Lorazepam: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 13 de novembro de 2023
Lorazepam

O lorazepam é conhecido por combater sintomas de ansiedade.

Pode ser adquirido em comprimidos de 1 mg ou 2 mg e tem efeito rápido, no entanto, é capaz de causar dependência.

Trago mais detalhes sobre esse medicamento e como solicitar sua receita médica online ao longo do artigo.

Acompanhe até o final.

O que é lorazepam?

Lorazepam é um fármaco ansiolítico da classe dos benzodiazepínicos.

Devido à sua ação depressora do sistema nervoso central, deve ser usado com cautela e sob prescrição médica.

Geralmente, a medicação é indicada para tratamentos por poucos meses, a fim de prevenir efeitos adversos como dependência e tolerância.

Para que serve lorazepam

O medicamento serve para controlar sintomas de ansiedade.

Considero importante dizer que a droga não trata o transtorno que desencadeou as manifestações clínicas, portanto, pode ser prescrita junto a outros remédios que cumpram essa tarefa.

Lorazepam pertence à classe dos benzodiazepínicos, que ainda não têm o mecanismo de ação totalmente desvendado pela ciência.

No entanto, sabe-se que ele intensifica o efeito do ácido gama-aminobutírico (GABA), um neurotransmissor que proporciona sensação de relaxamento.

Principais indicações

Conforme a bula, lorazepam é indicado para:

  • Controle dos distúrbios de ansiedade ou alívio de curto prazo dos sintomas da ansiedade ou da ansiedade associada com sintomas depressivos
  • Tratamento de ansiedade em estados psicóticos e depressão intensa, quando estiver indicada terapia adjuvante (complementar)
  • Como medicação pré-operatória, tomada na noite anterior e/ou uma a duas horas antes do procedimento cirúrgico.

 

Como tomar lorazepam

Disponível em comprimidos de 1 mg ou 2 mg, a medicação deve ser tomada por via oral, na menor dose e menor período possível, de acordo com estrita orientação médica.

A seguir, apresento os esquemas terapêuticos rotineiros.

Se precisar de mais informações, leia a bula do remédio e consulte seu médico:

  • Tratamento da ansiedade: a dose média diária é de 2 a 3 mg, administrada em doses divididas. Entretanto, pode-se chegar a limites compreendidos entre 1 e 10 mg ao dia. A dose diária é estabelecida pelo médico, segundo a necessidade de cada paciente
  • Insônia devido à ansiedade ou distúrbio situacional transitório: uma única dose diária de 1 a 2 mg pode ser administrada, geralmente ao deitar
  • Como medicação pré-operatória: é recomendada uma dose de 2 a 4 mg de lorazepam na noite anterior à cirurgia e/ou uma a duas horas antes do procedimento cirúrgico.

 

Receita de lorazepam

A compra desse medicamento é condicionada à apresentação da receita B1.

O documento é emitido em duas vias, sendo que a segunda é devolvida ao paciente ou cuidador para que possam consultar detalhes sobre o tratamento, como doses e horários de administração.

Já a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, pois permite o rastreio por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Trata-se de uma notificação de receita azul, contendo dados do paciente, médico prescritor, comprador e fornecedor.

Afinal, estamos falando de um remédio controlado e que expõe o paciente a riscos como dependência – quando o funcionamento do organismo depende da presença de uma substância.

Quanto maior a dose no período de uso, maiores as chances de desenvolver tolerância e aumentar a dose por conta própria.

Nesse cenário, o paciente pode sofrer uma overdose, que é o consumo de uma quantidade potencialmente fatal.

Daí a necessidade de monitoramento e prevenção do abuso de psicotrópicos como o lorazepam, que faz parte da lista B1 criada pela Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998.

Além de ansiolíticos, o grupo é composto por antipsicóticos, antidepressivos, estabilizadores de humor, anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antidemenciais.

A prescrição tipo B1 é válida por 30 dias e pode liberar uma quantidade suficiente para até dois meses de tratamento.

Dúvidas frequentes sobre lorazepam

Veja agora respostas para questões recorrentes sobre o lorazepam.

Quais males lorazepam pode causar?

Os efeitos colaterais mais comuns são:

  • Sedação
  • Sonolência
  • Sensação de cansaço
  • Confusão
  • Depressão
  • Alteração do caminhar e da coordenação
  • Tontura
  • Fraqueza muscular
  • Fraqueza.

Em casos raros, o medicamento pode provocar reações alérgicas graves e até depressão respiratória potencialmente fatal.

Ao observar sintomas intensos como falta de ar e desmaio (perda da consciência), vá ao pronto-socorro mais próximo.

Qual a tarja do lorazepam?

A embalagem de lorazepam é marcada com tarja preta, acompanhada pela advertência:

“Venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência.”

O que acontece se tomar muito lorazepam?

Em caso de ingestão de dose alta (superdosagem ou overdose), leve o paciente ao hospital imediatamente.

Esse quadro pode desencadear sintomas de diferentes intensidades, incluindo:

  • Sonolência
  • Confusão mental
  • Vagarosidade
  • Dificuldade para falar
  • Alteração do caminhar
  • Depressão do Sistema Nervoso Central
  • Sensação de corpo “mole”
  • Queda de pressão arterial (hipotensão)
  • Depressão respiratória
  • Diminuição do batimento cardíaco (bradicardia)
  • Coma
  • Morte.

Além da dependência e tolerância, o uso prolongado de benzodiazepínicos (por mais de 4 a 6 semanas) pode causar:

  • Déficits cognitivos (perda de atenção e dificuldade de fixação)
  • Fraqueza
  • Náuseas
  • Vômitos
  • Dores abdominais
  • Diarreia
  • Dores articulares e torácicas
  • Incontinência urinária
  • Desequilíbrio
  • Pesadelos
  • Taquicardia
  • Alucinações
  • Hostilidade
  • Alteração do comportamento.

 

Quem não pode tomar lorazepam?

O fármaco é contraindicado para:

  • Menores de 12 anos
  • Pacientes com alergia aos benzodiazepínicos (classe medicamentosa do lorazepam) ou a qualquer componente de sua fórmula
  • Grávidas
  • Mulheres que estejam amamentando
  • Pessoas propensas ao abuso do medicamento, como dependentes de drogas e/ou álcool.

 

Conclusão

Ao final deste texto, quero reforçar que o tratamento com lorazepam requer cuidados e monitoramento médico para prevenir reações adversas graves.

Portanto, jamais se automedique, altere a dose ou interrompa o tratamento sem indicação médica.

Caso precise ser orientado, marque uma consulta online ou presencial para esclarecer as dúvidas e fazer uso seguro desse fármaco.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin