Coração acelerado: entenda o sintoma, possíveis causas e o que fazer

Emoções fortes e bebidas estimulantes podem deixar o coração acelerado.

Além de outros fatores externos, que provocam palpitações passageiras e sem qualquer implicação para a saúde.

No entanto, há casos em que esse sintoma se estende ou se repete, o que pede avaliação médica para evitar complicações.

Isso porque certas doenças se manifestam com taquicardia.

Ao longo deste texto, explico melhor esses conceitos, causas e o que fazer ao sentir o coração acelerado.

Uma boa pedida é manter o check up cardiológico em dia e receber acompanhamento médico sem sair de casa, via teleconsulta e telemonitoramento.

Saiba como funciona acompanhando este texto até o final!

O que significa coração acelerado?

Coração acelerado significa uma percepção de batimentos mais rápidos que o normal.

Em outras palavras, é uma palpitação ou batedeira no peito, que indica batimentos fora do padrão.

Esse desconforto tende a gerar preocupação, porque não é natural sentir o coração batendo forte.

Porém, nem sempre isso indica qualquer problema de saúde, como adiantei na abertura do texto.

Já quando há uma arritmia de padrão rápido, também chamada de taquiarritmia ou taquicardia, você deve procurar ajuda médica para investigar a origem.

A taquicardia é caracterizada por batimentos mais rápidos que o normal de forma constante, interferindo sobre o ritmo cardíaco.

Muitas vezes, a taquiarritmia não provoca qualquer sintoma, mas pode se expressar via palpitação ou coração acelerado.

Os critérios de diagnóstico mudam de acordo com alguns fatores, como a idade e se a paciente está grávida.

Porém, dá para tomar como base a frequência cardíaca normal para um adulto saudável, que fica entre 50 e 100 bpm (batimentos por minuto).

Valores acima dos 100 bpm indicam taquicardia ou elevação da frequência cardíaca.

Como saber se o coração está acelerado?

Geralmente, é possível perceber uma sensação de pulsação forte, como se o coração fosse sair pela boca.

Não é bem uma dor, e sim um desconforto ao notar a intensidade e rapidez dos batimentos.

Porém, como acabei de comentar, nem sempre dá para perceber uma taquicardia.

Se não houver sintomas, apenas a medição do pulso ou exames como o eletrocardiograma (ECG) poderão revelar que o coração está batendo mais rápido que o normal.

O ECG usa eletrodos conectados a um monitor para avaliar a atividade elétrica do coração, dando detalhes sobre os impulsos que fazem o órgão se movimentar e enviar sangue para o corpo.

Esse exame pode ser feito sob esforço físico em esteira ou bicicleta ergométrica, por isso é conhecido como teste ergométrico, ou ser solicitado em versão estendida, via holter de 24 horas ou até 7 dias.

O que pode ser coração acelerado?

As causas para o coração acelerado se dividem em fatores externos e doenças.

No primeiro grupo estão as condições passageiras que podem ser notadas por pessoas saudáveis e não modificam o ritmo cardíaco normal, por exemplo:

• Exercício físico ou esforço intenso
• Explosões emocionais como sustos, grandes alegrias ou tristezas
• Situações estressantes
• Crise de ansiedade
• Tabagismo
• Ingestão de estimulantes como a cafeína, presente no café, chás e refrigerantes
• Bebida alcoólica em excesso
• Uso de remédios contendo substâncias como epinefrina e efedrina, ou drogas ilícitas como cocaína e crack.

Perceba que, nem sempre, há uma doença por trás dessa sensação incômoda.

Doenças que causam coração acelerado

Problemas cardiovasculares podem ser a origem das palpitações, a exemplo de:

• Defeitos congênitos do coração (presentes desde o nascimento)
• Insuficiência cardíaca
• Infarto (morte de células cardíacas por falta de irrigação pelo sangue)
• Apneia obstrutiva do sono
• Hipertensão arterial sistêmica (HAS), que mantêm a pressão alta na maior parte do dia
• Diabetes.

Nesses casos, um médico deve ser consultado.

O que fazer quando sentir o coração acelerado?

Ao perceber uma “batedeira” no coração, procure manter a calma.

Observe se houve um fator externo precipitante, além da duração dessa palpitação.

Caso seja leve e passageira, sem repetições e provocada por uma causa externa, não há motivo para se preocupar.

Entretanto, se o coração acelerado surgir sem motivo aparente e/ou permanecer por mais de uma hora, procure ajuda médica.

Redobre a atenção se surgirem os sintomas abaixo, que devem ser avaliados no pronto socorro:

• Formigamento na região do peito, ombro, braço e pescoço
• Dor no peito, principalmente se percebida como uma pressão
• Desmaio
• Náusea
• Vômito
• Falta de ar
• Febre.

A presença de sinais mais leves, como tontura, também deve motivar uma visita ao cardiologista.

Em especial se você pertencer ao grupo de risco para doenças cardiovasculares, que inclui:

• Quem sofreu infarto ou passou por cirurgia cardíaca prévia
• Pessoas diagnosticadas com insuficiência cardíaca e outras doenças
• Diabéticos
• Hipertensos
• Obesos.

Se perceber sintomas difusos, que não pareçam estar ligados a problemas cardíacos, marque uma avaliação com clínico geral.

Esse é um médico generalista que fará uma investigação ampla por meio de entrevista e exames e, se necessário, o encaminhamento a um especialista.

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Conclusão

É natural sentir o coração acelerado ao levar um susto, passar por estresse ou até mesmo tomar muito café.

Porém, fique atento se as palpitações permanecerem por mais de uma hora, se repetirem com frequência e/ou vierem acompanhadas por outros sintomas.

Diante desses cenários, passe em consulta com o cardiologista ou clínico geral, que poderão diagnosticar doenças e prescrever o tratamento adequado.

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