Tomografia dos rins: para que serve e como é feito o exame
A tomografia dos rins é geralmente realizada sem contraste.
Isso porque a técnica viabilizada pelo tomógrafo é suficiente para detectar patologias como o cálculo renal e outras que acometem órgãos do sistema urinário.
Outra razão está na redução de riscos do contraste iodado, como esclareço nas próximas linhas.
Apresento este artigo para que você possa ampliar seus conhecimentos sobre a TC renal, indicações e como acelerar a emissão do laudo via telediagnóstico.
Leia até o final e entenda tudo sobre o exame.
O que é tomografia dos rins?
Tomografia dos rins é um exame que emprega radiação ionizante para produzir múltiplas radiografias renais.
O procedimento é viabilizado pelo aparelho de tomografia, equipado com um tubo que gira 360 graus para circundar a área examinada.
Dessa forma, são coletadas imagens a partir de diversos ângulos, conhecidas como cortes tomográficos, que podem ser sobrepostas para formar até mesmo registros em 3D.
A tomografia computadorizada é um dos exames de imagem mais populares da atualidade.
Isso ocorre devido à sua superioridade em relação ao raio X e maior acessibilidade quando comparada à ressonância magnética.
O que é tomografia dos rins com contraste?
Tomografia dos rins com contraste é a versão que utiliza um agente radiopaco capaz de evidenciar certas estruturas nas imagens tomográficas.
Quando a tomografia é sem contraste, apenas tecidos de maior densidade aparecem claros nos registros, pois absorvem a maior parte dos raios X que chegam até eles.
Enquanto as partes moles, como os próprios rins, são retratadas em tons de cinza, pois deixam muita radiação passar.
Para contornar esse aspecto, o contraste aumenta a capacidade de absorção dos raios X pelas partes moles, mostrando-as com maior nitidez nas imagens.
No caso da tomografia dos rins, é mais comum usar um composto à base de iodo, administrado por via intravenosa quando há indicação de contraste.
Contudo, essa situação é rara, reservada para elucidar a suspeita de estruturas hipervascularizadas na região, como tumores e inflamações.
Para que serve a tomografia dos rins?
O procedimento serve para investigar sintomas, diagnosticar doenças que acometem os rins e estruturas próximas.
Um dos sinais mais frequentemente estudados através desse método diagnóstico por imagem é a dor nas costas intensa, em especial na região lombar, que sugere cólicas renais.
Como explica artigo publicado no periódico Radiologia Brasileira:
“A tomografia computadorizada (TC) helicoidal não contrastada tem sido o exame de escolha para a avaliação de pacientes com suspeita de cólica renal, desde a sua introdução em 1995 por Smith et al. É um método rápido, não invasivo e isento dos riscos relacionados ao uso endovenoso do meio de contraste iodado. Além disso, possui alta sensibilidade (96%) e especificidade (100%) para o diagnóstico de ureterolitíase e permite a elucidação de outras causas de dor no flanco”.
Em resumo, a TC renal é capaz de detectar:
- Cálculos renais (pedra no rim)
- Flebólitos (calcificações pélvicas)
- Apendicite (inflamação do apêndice)
- Pielonefrite (inflamação renal)
- Colecistite (inflamação da vesícula biliar).
Outras indicações do exame dependem da solicitação médica.
Como é feita a tomografia dos rins?
O exame começa com o posicionamento radiológico adequado, geralmente em decúbito ventral.
Em seguida, o médico ou técnico em radiologia responsável vai para a estação de comando, ao lado da sala de tomografia.
Ele liga o tomógrafo, fazendo com que a mesa se movimente em direção ao grande tubo do aparelho – o que dá início ao procedimento.
O tubo giratório se movimenta, emitindo feixes de radiação ionizante sobre a área estudada.
Parte dos raios X é absorvida pelos tecidos, principalmente por aqueles mais duros (de maior densidade), como os ossos.
O restante da radiação alcança o detector instalado na maca do equipamento de tomografia.
Essa radiação será transformada em sinal e enviada a um software específico, que a converte em imagem digital.
Por fim, o tomógrafo é desligado, e o paciente, liberado para as atividades de rotina.
Qual o preparo para a tomografia dos rins?
O preparo para a TC sem contraste é simples.
Basta orientar o paciente a retirar os objetos metálicos antes de entrar na sala com o tomógrafo.
Bijuterias, grampos, relógios, piercings, cinto com fivela e roupas com zíper são alguns objetos que devem ser removidos.
O jejum de pelo menos quatro horas só é recomendado se houver prescrição de TC com contraste.
Nesse caso, também será preciso tomar precauções para evitar reações adversas, como a realização do preparo antialérgico.
Essa decisão é tomada pela equipe médica, a partir da análise do histórico do paciente e alergias que o tornem mais suscetíveis a sofrer efeitos colaterais do contraste iodado.
Caso esteja indicada, a dessensibilização é feita algumas horas antes do início da TC renal, colaborando para a segurança do paciente.
Como é a imagem de tomografia com pedra nos rins?
Como mencionei nos tópicos anteriores, a imagem tomográfica mostra as estruturas em branco, preto e tons de cinza.
As diferenças nas tonalidades dependem da densidade dos tecidos retratados, sendo que os mais densos aparecem claros.
O exemplo mais evidente são os ossos, que podem ser vistos em branco ao analisar uma tomografia, enquanto o ar aparece em preto.
Já os órgãos, cartilagens e outras partes moles são vistas em cinza.
Além desse aspecto, é preciso entender sobre incidências, características anatômicas e outros aspectos do exame para produzir o laudo de tomografia.
Diante dessa complexidade, a avaliação do exame é tarefa reservada a radiologistas qualificados.
Laudo eletrônico da tomografia dos rins e telediagnóstico
Ao longo do artigo, ficou clara a importância da tomografia dos rins para identificar anormalidades e patologias.
No entanto, apesar de muitos hospitais e clínicas contarem com um tomógrafo, nem sempre há um radiologista disponível para interpretar a TC renal.
Porém, é possível suprir essa demanda com a ajuda da telemedicina, que viabiliza a elaboração de laudos a distância com agilidade.
As plataformas modernas, como a da Morsch, permitem que seu aparelho de tomografia seja configurado para enviar as imagens diretamente ao nosso PACS.
Em seguida, um radiologista online as avalia sob a luz da hipótese diagnóstica e história clínica, anotando suas conclusões no relatório médico.
Então, o laudo online é assinado digitalmente para garantir a autenticidade.
O documento é liberado em minutos, podendo ser visto a partir de qualquer dispositivo conectado à internet através do nosso software em nuvem.
Leve essa inovação para sua clínica ou hospital hoje mesmo.
Conclusão
Abordei ao longo deste texto as características e finalidade da tomografia dos rins, que pode ter o laudo eletrônico emitido via plataforma Morsch.
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E leia mais artigos sobre radiologia que publico aqui no blog.