Tomografia de mandíbula: o que é, para que serve e como é feita

Por Dr. José Aldair Morsch, 27 de novembro de 2023
Tomografia de mandíbula

A tomografia da mandíbula oferece um suporte importante para dentistas e médicos.

Afinal, o exame fornece imagens nítidas dos dentes e articulação temporomandibular (ATM), permitindo a identificação de lesões e desgastes que sinalizam patologias.

Junto a radiografias panorâmica e periapical, a TC mandibular está entre os principais procedimentos para avaliação de anormalidades na área interna da boca.

Falo mais sobre ela nos tópicos abaixo, comentando as indicações, interpretação e como se beneficiar do laudo a distância para tomografia.

Acompanhe até o final e veja como a evolução da telemedicina qualifica a assistência em saúde.

O que é tomografia de mandíbula?

Tomografia da mandíbula é um exame que capta cortes transversais dessa região, um dos mais importantes métodos de diagnóstico por imagem da atualidade.

Isso acontece em especial quando é preciso estudar ossos e tecidos densos, que aparecem em destaque nas imagens tomográficas, como vou explicar mais à frente.

Por enquanto, vale dizer que o aparelho de tomografia ou tomógrafo combina radiação ionizante a um tubo giratório para coletar os registros.

O resultado são cortes formados a partir de diferentes ângulos de visão, que podem até ser sobrepostas para criar imagens em 3D.

Embora seja fruto da evolução do equipamento de raio X, a tomografia oferece registros de qualidade muito superior, sendo capaz de revelar pequenas fissuras e lesões.

Também oferece menor exposição à radiação ionizante, o que torna o exame mais seguro para o paciente e para o operador do tomógrafo.

Isso porque o acúmulo de raios X no organismo está relacionado a um maior risco de câncer e outras doenças.

Para que serve a tomografia da mandíbula?

A TC mandibular oferece imagens detalhadas para a investigação de desordens que acometem essa área do organismo.

Nesse contexto, os registros possibilitam o descarte ou confirmação da hipótese diagnóstica, já que nem sempre é possível chegar a um diagnóstico preciso partindo apenas dos dados do exame clínico.

Obviamente, a anamnese é fundamental para identificar eventos relevantes – como traumas – e outras informações do histórico do paciente.

Enquanto o exame físico contribui com sinais visíveis, dores, limitações aos movimentos e outros sintomas que dão pistas do diagnóstico.

No entanto, é comum que o raciocínio seja complementado com a TC da mandíbula, como descreve o estudo “Utilização da tomografia computadorizada para o diagnóstico da articulação temporomandibular”:

“A tomografia computadorizada (TC) desempenha um papel importante no diagnóstico de anomalias da ATM, uma vez que realiza cortes finos de até 0,5mm de espessura das estruturas articulares. Desta maneira, é possível eliminar as sobreposições de imagens de estruturas superficiais ou profundas na área da ATM. O exame fornece estimativa da distância entre os componentes ósseos da ATM com proporções em relação ao real 1:1, realizando um rastreamento detalhado da região. Devido à alta resolução de imagem, é possível notar-se diferenças entre tecidos de densidades diferentes, como nos estágios mais iniciais de um processo inflamatório e/ou infeccioso na superfície articular”.

Algumas desordens identificadas através da tomografia de mandíbula são:

  • Traumas bucais e maxilofaciais
  • Tumores
  • Cistos
  • Anquilose
  • Fraturas nos processos condilares
  • Osteófitos
  • Processos erosivos
  • Osteomielite
  • Osteorradionecrose, que indica a presença de câncer
  • Patologias dentárias
  • Doenças periodontais.

A seguir, esclareço como o exame é realizado.

Como é feita a tomografia da mandíbula?

Caso o procedimento seja uma tomografia com contraste, o composto é administrado por via intravenosa, o que exige uma punção realizada antes do exame.

Para tomografias sem contraste, o primeiro passo é a orientação e posicionamento radiológico adequado, colocando o paciente sobre a maca do tomógrafo.

Em seguida, o técnico em radiologia, dentista ou médico responsável vai para a estação de comando, ao lado da sala de tomografia.

Ele liga o aparelho, dando início à aquisição de imagens.

Então, a maca desliza para dentro do grande tubo do tomógrafo, enquanto o paciente permanece imóvel.

As imagens são captadas a partir de cortes transversais, de maneira rápida, indolor e não invasiva.

Elas são transformadas em sinais e enviadas a um computador com software específico.

Ali, são convertidas em pixels (os menores pontos numa imagem digital).

Por fim, o profissional responsável desliga o tomógrafo e libera o paciente para as atividades de rotina.

TC de mandíbula

A TC mandibular oferece imagens detalhadas para a investigação de desordens que acometem essa área

Preparação para tomografia de mandíbula

Naturalmente, é preciso que o paciente retire qualquer objeto metálico antes de entrar na sala com o tomógrafo.

Em geral, é necessário jejum de 4 horas quando a TC é feita com contraste.

Cabe à equipe médica verificar se o paciente possui alergias ou comorbidades relevantes para orientar o preparo.

Por vezes, será preciso suspender o uso de remédio para diabetes nas 48 horas anteriores e 48 horas posteriores à tomografia de mandíbula.

Como interpretar e laudar uma tomografia de mandíbula?

A interpretação da tomografia é restrita a radiologistas ou dentistas qualificados.

Trata-se de uma tarefa complexa, que pede conhecimentos aprofundados sobre a anatomia e fundamentos de exames radiológicos.

Só assim é possível realizar a identificação de alterações nas imagens.

Um padrão básico é a avaliação da tonalidade dos registros, determinada pela densidade dos tecidos retratados.

Quanto maior a sua densidade em relação às estruturas em redor, mais claros eles aparecem na TC.

Assim, ossos aparecem em branco, enquanto o ar é retratado em preto.

Partes moles são visualizadas em tons de cinza, que terão maior ou menor nitidez conforme as estruturas que as cercam.

Vantagens do laudo eletrônico da tomografia de mandíbula

O laudo de tomografia na telemedicina apresenta uma série de benefícios.

São exemplos:

  • Cobertura de férias, folgas e outras ausências dos radiologistas locais
  • Agilidade na entrega do laudo online, que fica pronto em minutos
  • Avaliação de urgências em tempo real pelo time da Telemedicina Morsch
  • Economia de tempo e dinheiro que seriam gastos com deslocamentos
  • Telediagnóstico disponível 24 horas por dia, mesmo aos domingos e feriados
  • Laudos salvos na nuvem, onde não sofrem deterioração pelo tempo, perdas ou extravios
  • Prontuário eletrônico acessível por pessoas autorizadas a partir de qualquer dispositivo conectado à internet
  • Possibilidade de tirar dúvidas e discutir casos complexos utilizando a segunda opinião médica.

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Conclusão

Abordei neste artigo as características da tomografia de mandíbula.

Esse e outros exames de imagem podem ser interpretados e laudados a distância via plataforma Morsch.

Se achou o texto interessante, leia mais conteúdos sobre radiologia que publico aqui no blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin