Qual é o código TUSS da polissonografia?

Por Dr. José Aldair Morsch, 18 de fevereiro de 2025
Polissonografia código tuss

Tem dúvidas sobre o código TUSS da polissonografia?

Atribuir a sequência numérica correta é fundamental para facilitar o faturamento do plano de saúde, evitando problemas como atrasos nos repasses referentes a exames complementares.

Daí a importância de conhecer os diferentes tipos de polissonografia e como podem ser descritos dentro das regras da ANS (Associação Nacional de Saúde Suplementar).

É o que você confere nas próximas linhas do texto, no qual abordo como é realizado esse importante exame de medicina do sono.

Continue lendo e veja também dicas para otimizar a emissão de laudos médicos via telemedicina.

Polissonografia: qual o código TUSS?

De acordo com a atual tabela TUSS (Terminologia de Procedimentos e Eventos em Saúde) utilizada pela ANS, o código é 40103528.

Vale mencionar que essa numeração designa a versão completa do exame, descrita como polissonografia de noite inteira (inclui polissonogramas).

Dependendo do tipo de exame, pode ser necessário utilizar outro código.

Por exemplo:

  • 40103536: Polissonograma com EEG de noite inteira
  • 40103544: Polissonograma com teste de CPAP/BIPAP nasal.

Consulte a tabela com os códigos TUSS aqui.

Para que serve o código TUSS?

O código TUSS serve para padronizar a descrição de procedimentos médicos, medicamentos, materiais, taxas e diárias utilizadas no âmbito da saúde suplementar.

Em outras palavras, o código unifica as diferentes terminologias que se referem à polissonografia e outros eventos de saúde, evitando equívocos.

Cada código consta na já citada tabela TUSS, uma ferramenta que viabiliza a adoção do padrão TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar) pelos estabelecimentos de saúde no Brasil.

Obrigatório, o TISS uniformiza o fluxo de dados trocados entre prestadores de serviços, operadoras privadas de saúde e a ANS.

O TISS é organizado a partir de cinco frentes:

  • Organizacional, que se refere ao conjunto de regras sobre a operação
  • Estrutural e de conteúdo, relativo à arquitetura das informações, tanto na sua distribuição quanto aquisição
  • Representação de conceitos, ou seja, a padronização dos termos
  • Segurança e privacidade, ligadas ao sigilo e proteção dos dados do paciente
  • Comunicação, que aborda os meios de padronizar mensagens e trocas de informações.

Na sequência, explico como o exame é realizado.

Exame polissonografia código tuss

Essa numeração indica a versão completa do exame, descrita como polissonografia de noite inteira

Como é feito o exame de polissonografia?

O exame de polissonografia começa com a colocação de sensores para monitorar diferentes parâmetros de saúde.

Dependendo da quantidade de canais do equipamento de polissonografia e do pedido médico, o exame pode coletar dados sobre:

  • Atividade elétrica cerebral
  • Fases do sono
  • Ritmo cardíaco
  • Fluxo de ar
  • Movimentos respiratórios
  • Movimentos oculares (para identificar a fase de sono REM, por exemplo)
  • Oxigenação do sangue
  • Movimentos dos membros inferiores.

Esses parâmetros são monitorados durante uma noite de sono completa, permitindo identificar anormalidades que se manifestam nesse período.

Insônia, ronco, suspeita de apneia obstrutiva do sono e síndrome das pernas inquietas estão entre os principais motivos para a realização do exame.

Polissonografia tipo 1

É realizada em laboratório do sono, sob a supervisão de um técnico de polissonografia que fica responsável pela colocação dos sensores, monitoramento e retirada dos dispositivos ao final do exame.

Conhecida também como polissonografia basal, essa modalidade possibilita o uso de sete canais ligados aos sensores.

Além de apoiar o diagnóstico de distúrbios do sono, pode ser empregada como suporte terapêutico, de acordo com este conteúdo publicado no site da SPPT (Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia):

“Por exemplo, para tratar a apneia obstrutiva do sono, pode estar indicado o uso de um aparelho que mantenha a via aérea aberta, evitando as obstruções repetitivas da garganta que ocorrem na doença. Esse aparelho pode ser um CPAP (sigla que denomina o aparelho que mantém uma pressão positiva contínua em vias aéreas, evitando seu fechamento durante o sono).”

Nesse contexto, a polissonografia permite a determinação das pressões de funcionamento do aparelho necessárias para manter a via aérea aberta enquanto o paciente dorme.

Polissonografia tipo 2

Essa modalidade também disponibiliza sete canais para monitoramento dos parâmetros de saúde durante o sono.

No entanto, trata-se de uma versão da polissonografia domiciliar, que permite que o paciente seja examinado enquanto repousa em sua própria residência.

Para tanto, o técnico pode ir até o quarto do paciente para instalar os dispositivos, porém, ele não acompanhará o procedimento para corrigir possíveis falhas durante a madrugada.

De qualquer forma, a polissonografia tipo 2 oferece maior comodidade ao dispensar a noite de sono em laboratório.

Polissonografia tipo 3

O tipo 3 é realizado com quatro canais, geralmente focados em sensores respiratórios.

Assim como a polissonografia tipo 2, sua condução ocorre na residência do paciente.

Polissonografia tipo 4

A versão simplificada do exame, chamada de tipo 4, disponibiliza apenas dois canais de monitoramento.

Mais uma vez, proporciona maior conforto ao permitir o monitoramento na casa do paciente.

Polissonografia tuss

O código unifica as diferentes terminologias que se referem à polissonografia e outros eventos de saúde

Como o laudo eletrônico acelera os diagnósticos

A interpretação da polissonografia é uma tarefa complexa, que requer a colaboração de diferentes especialistas para avaliar corretamente cada parâmetro analisado.

Neurofisiologista clínico (eletroencefalografista) e cardiologista estão entre os profissionais necessários para emitir um laudo médico completo.

Mas nem sempre eles estão presentes nos estabelecimentos de saúde, em especial naqueles distantes dos centros urbanos.

A boa notícia é que a Telemedicina Morsch oferece uma solução para a emissão dos laudos online com agilidade, por meio do telediagnóstico.

Basta que o técnico em polissonografia conduza normalmente o exame e, ao final, compartilhe os registros via plataforma de telemedicina.

Em seguida, especialistas a postos iniciam a interpretação, considerando a hipótese diagnóstica e histórico do paciente.

Eles elaboram o telelaudo, que recebe sua assinatura digital para garantir a autenticidade.

Dessa maneira, é possível liberar os resultados no mesmo dia do exame.

Seu time ainda poderá receber orientações em tempo real nas urgências, ou solicitar uma segunda opinião médica sempre que necessário.

Conheça todas as vantagens da telemedicina neurológica aqui!

Conclusão

Agora que está por dentro do código TUSS da polissonografia, você pode descrever esse procedimento conforme determina a ANS.

Conte com as ferramentas de telemedicina para agilizar a interpretação de exames e ampliar o portfólio da sua clínica ou hospital.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin