Laudos de EEG da Telemedicina na Neurologia

Por Dr. José Aldair Morsch, 30 de outubro de 2019
Telemedicina na Neurologia

A telemedicina na neurologia é uma solução eficaz para a interpretação de importantes exames de forma remota.

Por meio da tecnologia, equipes médicas podem contar com resultados rápidos, qualificando diagnósticos e o início de tratamentos em casos graves, como em episódios de AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Da mesma forma, a telemedicina na neurologia oferece maior qualidade de vida para a população, que passa a ter acesso a exames e resultados de forma simples, ainda que distante dos grandes centros urbanos.

Essa é também uma forma de expandir a atuação das instituições de saúde, levar atendimento de qualidade para os quatro cantos do país e, tudo isso, com o apoio de uma junta médica composta por especialistas.

Então, se você cogita a oferta de laudos neurológicos, mas não sabe como fazer esse investimento com economia, continue a leitura deste artigo.

Nele, vou explicar como atender desde um paciente grave e realizar exames complexos contando com o apoio de uma equipe de ponta e especializada.

Tudo, é claro, por meio da plataforma de telessaúde.

O que é telemedicina na neurologia?

A telemedicina é uma área da medicina que se vale de tecnologias da informação e comunicação (TICs) para permitir o atendimento remoto de pacientes.

No Brasil, a modalidade mais utilizada compreende a emissão de laudos a distância.

No caso da telemedicina na neurologia, ou apenas teleneurologia, os exames em questão se destinam à investigação médica sobre o sistema nervoso, como é o caso do eletroencefalograma.

Também é possível recorrer à tecnologia para obter uma segunda opinião médica, recorrendo a um especialista para tirar dúvidas ou ter apoio em um determinado diagnóstico.

Tudo isso ocorre por meio de uma plataforma de telemedicina, um ambiente online e seguro, sobre o qual vou trazer mais detalhes no próximo tópico.

Como a telemedicina na neurologia funciona em uma plataforma de telessaúde?

A telessaúde é uma área ainda mais abrangente que a telemedicina, pois se relaciona a todos os serviços de saúde prestados à distância, também por intermédio das TICs.

Ou seja, engloba a telemedicina e também outros formatos, como teleconsultoria (entre médicos e profissionais da saúde) e a tele-educação (com a oferta de capacitações a distância).

Sua regulamentação no país atende à Portaria MS nº 2.546, publicada em de 27 de outubro de 2011.

Assim, a plataforma de telemedicina que permite que sejam laudados exames em teleneurologia pode, também, ser chamada de plataforma de telessaúde.

Você sabe como ela funciona?

Basicamente, ao contratar uma empresa de telemedicina neurológica, a clínica ou hospital realiza o exame com um equipamento digital e, em seguida, os dados coletados são enviados para o ambiente online.

O portal é acessado pelos especialistas por meio de login e senha próprios, garantindo a segurança das informações armazenadas em nuvem.

Depois de analisar os dados do exame e realizar suas conclusões, eles assinam digitalmente o laudo médico, que é disponibilizado na mesma plataforma.

A partir daí, o documento fica disponível para o médico solicitante, que pode dar sequência ao atendimento, tudo de forma rápida, prática e com grande qualidade.

Dessa forma, tanto um pronto socorro com médicos de atendimento de urgência, que necessitam atender pacientes vítimas de AVC, até profissionais em consultórios que precisam realizar um eletroencefalograma de rotina tenham suporte quando necessário.

E isso é possível ainda que a unidade de saúde não tenha um neurologista no momento do atendimento, já que se vale do “neurologista virtual”, que nada mais é do que um médico especialista da empresa de telemedicina, devidamente logado na plataforma.

Qual a importância da telemedicina na neurologia?

Qual a importância da telemedicina na neurologia?

Qual a importância da telemedicina na neurologia?

Como já expliquei, a telemedicina na neurologia permite a emissão de laudos à distância. 

Ou seja, a realização dos exames se dá em uma clínica, hospital ou consultório, mas o laudo médico é produzido de forma remota e assinado digitalmente por neurologistas.

Isso permite que mais pessoas e regiões tenham acesso à saúde e serviços especializados e qualificados.

Para se ter uma melhor noção da importância desse suporte, a pesquisa Demografia Médica 2018, divulgada pelo Conselho Federal de Medicina, apontou que existe uma enorme desigualdade na distribuição de médicos no Brasil.

Segundo ela, o Sudeste possui 2,81 médicos para cada mil habitantes, enquanto no Norte há apenas 1,16.

Já no caso dos especialistas, ela revela que não existe mão de obra suficiente nos estados do Norte e Nordeste do país.

Nesse sentido, a telemedicina permite que pacientes e clínicas de municípios distantes das capitais não precisem percorrer grandes distâncias para realizar exames neurológicos.

Ao contratar o serviço de laudo à distância, as unidades de saúde deixam os resultados sob a responsabilidade dos especialistas da empresa de telemedicina.

Ganham os pacientes, como acabei de destacar, mas não apenas eles.

Também as clínicas podem ofertar exames neurológicos antes indisponíveis, contando com laudos qualificados a partir da teleneurologia.

Exames contemplados pela telemedicina na neurologia

Falo agora sobre os principais exames laudados a distância na telemedicina neurológica.

Eletroencefalograma clínico

O eletroencefalograma clínico, ou EEG clínico, é o exame neurológico mais solicitado pelos médicos.

Principalmente por ser rápido – costuma durar entre 20 e 40 minutos -, indolor e não invasivo.

Realizado por meio da fixação de eletrodos no couro cabeludo do paciente, o EEG tem como objetivo registrar a atividade elétrica do cérebro.

Ela é avaliada a partir das ondas mentais que aparecem no traçado que é gerado pelo exame.

Essas ondas estão relacionadas a atividades cerebrais determinadas e são analisadas tendo como base os padrões de normalidade.

Nesse sentido, para colher os dados necessários para o exame, o paciente deve realizar algumas atividades simples, como respirar mais rápido, abrir e fechar os olhos.

Ele é comumente realizado para investigar ou acompanhar doenças neurológicas e quando há queixas relacionadas ao sistema nervoso central.

Eletroencefalograma com mapeamento cerebral

O eletroencefalograma com mapeamento cerebral é, inicialmente, um EEG comum, mas que traz resultados mais específicos, com imagens que ajudam no estudo da anatomia cerebral.

O exame processa de forma computadorizada os sinais cerebrais, construindo mapas para que seja possível visualizar o comportamento das áreas do cérebro.

Dessa forma, permite a identificação de áreas que foram acometidas por patologias e a detecção de doenças como tumores, transtornos de aprendizagem, demências e traumas cranianos.

Eletroencefalograma ocupacional

O eletroencefalograma ocupacional é um exame realizado para monitorar a atividade elétrica cerebral do trabalhador.

O seu objetivo é observar a existência de doenças relacionadas ao trabalho que afetem as funções neurológicas e descartar distúrbios neurológicos ou de consciência.

O EEG ocupacional pode ser feito em sono ou vigília (com o trabalhador acordado) e, para fins da Medicina do Trabalho, o seu laudo é chamado de atestado de saúde ocupacional (ASO).

É esse documento que confirma se o colaborador está apto ou não para exercer a função para a qual foi contratado.

Polissonografia

A polissonografia, também conhecida como exame do sono, monitora diversas funções do organismo.

Por esse motivo, ela é comumente feita com internação hospitalar, mas também pode ser realizada no formato domiciliar.

Dentre os testes que compõem a polissonografia estão: o EEG, o eletrocardiograma (ECG), o eletromiograma (EMG), o eletro-oculograma (EOG) e outros.

Considerada como um monitoramento durante o sono, a polissonografia avalia as variações biofisiológicas que ocorrem no paciente enquanto ele dorme, sinalizando anomalias e patologias.

Nesse sentido, permite identificar e diagnosticar distúrbios do sono e doenças neurológicas, como a síndrome das pernas inquietas.

Em que casos vou precisar da telemedicina na neurologia?

Com tudo o que vimos até aqui, fica claro que a telemedicina na neurologia pode ser uma grande aliada para estabelecimentos de saúde.

Você pode precisar desse serviço para a oferta de exames neurológicos, caso tenha uma clínica, consultório ou hospital.

Da mesma forma, pode se valer da tecnologia para melhorar o atendimento e qualificar o diagnóstico médico em casos graves e urgentes, como em ocorrências de AVC.

Raciocínio parecido se aplica a clínicas de medicina do trabalho, que podem contar com a parceria de uma empresa de teleneurologia para laudar o EEG ocupacional.

Em todos os casos, há benefícios evidentes para quem se vale desse serviço.

No próximo tópico, falo mais sobre eles.

Conheça os benefícios da telemedicina na neurologia

Veja, agora, um resumo com os principais benefícios telemedicina na neurologia para unidades de saúde.

1. Laudos neurológicos realizados por médicos especialistas à distância

O Conselho Federal de Medicina (CFM) determina que exames neurológicos, como EEG e polissonografia, podem ser feitos por um técnico de enfermagem treinado, mas os laudos são de responsabilidade exclusiva de especialistas qualificados.

Portanto, a telemedicina na neurologia permite exatamente isso.

Todos os laudos de exames neurológicos são elaborados e assinados digitalmente por neurologistas que possuem registro médico ativo.

2. Laudos 24 horas por dia e sem interrupções

A telemedicina na neurologia é uma ferramenta extremamente útil para salvar vítimas de AVC em regiões remotas.

Ao permitir a interpretação de exames em minutos, 24 horas por dia, durante todo o ano, esse serviço possibilita que todos tenham acesso aos seus resultados com rapidez e agilidade.

Afinal, basta uma conexão com a internet para isso.

3. Armazenamento na nuvem em segurança

A nuvem é um ambiente na internet que permite armazenar uma grande quantidade de arquivos digitais de forma segura.

Quando falamos sobre documentos que contêm informações de saúde, como os laudos médicos, o armazenamento na nuvem é ainda mais importante e vantajoso.

Por meio de mecanismos como senhas e criptografia, o acesso às informações é permitido apenas para pessoas autorizadas.

Além disso, guardar documentos na nuvem dispensa a necessidade de um local físico para arquivamento, e os mantêm intactos e disponíveis para futuras pesquisas, comparações e relatórios.

4. Redução de custos em clínicas e hospitais

Ter o apoio de uma plataforma de telemedicina, permite que clínicas e hospitais diminuam os custos com pessoal e equipamentos – principalmente quando utiliza o aluguel em comodato, sobre o qual vou falar na sequência.

Além disso, a telemedicina na neurologia permite que as instituições de saúde reduzam custos ao:

  • Evitar complicações em pacientes decorrentes de AVCs
  • Diminuir a remoção desnecessária, chamada de ambulancioterapia
  • Reduzir a necessidade da presença de especialistas para acompanhar casos graves, uma vez que oferece o suporte digital.

Estima-se que apenas os custos com exames sejam reduzidos em mais de 50% com a telemedicina.

5. Opção de segunda opinião médica de especialistas quando solicitado

A plataforma de telemedicina permite a troca de informação entre médicos, acessando um neurologista virtual, que é o especialista da empresa parceira.

Isso faz com que seja possível solicitar uma segunda opinião médica a distância, eliminando dúvidas e qualificando diagnósticos.

Como contratar a telemedicina na neurologia?

Contratar uma telemedicina na neurologia não é um bicho de sete cabeças.

Quem tiver interesse em ter esse serviço em sua clínica, hospital ou consultório, deve primeiro buscar uma empresa de confiança e tradição.

Dê preferência a quem possui experiência comprovada, sendo reconhecida pela excelência na oferta de laudos digitais e contando com uma plataforma moderna e prática.

Vale conversar com profissionais da saúde e mesmo outras clínicas para obter opiniões quanto aos serviços contratados.

Garanta que todas as suas necessidades são cobertas pela futura parceira, o que pode incluir laudos para diferentes exames neurológicos, segunda opinião médica, treinamento online e comodato de equipamentos médicos – o assunto que vou tratar agora.

Comodato de aparelhos médicos na telemedicina neurológica

Empresas de telemedicina neurológica que ofertam o comodato de aparelhos médicos agregam valor à parceria.

Afinal, para se valer da plataforma de telessaúde e contar com os laudos online, você precisa dos equipamentos necessários para colher os registros e disponibilizá-los no ambiente virtual.

Mas comprar itens médicos costuma ser caro ou até mesmo inviável para pequenas clínicas.

É aí que o comodato surge como uma excelente opção.

Você não precisa pagar pelos aparelhos para realizar exames como o EEG, por exemplo.

Nesse sistema, ao contratar uma determinada quantidade de laudos mensais, você recebe da parceira de telemedicina o direito ao uso de equipamentos sem custo adicional.

Isso faz com que clínicas, hospitais e consultórios tenham acesso a serviços agregados, que não apenas facilitam a rotina e ampliam o leque de serviços, mas também enxugam despesas.

Ao utilizar o aluguel em comodato com a Morsch, o estabelecimento recebe um aparelho de EEG portátil, que pode ser alimentado por notebook, e que permite a realização de exames mesmo em locais onde não há rede elétrica.

Sobre a Telemedicina Morsch

A Telemedicina Morsch já atua com a emissão de laudos à distância desde 2005, se dedicando para oferecer a melhor experiência para seus clientes.

A empresa disponibiliza um conjunto de serviços que buscam facilitar o dia a dia de hospitais, consultórios e clínicas que oferecem exames de diagnóstico.

Ao dar suporte para seus clientes – desde treinamento de funcionários, até a possibilidade de uma segunda opinião médica – a Morsch permite que unidades de saúde ampliem seu portfólio sem burocracia.

São ofertados laudos remotos para exames em quatro especialidades diferentes: teleneurologia, telecardiologia, telepneumologia e teleradiologia.

Tudo isso por meio de uma plataforma simples e fácil de usar, que se integra a sistemas como o prontuário eletrônico do paciente (PEP).

Conclusão

A telemedicina na neurologia é responsável por uma verdadeira revolução na atenção à saúde neurológica.

Como destaquei neste artigo, são inúmeros os benefícios de contar com laudos a distância, segunda opinião médica e comodato de aparelhos médicos.

Se você quer ampliar a oferta de exames com qualidade, segurança, economia e agilidade, deixe que a Morsch seja a sua parceira no projeto.

Para saber como a plataforma médica funciona na prática e, assim, ver os benefícios que pode oferecer para a sua clínica, fala com nossa equipe!

Se o artigo foi útil, compartilhe com seus contatos.

Referências Bibliográficas

Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes – Ministério da Saúde

Portaria MS nº 2.546/11 – Redefine e amplia o Programa Telessaúde Brasil

Pesquisa Demografia Médica 2015 – Conselho Federal de Medicina

Resolução CFM nº 1.643 de 2002 – Define e disciplina a prestação de serviços através da Telemedicina.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin