes, frutas e carnes são algumas das fontes naturais que, quando consumidas nas quantidades certas, garantem a oferta dos nutrientes de que precisamos.

7. Exponha-se um pouco ao sol 

Uma das vantagens de viver em um país tropical é a alta disponibilidade de luz solar quase o ano todo.

Essa é a principal fonte de vitamina D, a qual só é produzida nas quantidades adequadas quando nos expomos ao sol com certa regularidade.

Estima-se que o período ideal seja de 20 minutos diários, o que dá um total de duas horas a cada 6 dias.

8. Diminua o consumo de alimentos industrializados

Não é novidade que alimentos processados como presunto e salgadinhos elevam o colesterol ruim, além de aumentar o risco de doenças cardiovasculares.

Eles estão também associados a diversos casos de câncer, portanto, devem ser evitados por pessoas e grupos de risco, como obesos e hipertensos.

9. Tenhas os chás como aliados 

Subestimados por parte da população, os chás podem ser aliados para melhorar a saúde e fortalecer o sistema imunológico.

Alguns deles são, inclusive, indicados por médicos em tratamentos para problemas como insônia, diabetes (por baixarem os níveis de açúcar) e para auxiliar o sistema digestivo.

Contudo, há chás que devem ser consumidos com moderação ou evitados, como o chá preto e chá mate, em razão dos altos níveis de cafeína que contêm.

Não custa repetir: sempre converse com seu médico antes de inserir um novo chá na dieta.

10. Ignore as dietas milagrosas

Ainda que existam dietas eficazes para reduzir peso, a verdade é que a maioria delas não é sustentável.

A pessoa sai da dieta e todo o peso perdido volta, em alguns casos até em dobro, sem contar os impactos para o sistema imunológico.

Dessa forma, o melhor mesmo é evitar essas dietas, principalmente aquelas que são vendidas como solução instantânea para o sobrepeso.

Afinal, peso e imunidade podem, na maioria das vezes, ser equilibrados através da alimentação regrada e prática de exercícios regulares. 

Quer mais uma dica?

Consulte com nutricionista ou endocrinologista antes de iniciar qualquer tentativa de perder peso.

11. Mantenha o controle do estresse

Descargas eventuais de estresse são normais, servindo para preparar o organismo para lutar ou fugir diante de uma situação perigosa.

Nesse cenário, o corpo libera noradrenalina e dopamina para aumentar a sensação de alerta, e também ativa o sistema imunológico para possíveis ferimentos durante a luta ou fuga.

Segundo especialistas ouvidos nesta reportagem, o problema começa quando há estresse crônico, fazendo o organismo se manter em estado de alerta prolongado, o que sobrecarrega o sistema imune.

Aos poucos, as células de defesa ficam esgotadas e enfraquecidas, incapazes de proteger o organismo contra invasores e até de eliminar células doentes, elevando o risco de câncer.

Para reduzir o estresse patológico, invista em técnicas como meditação, respiração consciente e pausas ao longo do dia.

12. Faça check-ups regularmente

O check-up médico é um aliado valioso na manutenção da imunidade, pois revela deficiências nutricionais, alterações hormonais, doenças em estágio inicial, etc.

O diagnóstico precoce aumenta muito as chances e a velocidade de cura das patologias, portanto, é sempre melhor que sejam identificadas no começo.

Alterações hormonais podem ser corrigidas antes que causem danos à saúde, e carências alimentares também são supridas com o devido acompanhamento médico e nutricional.

13. Cuide da saúde intestinal

O equilíbrio da microbiota intestinal é fundamental para a imunidade, formando uma barreira protetora contra vírus, bactérias e outros microrganismos capazes de provocar doenças.

Quando há desequilíbrio ou disbiose, essa barreira fica enfraquecida, facilitando quadros inflamatórios e infecciosos.

Incluir alimentos probióticos na dieta, como iogurte e leite fermentado, ajuda a preservar a microbiota intestinal.

Frutas, proteínas magras e gorduras mono e poli-insaturadas também contribuem para a saúde do intestino.

Sistema imunológico

Existem alguns alimentos que reforçam o sistema imunológico, oferecendo vitaminas que o corpo precisa

Vacinas aumentam a imunidade?

Sim, vacinas aumentam a imunidade a determinados microrganismos causadores de doenças, pois oferecem um reforço ao sistema imune.

Uma vez administradas no organismo, as vacinas realizam uma exposição controlada ao microrganismo, sem provocar a doença propriamente dita.

Dessa forma, as células de defesa ficam treinadas para atacar o invasor de maneira contundente quando ele realmente estiver tentando invadir o corpo.

Daí a eficácia dos imunizantes, comprovada diversas vezes em pesquisas e por experiências históricas, como a erradicação da varíola.

No Brasil, a eliminação da poliomielite por mais de 3 décadas foi alcançada graças à ampla vacinação infantil.

O que comer para aumentar a imunidade?

A verdade é que a imunidade só se fortalece quando a oferta de nutrientes segue uma dieta equilibrada, na qual as refeições são feitas em intervalos regulares.

Lembre-se: alimentar-se bem não é comer muito de uma vez só e ficar longos períodos em jejum.

Tanto é que boa parte dos atletas de alto rendimento se alimentam em intervalos de 3 horas, pois assim garantem um suprimento constante de nutrientes.

De qualquer forma, esse é um ponto que deve ser sempre esclarecido com o seu médico nutrólogo ou nutricionista.

Veja, a seguir, que alimentos você pode comer para deixar o seu sistema imunológico sempre “alerta”.

Salmão

O salmão é bastante conhecido por ser rico em ômega-3, um ácido graxo com propriedades anti inflamatórias.

É considerado um nutriente essencial e nosso organismo não consegue produzi-lo, devendo ser obrigatoriamente ingerido na dieta.

Além de ajudar a melhorar as defesas do organismo, essa substância é uma poderosa aliada do sistema cardiovascular, prevenindo problemas cardíacos em geral.

Iogurte natural 

Os alimentos probióticos são aqueles que contêm as chamadas “bactérias do bem”, em razão do papel que desempenham para o bom funcionamento do trato digestivo.

Elas são importantes coadjuvantes para auxiliar órgãos como estômago e intestino, sem contar a força extra que dão para nossas defesas.

Entre os alimentos ricos desses agentes, destaca-se o iogurte natural.

Frutas cítricas 

Você sabe o que frutas como limão, abacaxi, maracujá e laranja têm em comum?

Todas elas são ricas em vitamina C, um dos compostos mais importantes para o sistema imunológico, já que é a partir dela que produzimos os glóbulos brancos.

Basicamente, são esses glóbulos os principais agentes de defesa contra microrganismos infecciosos, já que atuam como “sentinelas” na corrente sanguínea.

Alho 

Muito utilizado como tempero, o alho é também um dos principais alimentos para fortalecer o sistema imunológico.

Ele contém, por exemplo, uma substância chamada alicina, que exerce ação antimicrobiana, impedindo assim que bactérias, vírus e fungos proliferem.

Isso sem contar o seu papel junto ao sistema digestivo, já que ajuda a limpá-lo das bactérias que desequilibram a flora intestinal.

Couve 

Outro alimento bastante presente na mesa do brasileiro é a couve. 

Ainda assim, nem todos sabem que ela é também uma fonte de vitamina C das mais importantes, ajudando a encorpar nossas defesas.

Também é rica em ácido fólico que, assim como a vitamina C, ajuda a melhorar a imunidade por atuar diretamente na formação dos glóbulos brancos.

Outros alimentos

Vale destacar, ainda, os seguintes alimentos como fundamentais para ajudar o sistema imunológico a desempenhar bem o seu papel:

  • Gengibre 
  • Tomate 
  • Cenoura 
  • Amêndoas 
  • Linhaça.

No caso de crianças, fique atento às dicas do próximo tópico.

 Imunidade do corpo

Através da telemedicina, médicos e nutricionistas podem orientar sobre imunidade em consultas remotas

Como aumentar a imunidade infantil?

O organismo das crianças ainda não conta com defesas tão amadurecidas quanto as de uma pessoa adulta.

Por isso, a melhor maneira de garantir que elas estejam protegidas de doenças virais e infecciosas é manter em dia a caderneta de vacinação

Isso sem contar a alimentação equilibrada e a prática de exercícios, que deve ser estimulada com orientação do pediatra.

Quais as consequências da imunidade baixa?

Quando as defesas do organismo não estão “a postos”, ficamos vulneráveis a uma série de doenças oportunistas, infecções e complicações.

Veja algumas delas a seguir e de que forma elas se manifestam quando a imunidade está baixa.

Queda de cabelo

Embora a queda de cabelo seja associada à calvície, em certos casos, ela tem ligação com a baixa imunidade.

É o que acontece, por exemplo, com portadores de doenças autoimunes como o lúpus eritematoso e infecciosas, como a sífilis.

Gripes e resfriados 

Coriza, espirros e tosse persistente são alguns dos sintomas de gripes e resfriados, duas das patologias mais comuns entre os que têm problemas de imunidade.

Vale destacar que os sintomas dessas doenças são similares aos de infecções mais graves, inclusive a Covid-19

Portanto, é sempre indicado evitar a automedicação para tratá-las, dando preferência à consulta médica para uma avaliação.

Irregularidade intestinal 

Existe uma ligação direta entre imunidade e a saúde do sistema digestivo.

Isso porque há aspectos dos problemas imunológicos que têm relação com o funcionamento do trato intestinal

Alguns deles são:

  • Excesso de gases
  • Fezes mal formadas, com coloração diferente do marrom ou sangue nas fezes
  • Distensão abdominal.

Na dúvida, marque uma consulta com um clínico geral para iniciar uma investigação.

Pneumonia 

A pneumonia é uma doença oportunista, que acomete o sistema respiratório de pessoas com baixa imunidade.

Defesas fortalecidas são fundamentais para evitá-la e mais ainda para o seu tratamento, uma vez que a pneumonia pode ser fatal quando a imunidade está baixa.

Infecções em geral 

Um organismo sem defesas é um organismo exposto a todo tipo de infecção.

Amigdalite, tuberculose e gastroenterite, entre outras, são alguns dos processos infecciosos que acometem aqueles que estão com problemas em seu sistema imunológico. 

Atenção aos sintomas de imunidade baixa

Os sinais de queda na imunidade nem sempre são óbvios.

Algumas manifestações sutis podem indicar o enfraquecimento do sistema imune.

Portanto, fique atento aos sintomas frequentes de imunidade baixa:

  • Demora para a cicatrização de feridas
  • Estresse e irritação constantes
  • Náuseas e vômitos
  • Prisão de ventre, diarreia e outros problemas gastrointestinais 
  • Queda de cabelo acentuada
  • Infecções sucessivas
  • Manchas na pele, podendo ser brancas ou vermelhas
  • Unhas fracas e quebradiças
  • Febre recorrente.

Quer orientação médica? Saiba a seguir qual especialista consultar.

Qual médico cuida da imunidade?

O especialista em imunidade é o médico imunologista

Esse especialista avalia, diagnostica e trata problemas que afetam o sistema imunológico.

Contudo, diversos médicos podem ajudar a reforçar a imunidade, a exemplo do nutrólogo, que cuida da alimentação e nutrição.

O mesmo se aplica ao endocrinologista para emagrecer com saúde e cuidar das glândulas que secretam hormônios no organismo.

Na dúvida sobre a origem de sintomas, também dá para consultar o clínico geral.

Esse médico generalista investiga possíveis doenças de modo amplo, podendo fazer a solicitação de exames ou dar encaminhamento a um especialista, se necessário.

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Conclusão

Neste texto, você aprendeu como aumentar a imunidade.

Cuidar das defesas do organismo é o primeiro passo para uma boa saúde e mais qualidade de vida.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin