Recomendações para realização de ECG: entenda a preparação e como é feito o exame

Por Dr. José Aldair Morsch, 4 de janeiro de 2024
Recomendações para realização de ecg

Preparei este artigo para trazer importantes recomendações para realização de ECG.

É um tema de interesse para médicos e profissionais de enfermagem que desejam aprimorar suas técnicas e evitar erros ao fazer eletrocardiograma.

Avance na leitura para recordar ou aprender boas práticas, além da rotina de condução e interpretação do exame.

Ao final, apresento ainda os benefícios da emissão do laudo de eletrocardiograma via telemedicina.

Você vai entender por que a Morsch oferece a melhor solução em telediagnóstico para sua clínica, consultório ou hospital.

Quais as recomendações para a realização de ECG?

Embora seja um exame simples e rápido, o eletrocardiograma envolve atividades que devem ser realizadas com cautela e zelo.

A partir dessas rotinas, é possível dar mais segurança ao paciente.

E ainda evitar artefatos e outros problemas que comprometem a qualidade do ECG.

Vamos começar com um roteiro de orientações gerais, descritas neste procedimento operacional padrão (POP):

  • O decúbito dorsal deverá ser o posicionamento padrão para a obtenção do registro do eletrocardiográfico, caso não haja contraindicação
  • Só utilizar o gel hidrossolúvel quando os eletrodos não fixarem adequadamente na pele, colocando em pouca quantidade nos eletrodos, pois são meios de cultura para bactérias
  • Se o ECG for realizado em sala específica para esse exame, realizar a troca de lençóis de papel a cada realização do procedimento
  • Em caso de usuários com membros amputados, conectar os eletrodos periféricos fixando as placas na face interna do braço e/ou coxas
  • Evitar colocar os eletrodos periféricos em proeminências ósseas.

Agora, vamos passar às recomendações relacionadas ao preparo para o exame.

Quais os cuidados no preparo do paciente para realização do ECG?

O procedimento não requer muitos preparos em relação ao paciente, com exceção da retirada de objetos metálicos antes de entrar na sala de exames.

Cabe ao médico ou técnico de enfermagem responsável pelo ECG observar se há muitos pelos no tórax e fazer tricotomia nas partes em que serão fixados eletrodos.

Além de verificar se o corpo do paciente não está em contato com nenhuma área metálica, incluindo trechos da maca onde o exame será realizado.

Antes de colocar os eletrodos, é preciso higienizar a pele com álcool, eliminando a gordura.

Por fim, vale lembrar o usuário de permanecer imóvel e em posição confortável.

O que pode interferir no exame de eletrocardiograma?

Muitos detalhes podem interferir nos registros eletrocardiográficos.

Mencionei alguns deles acima: a movimentação do paciente, falta de aderência dos eletrodos devido à presença de pelos ou ao excesso de gel hidrossolúvel.

Confusões referentes ao posicionamento dos eletrodos também são comuns e prejudicam o traçado do eletrocardiograma, exigindo que um novo exame seja feito.

Um exemplo é a colocação dos eletrodos precordiais V1 E V2 perto do pescoço, quando devem ficar ao nível da linha dos mamilos.

Atente ainda a possíveis rupturas nos cabos que conectam os eletrodos ao monitor do eletrocardiógrafo.

Uma dica para conferir se está tudo OK é deixar o traçado ficar uniforme – ou seja, uma linha lisa com as ondas de ECG, sem um serrilhado que indica interferências – na tela do computador antes de registrar o exame.

O que não pode fazer antes de fazer eletrocardiograma?

É importante que o paciente informe sobre medicamentos em uso assim que agendar o ECG.

Isso porque alguns fármacos alteram o ritmo cardíaco, devendo ser suspensos sob orientação médica para que o exame gere registros confiáveis.

Também é necessário evitar a ingestão de álcool e bebidas estimulantes, como energéticos, café e bebidas cafeinadas nas 24 horas que antecedem o eletrocardiograma.

O paciente deve comparecer ao serviço de saúde descansado, sem ter praticado esforço físico próximo ao horário do ECG e sem usar cremes, desodorantes e outros cosméticos no peito.

Como é feito o ECG?

O ECG começa com o posicionamento do paciente na maca e a solicitação para que ele exponha o tórax, punhos e tornozelos.

Em seguida, deve ser feita a assepsia da região torácica com algodão e álcool para a colocação dos eletrodos periféricos, seguindo as instruções:

  • Punho direito – eletrodo vermelho
  • Punho esquerdo – eletrodo amarelo
  • Tornozelo direito – eletrodo preto
  • Tornozelo esquerdo – eletrodo verde.

Confira um passo a passo para posicionar os eletrodos precordiais no vídeo abaixo:

A próxima etapa é ligar o aparelho de eletrocardiograma, permitindo que os eletrodos captem os sinais de impulsos elétricos responsáveis pelos batimentos cardíacos.

Os sinais serão enviados ao monitor do equipamento, filtrados e processados para que sejam expressos em forma de um traçado característico.

Ao realizar o exame, procure coletar pelo menos dois registros de batimentos sem interferências para viabilizar a interpretação do ECG.

Recomendações para eletrocardiograma

O eletrocardiograma envolve atividades que devem ser realizadas com cautela e zelo

Recomendações para realização do laudo de ECG

Entre as recomendações para realização de ECG, não poderia deixar de falar sobre a tarefa de laudar o exame.

Conforme estabelece o Conselho Federal de Medicina (CFM), o laudo só pode ser elaborado por cardiologistas especializados em eletrocardiograma.

Afinal, eles precisam analisar uma série de fatores para identificar anormalidades quanto à formação, condução e características do ECG.

Cada trecho do traçado corresponde a momentos específicos, que devem ser comparados aos padrões de normalidade.

De maneira resumida, o laudo médico do ECG contém:

  • Descrição da frequência cardíaca: quantidade de batimentos por minuto
  • Análise do ritmo cardíaco, verificando se é sinusal ou alterado
  • Avaliação das deflexões: cada batimento normal começa com uma onda P, seguida de um complexo QRS e uma onda T
  • Cálculo do eixo cardíaco e alterações no segmento ST (período de não atividade entre a despolarização e a repolarização do ventrículo)
  • Outras anormalidades eletrocardiográficas.

Mesmo sem cardiologistas no time, você pode oferecer o exame a partir da telemedicina, como esclareço a seguir.

Vantagens do laudo eletrônico do ECG

A interpretação do ECG é uma tarefa complexa que exige dedicação e tempo.

O que acaba atrasando a entrega dos resultados em épocas de alta demanda ou serviços que possuam equipes enxutas.

A boa notícia é que dá para resolver essa questão com o suporte da telemedicina.

Basta compartilhar os registros do eletrocardiograma na plataforma Morsch para que sejam laudados via telediagnóstico.

Assim que ficam visíveis, os gráficos são analisados por um cardiologista online, que emite o laudo a distância em minutos.

Se houver dúvidas ou casos complexos, a equipe local pode solicitar uma segunda opinião médica com alguns cliques.

E até aderir ao aluguel em comodato, que disponibiliza o eletrocardiógrafo a custo zero para quem contrata pacotes de laudos online.

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Conclusão

Agora que está por dentro das recomendações para realização de ECG, dá para obter registros fidedignos de modo simples.

Conte com o time de especialistas Morsch para acelerar a entrega dos laudos de exames complementares sem deixar a qualidade de lado!

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin