Labirintite: o que é, causas, sintomas, diagnóstico e tratamento

Por Dr. José Aldair Morsch, 5 de janeiro de 2024
Labirintite: entenda o que causa e como diagnosticar essa doença

Você sabe exatamente o que é labirintite?

Também conhecida como vestibulite, é uma inflamação do labirinto, estrutura no ouvido interno responsável pela noção de equilíbrio e orientação espacial.

Por isso, vertigem ou tontura são os sintomas clássicos da doença, mas não são os únicos.

Embora seja comum associarmos esses sintomas à labirintite, eles podem ser indicativos de outros problemas de saúde.

Por isso, é fundamental buscar orientação médica para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Neste texto, você vai entender o que é a labirintite, como reconhecê-la, diagnosticá-la e combatê-la.

Leia até o fim para saber o que a caracteriza, quais suas causas, sintomas mais comuns, possíveis complicações, fatores de risco, métodos diagnósticos, tratamentos e meios de prevenção.

O que é labirintite?

Labirintite é o termo mais popular para se referir aos transtornos que acometem a região do labirinto, estrutura que fica na parte interna do ouvido e engloba a cóclea, fundamental para a audição, o vestíbulo e os canais semicirculares, responsáveis pelo equilíbrio.

Dessa maneira, todo problema que afeta essa área pode gerar sensação de tontura e de vertigem, além de disfunções auditivas e outros sintomas relacionados.

Vale ressaltar que, apesar de comum, o termo labirintite é pouco preciso.

Isso porque a terminação “ite” indica inflamações, mas nem toda patologia do labirinto vem de processos inflamatórios.

A referência correta seria distúrbio vestibular periférico ou labirintopatia, que são denominações mais exatas utilizadas pela comunidade médica e científica.

Mesmo que impreciso, o nome labirintite continua sendo aceito nas rotinas de atendimento, simplificando a comunicação com os pacientes.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 30% da população já lidou ou lida com sintomas de tontura no mundo, mas conforme mencionei na introdução, nem toda vertigem pode estar ligada às doenças do labirinto.

Contudo, esse é o sintoma mais clássico apresentado pelos pacientes com labirintite e exige sempre uma investigação aprofundada, portanto é imprescindível manter-se atento à sua ocorrência.

A labirintite pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em adultos e idosos, sendo que algumas causas comuns incluem infecções do ouvido, como otite média, resfriados, gripe e infecções respiratórias superiores.

Confira mais sobre este tema no formato de podcast no YouTube:

Quais são as causas da labirintite?

Para compreender o que causa labirintite, diversos fatores precisam ser levados em consideração, já que a doença pode ser desencadeada por infecções, diferentes patologias e até por condições mentais.

Veja abaixo quais são as causas mais e menos recorrentes da patologia e suas principais particularidades.

Causas mais recorrentes

A labirintite pode ter várias causas, sendo que as mais comuns são as infecções virais no trato superior respiratório, como gripe (influenza) e vírus sincicial respiratório (VSR), podendo atingir o ouvido interno.

Outros vírus podem afetar a região e causar a inflamação no labirinto em casos mais raros, como herpes (labial, genital e zoster), varicela (catapora), rubéola e caxumba.

A doença ainda pode estar relacionada a fatores como:

  • Distúrbios autoimunes: quando o sistema imunológico ataca erroneamente as estruturas do ouvido interno
  • Traumatismo na cabeça: especialmente lesões que afetam o ouvido interno
  • Distúrbios vasculares: problemas nos vasos sanguíneos que irrigam o ouvido interno.

Há também algumas condições metabólicas que podem ter um impacto no sistema vestibular e levar a sintomas de labirintite, como:

  • Alterações no colesterol
  • Elevações de triglicérides e de ácido úrico
  • Mudanças glicêmicas (como hipoglicemia e diabetes) e da tireoide (como hipertireoidismo ou hipotireoidismo).

Além disso, a labirintite pode ser causada por toxinas ou infecções bacterianas, como a otite média e, embora incomum, certas infecções fúngicas podem afetar o ouvido interno e estar associadas ao aparecimento da doença.

Por fim, embora a relação entre alimentação e labirintite não seja direta, certos fatores podem desempenhar um papel na saúde do ouvido interno, como o consumo excessivo de sal, aumentando a retenção de líquidos e afetando a pressão nos fluidos do ouvido interno.

Da mesma maneira, cafeína e álcool em quantidades abusivas podem estar associados a distúrbios vestibulares, enquanto a desidratação pode afetar a viscosidade dos fluidos no ouvido interno.

Portanto, uma dieta equilibrada e rica em nutrientes contribui para a saúde geral, incluindo a saúde do sistema vestibular.

No entanto, destaco que a maioria dos casos de labirintite está associada a infecções virais ou bacterianas, inflamações e distúrbios no ouvido interno.

Outras causas comuns

Os problemas cardiovasculares também representam riscos para a labirintite, sendo a hipertensão o mais comum

Outras causas comuns

A labirintite pode ser gerada por qualquer tipo de condição que causa inflamações no ouvido, principalmente aquelas ligadas a bactérias e vírus.

Nesses casos, as doenças virais que mais contribuem para o início da doença incluem desde simples resfriados e gripes, até o sarampo, papeira e febre glandular.

Nas patologias bacterianas, relacionamos a meningite como uma das disfunções mais comuns do labirinto.

Alguns quadros infecciosos nas regiões próximas do labirinto, como sinusite e amigdalite, ainda que não sejam diretamente relacionados à labirintopatia, podem favorecê-la por conta da presença de seus agentes causadores.

Há ainda a labirintite emocional, que surge como consequência do estresse excessivo, da ansiedade e de outras situações que comprometem o equilíbrio mental.

Somadas a essas causas, estão as alergias, as doenças neurológicas, os tumores cerebrais e a ocorrência de traumas, com destaque para o traumatismo craniano.

Por fim, os problemas cardiovasculares também representam riscos para sintomas de labirintite, sendo os mais comuns a hipertensão, doenças do coração em geral e alterações nas artérias que irrigam a área do labirinto.

Causas mais raras

O uso recorrente de certas substâncias e a própria automedicação podem causar efeitos colaterais relacionados ao sistema vestibular e auditivo e ter como consequência a labirintite.

Mesmo que esses casos sejam mais raros, é importante ficar atento a eles para conversar com o seu médico sobre a possibilidade de trocar alguns fármacos de uso contínuo ou empregados no tratamento de outras doenças.

Os medicamentos mais ligados ao surgimento da labirintopatia são os anticonvulsivantes, ansiolíticos, anti-hipertensivos, anti-histamínicos, vasodilatadores, diuréticos, betabloqueadores, antiarrítmicos, de certos anti-inflamatórios, antibióticos e narcóticos.

Em casos ainda mais raros, a labirintite pode surgir por conta de doenças neurológicas, alterações genéticas e quadros de HIV ou sífilis.

Labirintite de causa emocional

A expressão labirintite emocional pode ser usada para descrever sintomas de tontura ou desequilíbrio relacionados ao estado emocional de uma pessoa.

Situações de trauma, estresse, ansiedade, depressão ou outros transtornos de humor estão associados ao surgimento ou agravamento da condição.

No geral, o paciente já tem predisposição para labirintite e os sintomas acabam se intensificando ou ficando evidentes durante essas crises emocionais.

Sintomas comuns da labirintite

Conforme destaquei no início do artigo, o sintoma mais clássico da labirintite é a ocorrência de vertigens e tonturas.

Trata-se de uma sensação de rotação ou movimento mesmo quando se está parado ou que dá o sentimento que a cabeça está rodando.

Dependendo da região afetada e da causa da labirintopatia, as vertigens e as crises de labirintite podem ser mais ou menos intensas.

Outros sintomas de labirintite também são bastante comuns e exigem atenção, como:

  • Desequilíbrio
  • Tontura
  • Náuseas
  • Palpitações
  • Vômitos
  • Audição com zumbidos
  • Surdez
  • Alterações na coordenação muscular
  • Problemas na marcha
  • Alterações na fala
  • Visão dupla
  • Face assimétrica
  • Alterações neurológicas em geral
  • Movimentos involuntários e rítmicos nos olhos, chamados de nistagmo
  • Suor frio
  • Sensação de cabeça “oca”
  • Dor de cabeça.

Na dúvida, busque orientação médica para esclarecer sobre as causas dos sintomas que observa.

Sintomas comuns da labirintite

Outros sintomas de labirintite também são bastante comuns e exigem atenção

Complicações e fatores de risco da labirintite

É importante destacar que a labirintite por si só pode ser considerada como uma complicação de outros problemas de saúde, conforme abordei no item sobre suas causas, especialmente quando associada a infecções ou condições subjacentes no ouvido interno.

Assim, suas consequências patológicas são oriundas das doenças, infecções, inflamações, entre outras condições que levam ao seu aparecimento.

Consideramos, então, complicações diretas da labirintopatia aquelas ligadas aos riscos de locomoção, o que inclui vertigens, tonturas, problemas de visão, rigidez muscular e dificuldades na marcha, entre outras situações semelhantes, sem contar a perda da audição.

Afinal, além de comprometer a qualidade de vida, essas situações podem levar a limitações nas atividades diárias, quedas e outros riscos relacionados à rotina do paciente.

Se levarmos em consideração que a labirintite é bastante comum em idosos, as chances de lesão decorrentes de quedas são preocupantes e podem acarretar outras consequências mais sérias.

Labirintite é grave?

Geralmente, a labirintite não é considerada uma condição grave, mas pode causar sintomas desconfortáveis e impactar a qualidade de vida do paciente.

Embora não haja uma gravidade em termos de risco de morte, ela afeta fortemente o bem-estar do paciente.

Por exemplo, uma crise de labirintite muito forte e duradoura vai impedir que a pessoa saia de casa, atenda a seus compromissos e até mesmo conviva com amigos e familiares, sem contar que ela corre sérios riscos de cair e se machucar.

Cabe ressaltar que sua gravidade pode variar dependendo da causa subjacente, da extensão dos danos ao ouvido interno e da resposta ao tratamento.

Como confirmar o diagnóstico de labirintite?

Sempre que o paciente sentir vertigens constantes ou perceber algum dos demais sintomas de labirintite, deve procurar um especialista para investigar sua condição.

Durante a consulta médica, o otorrinolaringologista ou o clínico geral inicialmente avalia as queixas do paciente e então realiza uma análise clínica, em que investiga sinais indicativos da doença e a presença de possíveis inflamações no ouvido.

Com movimentos específicos na cabeça da pessoa atendida, determina-se os sintomas do paciente, a partir das suas sensações, como vertigens, tonturas ou outros incômodos quando altera sua posição.

Em grande parte dos casos, alguns exames também podem ser solicitados, tanto para descartar a ocorrência de outras doenças internas do ouvido (como a Síndrome de Ménière), quanto para confirmar o diagnóstico e determinar suas consequências.

Isso pode incluir audiometrias, que servem para checar se há perda de audição, tomografias e ressonâncias magnéticas, para visualizar a região interna do labirinto, além de análises de sangue, que permitem identificar as possíveis causas da patologia.

A partir do diagnóstico, o médico irá orientar o tratamento mais adequado para a labirintite, que pode variar de acordo com a sua causa e intensidade. 

Possíveis tratamentos para labirintite

Não só o método de tratamento para labirintite, mas também o seu objetivo pode mudar de acordo com o quadro apresentado pelo paciente.

Isso porque as intervenções podem objetivar tanto a cura quanto a prevenção de crises, além do alívio dos sintomas apresentados e até o controle da patologia associada.

Normalmente, os tratamentos ministrados envolvem:

  • Uso de medicamentos de acordo com o quadro do paciente, como antieméticos para aliviar náuseas e vômitos, sedativos para diminuir as tonturas, anti-histamínicos para controlar quadros alérgicos e outros, que variam conforme as causas da condição
  • Procedimentos específicos, como injeção intratimpânica no ouvido médio para tratar sintomas vestibulares ou até cirurgia em casos mais complexos, como nas situações em que há falhas ósseas
  • Manobras de posicionamento, como a de Epley, ou procedimento de reposição canalicular, para deslocar otólitos (pequenos cristais de cálcio) do canal semicircular posterior ou anterior para sua localização correta no utrículo
  • Práticas de reabilitação vestibular, por meio da atuação de fisioterapeutas e fonoaudiólogos
  • Recomendações de mudanças de hábitos e no estilo de vida, que podem incluir uma dieta mais regrada, o controle e o alívio do estresse, além da prática de exercícios físicos.

Na maioria dos casos, o prognóstico da labirintite é positivo, com melhora da qualidade de vida e diminuição dos sintomas do paciente.

Vale a pena ressaltar que jamais devemos nos automedicar, pois isso gera problemas ainda mais graves.

Acima de tudo, é importante alertar que a segurança do uso de medicamentos para aliviar a vertigem está diretamente ligado à sua prescrição médica adequada.

Isso porque, se consumido de forma incorreta, os fármacos podem gerar sensibilização, provocando o agravamento dos sintomas ao invés de sua melhoria.

Possíveis tratamentos para labirintite

Os fármacos podem gerar sensibilização, provocando o agravamento dos sintomas ao invés de sua melhoria

Quais os medicamentos para labirintite?

O tratamento medicamentoso da labirintite pode variar com base na causa subjacente dos sintomas e na natureza específica da condição de cada paciente.

Aqui estão alguns tipos de medicamentos que podem ser prescritos para tratar diferentes aspectos da labirintite:

  • Antieméticos: dimenidrinato, meclizina, prometazina
  • Antivertiginosos: betaistina, cinarizina
  • Sedativos e ansiolíticos: diazepam, lorazepam
  • Anti-histamínicos: difenidramina, loratadina.
  • Corticosteroides: prednisona
  • Antibióticos (labirintite bacteriana): benzilpenicilina, azitromicina, amoxicilina.

É importante ressaltar que a prescrição de medicamentos específicos dependerá da avaliação médica, da causa subjacente da labirintite e das necessidades individuais do paciente.

Além disso, o tratamento pode envolver uma abordagem multifacetada, combinando medicamentos com outras modalidades de tratamento, como reabilitação vestibular.

Não tome nenhum medicamento sem orientação médica, pois a automedicação pode ser prejudicial.

Consulte um profissional de saúde para uma avaliação adequada e um plano de tratamento personalizado.

Exercícios para labirintite

Exercícios específicos podem ser parte integrante do tratamento para labirintite, promovendo a adaptação do sistema vestibular, melhorando o equilíbrio e reduzindo os sintomas de tontura e vertigem.

Aqui estão alguns dos mais comuns:

  • Habituação visual: fixe o olhar em um objeto à sua frente enquanto movimenta a cabeça para cima e para baixo ou de um lado para o outro e repita os movimentos várias vezes
  • Rastreamento visual: fixe o olhar em um ponto estável enquanto você move sua cabeça lentamente em diferentes direções, isso pode ajudar na adaptação do sistema visual ao movimento
  • Equilíbrio dinâmico: em pé, com os pés juntos, tente manter o equilíbrio enquanto movimenta a cabeça para diferentes direções
  • Marcha: caminhe em linha reta, focando em manter um padrão de marcha regular, sem hesitações, à medida que melhora, introduza desafios adicionais, como caminhar em curvas ou mudar de direção
  • Coordenação olho-mão: use objetos visuais, como bolas, e coordene os movimentos da cabeça com os movimentos dos olhos e das mãos.

No entanto, é importante ressaltar que qualquer programa de exercícios deve ser personalizado com base nas necessidades individuais do paciente e deve ser supervisionado por um profissional de saúde, como um fisioterapeuta especializado.

Tem como curar labirintite rápido?

A recuperação da labirintite pode variar significativamente de uma pessoa para outra e depende de vários fatores, incluindo a causa, a gravidade dos sintomas, a prontidão do paciente em seguir o plano de tratamento e a resposta individual.

Durante esse período, é comum que os sintomas diminuam gradualmente, mas é importante seguir as orientações do profissional de saúde e completar o tratamento prescrito.

Quando os sintomas são leves, após alguns dias ou semanas de repouso e tratamento, a maioria dos pacientes melhora completamente.

Se a labirintite for causada por uma infecção viral, muitas vezes ela seguirá um curso autolimitado, melhorando gradualmente ao longo de semanas.

Se a causa for uma infecção bacteriana, pode ser necessário o uso de antibióticos e o tempo de recuperação dependerá da resposta ao medicamento.

É possível prevenir a labirintite?

Embora algumas doenças do labirinto possam estar associadas a disfunções metabólicas ou a condições que afetam todo o corpo, a prevenção específica da labirintite muitas vezes se concentra em evitar fatores de risco conhecidos, como infecções e lesões.

No entanto, manter uma boa saúde geral pode indiretamente influenciar a saúde do labirinto e do sistema vestibular.

Aqui estão algumas medidas preventivas:

  • Evitar infecções respiratórias: prevenir resfriados e gripes, como lavagem frequente das mãos, podem ajudar a reduzir o risco
  • Proteger os ouvidos: evite exposição prolongada a ruídos intensos e use proteção auditiva em ambientes barulhentos, isso pode ajudar a prevenir danos ao ouvido interno
  • Manter boa higiene auditiva: evite o uso excessivo de cotonetes, pois isso pode empurrar a cera para dentro do canal auditivo, potencialmente irritando o ouvido e aumentando o risco de infecções
  • Controle de alergias: se você tem alergias conhecidas, trabalhe para controlá-las com a ajuda de um profissional de saúde, já que elas podem contribuir para inflamações nas vias respiratórias e no ouvido
  • Evitar traumas na cabeça: tome medidas de segurança para evitar lesões traumáticas, que podem aumentar o risco de desenvolver labirintite
  • Ter uma dieta saudável: uma alimentação equilibrada e saudável pode ajudar a manter o sistema imunológico robusto, o que pode ser benéfico para prevenir infecções
  • Praticar exercícios físicos regularmente: isso contribui para a saúde geral e também pode ser benéfica para o equilíbrio e coordenação
  • Evitar o estresse: técnicas de relaxamento, como meditação e ioga, podem ter benefícios para a saúde vestibular
  • Monitorar a pressão arterial: quando elevada, pode estar relacionada a distúrbios do ouvido interno.

Converse sempre com seu médico e tenha orientação segura sobre como proceder.

Labirintite tem cura?

A labirintite tem cura em grande parte dos casos, mas isso exige seu devido diagnóstico, o cumprimento correto do tratamento e o controle dos seus possíveis fatores de risco.

Em alguns casos, a labirintite pode ser autolimitada e resolver-se por conta própria, especialmente se causada por uma infecção viral.

Vale ressaltar que o termo “labirintite” é muitas vezes utilizado de forma genérica para se referir a diferentes condições que afetam o labirinto, o que inclui o ouvido interno e o sistema vestibular.

Cada caso é único e a abordagem de tratamento varia de acordo com a causa específica.

Esclarecida essa questão, também é direito dos pacientes saber que as consequências auditivas muitas vezes não podem ser recuperadas.

O ouvido interno é uma parte crítica do sistema auditivo, e danos a essa região podem levar à perda auditiva permanente, já que suas estruturas, incluindo a cóclea, são sensíveis e podem ser afetadas por inflamações, infecções ou lesões.

A perda auditiva resultante da labirintite pode variar em grau e impactar diferentes faixas de frequência, em alguns casos pode ser temporária, especialmente se a labirintite for causada por uma infecção viral e o corpo for capaz de se recuperar completamente.

No entanto, se houver danos significativos aos componentes auditivos do ouvido interno, a perda auditiva pode ser permanente.

Quando a doença diminui a nossa capacidade de ouvir, as células responsáveis pela audição dificilmente são regeneradas, principalmente se o tratamento for tardio.

Nessas situações, é possível indicar aparelhos auditivos para o paciente.

Qual o médico especialista em labirintite?

O médico especialista em diagnosticar e tratar distúrbios relacionados ao labirinto e ao sistema vestibular é o otorrinolaringologista.

Essa especialidade médica abrange o diagnóstico e tratamento de condições do ouvido, nariz, garganta, cabeça e pescoço, incluindo distúrbios do labirinto.

Se você suspeitar de labirintite ou estiver enfrentando sintomas como vertigem, tontura, zumbido nos ouvidos ou perda auditiva, é recomendável agendar uma consulta.

Marque uma teleconsulta para tratar a labirintite

Em casos de labirintite sair de casa para consultar um profissional de saúde pode ser um grande desafio, por isso beneficie-se da teleconsulta na plataforma Morsch.

Aqui você tem:

  • Acesso rápido e conveniência: pacientes enfrentando sintomas agudos, como vertigem, e sem condições de se deslocar até um consultório podem consultar um profissional de saúde no conforto da sua casa
  • Minimização de deslocamentos: pacientes com labirintite podem experimentar tontura e desequilíbrio, por isso, evitar deslocamentos pode ser fundamental
  • Acompanhamento regular: a possibilidade de monitorar a progressão da labirintite, fazer revisões e ajustes no tratamento a distância facilita a continuidade do cuidado
  • Economia de tempo: sem salas de espera
  • Acesso a especialistas: consulte com especialistas, mesmo que estejam localizados em regiões diferentes da sua.

É rápido, fácil, seguro e econômico!

Conclusão

A labirintite é o nome que a maioria das pessoas usam para se referir às vertigens, mas elas nem sempre são oriundas dessa condição, que pode ter diferentes sintomas, causas e consequências para os pacientes.

Como destaquei ao longo deste artigo, é fundamental compreender a doença, seus fatores de risco e sintomas mais comuns, que são fatores decisivos para garantir um diagnóstico correto e um tratamento capaz de reduzir consequências e recuperar a qualidade de vida.

Se você gostou de saber mais sobre a labirintite e quer manter-se informado sobre outros temas importantes em saúde, não deixe de acompanhar os artigos que publico aqui no blog.

Compartilhe este texto com os seus amigos e confira outros conteúdos no blog da Telemedicina Morsch.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin