Lyrica: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 29 de outubro de 2025
Lyrica

Precisa de Lyrica para um tratamento de saúde?

Esse é um nome comercial para a pregabalina, conhecida pelo efeito sobre o sistema nervoso central (SNC).

Daí um dos motivos para que o acesso ao medicamento seja condicionado a uma receita de remédio controlado, como vou explicar nas próximas linhas.

Continue a leitura para ficar por dentro das indicações, posologia e riscos desse fármaco.

Além de dicas para renovar a receita online com toda a comodidade e segurança através da plataforma de telemedicina.

O que é Lyrica?

Lyrica é uma marca comercial para um remédio que contém pregabalina.

Trata-se de um fármaco analgésico da classe dos gabapentinoides, que também tem efeito anticonvulsivante e ansiolítico.

Ele pode ser encontrado na forma de cápsula dura de 25 mg, 75 mg e 150 mg, devendo ser tomado de acordo com a prescrição médica para prevenir agravos à saúde.

Para que serve Lyrica

O fármaco serve para tratar quadros de dor relacionados a distúrbios neurológicos em adultos.

Para tanto, sua substância ativa – a pregabalina – promove um efeito parecido com um importante neurotransmissor inibidor do SNC, chamado ácido gama-aminobutírico (GABA).

Como resultado, há contenção das mensagens excitatórias entre os neurônios (células nervosas do cérebro), aliviando dores e outros sintomas incômodos.

Principais indicações

Segundo informa a bula do Lyrica, consultada via bulário da Anvisa, o remédio é indicado para:

  • Tratamento da dor neuropática (dor devido à lesão ou mau funcionamento dos nervos ou do sistema nervoso) 
  • Como terapia adjunta das crises epiléticas parciais (convulsões), com ou sem generalização secundária 
  • Tratamento do Transtorno de Ansiedade Generalizada em adultos
  • Controle de fibromialgia (doença caracterizada por dor crônica em várias partes do corpo, cansaço e alterações do sono).

Outras indicações dependem de avaliação médica.

Como tomar Lyrica

Tome as cápsulas de 25 mg, 75 mg e 150 mg por via oral, com ou sem alimentos, conforme a recomendação médica.

Não abra, corte, nem mastigue as cápsulas, que podem ser engolidas com a ajuda de um copo d’água.

A bula do remédio descreve uma dose inicial de 75 mg, 2 vezes ao dia, totalizando 150 mg/dia. 

Essa dose poderá ser aumentada para 150 mg 2 vezes ao dia após um intervalo de 3 a 7 dias.

E, se necessário, até uma dose máxima, se houver necessidade e tolerabilidade por parte do paciente.

As doses usuais para cada condição tratada com Lyrica são:

  • Dor neuropática: 150 a 600 mg/dia, divididos em 2 doses
  • Transtorno da Ansiedade Generalizada (TAG): 150 a 600 mg/dia, divididos em 2 doses 
  • Epilepsia: 150 a 600 mg/dia, divididos em 2 doses
  • Fibromialgia: 150 a 450 mg/dia, divididos em 2 doses.

Em caso de dúvidas, consulte a bula, o médico e o farmacêutico.

Receita de Lyrica

Adiantei, na abertura do texto, que esse medicamento é controlado.

Por isso, sua dispensação exige uma receita C1, modalidade de receita de controle especial – emitida em duas vias iguais pelo médico.

Assim, a segunda via pode ser carimbada e devolvida ao comprador, mantendo à mão a orientação médica sobre horários, doses, via de administração e outras medidas terapêuticas importantes.

Já a primeira via é retida pela farmácia no momento da compra, atendendo à determinação da Anvisa para as substâncias da lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998.

A regra diferenciada ajuda a coibir o uso indiscriminado de fármacos potencialmente perigosos devido ao efeito sobre o SNC (como a pregabalina), interação medicamentosa, risco para gestantes e fetos, entre outros.

Válida por 30 dias, a receita branca especial pode dar acesso a remédio suficiente para até 60 dias de tratamento.

Ela pode ser entregue no fim da consulta médica presencial ou teleconsulta.

Marque já uma teleconsulta aqui!

Dúvidas frequentes sobre Lyrica

Vamos avançar, agora, para esclarecimentos sobre questões frequentes a respeito desse medicamento.

Confira:

Quais são os males que a pregabalina pode causar?

Mais de 10% dos pacientes em tratamento com Lyrica (pregabalina) relatam sofrer com dor de cabeça.

Outras reações adversas comuns são:

  • Nasofaringite (inflamação da faringe ou garganta)
  • Aumento do apetite
  • Euforia
  • Confusão
  • Irritabilidade
  • Depressão
  • Desorientação
  • Insônia (dificuldade para dormir)
  • Diminuição da libido (desejo sexual)
  • Ataxia (dificuldade em coordenar os movimentos)
  • Coordenação anormal
  • Tremores
  • Disartria (alteração da fala)
  • Amnésia (perda de memória)
  • Dificuldade de memória
  • Distúrbios de atenção
  • Parestesia (formigamentos)
  • Hipoestesia (diminuição da sensibilidade)
  • Sedação (diminuição do nível de vigília ou alerta)
  • Transtorno de equilíbrio
  • Letargia (lentidão)
  • Visão turva
  • Diplopia (visão dupla)
  • Vertigem
  • Vômitos
  • Constipação (intestino preso)
  • Flatulência (excesso de gases)
  • Distensão abdominal
  • Boca seca
  • Cãibra muscular
  • Artralgia (dor nas articulações)
  • Dor lombar
  • Dor nos membros
  • Espasmo cervical
  • Edema periférico (inchaço de extremidades)
  • Edema (inchaço)
  • Marcha (caminhada) anormal
  • Quedas
  • Sensação de embriaguez
  • Sensação anormal
  • Cansaço
  • Aumento de peso
  • Náusea (enjoo)
  • Diarreia.

Na presença de sintomas intensos ou graves, procure ajuda médica.

Qual o melhor horário para se tomar a pregabalina?

O melhor horário é aquele prescrito pelo médico, considerando sua condição clínica e estilo de vida.

Cabe ao profissional determinar o intervalo ideal entre as tomadas diárias.

A pregabalina é um medicamento de tarja preta?

Não. Tanto Lyrica quanto outros medicamentos à base de pregabalina têm a embalagem marcada com tarja vermelha.

Embora possam ser perigosos, eles não apresentam risco de dependência física e psíquica como os remédios tarja preta

Conclusão

Ao final deste artigo, você está informado sobre o Lyrica.

Aproveite esse conhecimento para fazer um uso seguro do fármaco, evitando práticas danosas como a automedicação.

Além de atrasar o diagnóstico, ela pode piorar seu quadro de saúde.

Prefira sempre marcar uma consulta com neurologista ou clínico geral para iniciar a investigação de dores de origem desconhecida ou de diferentes tipos de convulsão.

Com a teleconsulta na plataforma Morsch, fica mais fácil e rápido falar com um médico online.

Acesse a página de agendamentos e use o campo de busca avançada para encontrar profissionais, datas e horários de sua preferência.

Se precisar somente substituir uma prescrição que acaba de perder a validade, acione o serviço de renovação de receitas aqui.

Depois, é só preencher os dados solicitados e prosseguir para a confirmação do pagamento.

Sua nova receita digital chegará por e-mail com agilidade.

Renove sua receita de Lyrica em poucos cliques e com economia!

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin