RX de bacia: para que serve, como é feito e como interpretar o resultado
O RX de bacia costuma ser o primeiro exame de estudo radiológico para essa região.
Simples, rápido, indolor e não invasivo, permite a visualização de imagens internas em diferentes posições, colaborando para a decisão terapêutica adequada.
Além de dar suporte à preparação de cirurgias e outros procedimentos, conforme a doença e condição clínica do paciente.
Neste artigo, apresento um panorama sobre a radiografia da bacia, sua finalidade e recomendações para a interpretação das imagens.
Lembrando que dá para contratar o laudo a distância via telemedicina para agilizar os resultados do raio X.
O que é RX de bacia?
RX de bacia é um exame que usa radiação ionizante para mostrar imagens internas dessa área.
Embora tenha sido o primeiro método diagnóstico por imagem criado, o procedimento permanece ocupando um espaço importante nos serviços de saúde.
Em especial devido à alta disponibilidade, uma vez que tem baixo custo para as clínicas e hospitais, mas também em razão da rapidez na aquisição das imagens, versatilidade e raras contraindicações.
Apenas gestantes e crianças não devem realizar o raio X.
Nesses casos, a orientação é dar preferência a exames que não empregam radiação ionizante – como a ultrassonografia e a ressonância magnética.
Para que serve o RX de bacia?
O RX de bacia apoia o diagnóstico de traumas e patologias do sistema locomotor.
Cabe destacar aquelas que prejudicam o tecido ósseo e as doenças inflamatórias que comprometem, também, as articulações.
Dor nas costas e quadril, dificuldade para realizar movimentos e fraqueza estão entre os sintomas investigados através do raio X de bacia.
A partir da análise das imagens, é possível identificar condições como:
- Fraturas e fissuras
- Tumores benignos e malignos
- Osteoporose
- Artrose (osteoartrite)
- Espondilite anquilosante (artrite inflamatória na região)
- Doença de Paget (que torna os ossos frágeis)
- Sacroileíte (inflamação do sacro e osso ilíaco).
Lembrando que a solicitação do exame depende de uma avaliação médica.
Como é feito o RX de bacia?
O exame pode ser conduzido por um médico ou técnico em radiologia treinado.
Primeiro, o paciente é posicionado sobre a mesa do equipamento de raio X, ou na posição determinada no pedido médico.
Ele é orientado a permanecer imóvel, a fim de evitar artefatos nas imagens que exijam a repetição do procedimento.
Após posicionar a abertura do aparelho em frente à bacia, o profissional responsável vai até a estação de comando, ao lado da sala de raio X.
Ele liga o equipamento, que emite um feixe de radiação ionizante sobre o quadril.
Parte dos raios é absorvida pelos tecidos do organismo, sendo que os mais densos captam a maioria da radiação.
Os raios restantes atravessam as estruturas e chegam a uma placa fotossensível instalada na mesa do aparelho.
Se a tecnologia for analógica, elas queimam uma chapa, que deverá ser revelada para mostrar as imagens em preto, branco e tons de cinza.
Já o raio X digital envia o sinal coletado a um software específico que o transforma em pixels.
Por fim, o equipamento é desligado, e o paciente pode ser liberado para atividades rotineiras.
Posicionamento no RX de bacia
O posicionamento radiológico é extremamente importante para a detecção de alterações na anatomia da região.
Por isso, cabe ao médico solicitante observar as incidências indicadas para a avaliação de diferentes hipóteses diagnósticas, a fim de que o paciente seja posicionado de maneira correta.
Decúbito dorsal e posição ortostática são exemplos de posições frequentemente utilizadas, mas não são as únicas.
Há casos em que é preciso elevar os membros inferiores ou considerar certos ângulos de rotação, como no falso perfil de Lequesne.
As principais incidências para radiografia de bacia estão detalhadas no estudo “Proposta de padronização do estudo radiográfico do quadril e da pelve”, que recomenda:
- RX de bacia anteroposterior (AP) e falso perfil de Lequesne para artrose, alterações na versão do acetábulo, displasia, protrusão acetabular e coxa profunda
- RX de bacia AP, falso perfil de Lequesne, Ducroquet e Dunn na suspeita de impacto femoroacetabular
- AP, inlet e outlet na hipótese diagnóstica de fratura de pelve
- AP, alar e foraminal para fratura no acetábulo
- AP, AP com tração e rotação interna, cross table (vantagem em pacientes traumatizados, uma vez que não se mobiliza o quadril afetado) na suspeita de fratura do terço proximal do fêmur.
A seguir, esclareço sobre o preparo para a realização do exame.
Qual o preparo para o RX de bacia?
O procedimento não requer jejum.
É necessário apenas que o paciente retire objetos metálicos antes de entrar na sala de raio X.
Entre eles, relógios, pulseiras, grampos de cabelo e zíperes.
Como analisar a imagem do RX de bacia?
A interpretação do RX de bacia é reservada a radiologistas qualificados.
Conforme mencionei anteriormente, as imagens radiográficas são vistas como um filme radiológico.
Ossos e outras partes densas aparecem em branco, pois deixam pouca radiação passar.
Ao contrário do ar, observado em preto, e das partes moles, retratadas em cinza por permitirem que grande parte dos raios as atravessem.
Nesse cenário, dá para verificar alterações em ossos como o fêmur, caso apresentem áreas mais escuras.
Um exemplo foi descrito da seguinte forma no artigo “Tumor de células gigantes do colo do fêmur: relato de caso”:
“No estudo radiológico inicial (radiografia de bacia), evidenciou-se a presença de lesão osteolítica extensa, que acometeu o colo femoral e o grande trocanter no seu terço proximal”.
Além das diferenças nos tons das imagens, vale observar detalhes como:
- Características anatômicas X representação das estruturas em duas dimensões
- Incidências radiográficas
- Rotação
- Doenças preexistentes.
E você sabe quais são os benefícios da telemedicina para esse exame? Comento a seguir.
Vantagens do laudo eletrônico de RX
Emitido via plataforma de telemedicina, o laudo eletrônico oferece benefícios aos pacientes, gestores e profissionais de saúde.
Em especial porque permite a interpretação em minutos, feita por radiologistas qualificados.
Basta compartilhar as imagens no software de telemedicina em nuvem para que um especialista as avalie sob a luz da suspeita clínica e histórico do paciente.
Ele elabora e assina digitalmente o laudo online, disponibilizado na plataforma em seguida.
Sistemas modernos como Telemedicina Morsch ainda fornecem a integração com o aparelho de raio X digital para envio automático das imagens ao nosso PACS.
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Conclusão
Espero ter contribuído para ampliar seus saberes sobre o RX de bacia.
Conte com a telemedicina radiológica para otimizar a interpretação deste e outros exames de imagem na sua clínica ou hospital!
Se o texto foi interessante, leia mais artigos sobre radiologia em nosso blog.