Hipoxemia: o que é, tipos, sintomas, causas, diagnóstico e tratamento
A hipoxemia pode surgir a partir de pneumonias e outros quadros que prejudicam a oxigenação do sangue.
Nem sempre apresenta sintomas específicos, o que pede atenção aos detalhes por parte da equipe médica, em especial quando houver agravos à saúde de doentes internados.
Se deseja aprofundar os conhecimentos sobre esse tema, avance na leitura.
A partir de agora, comento a definição, tipos, possíveis causas e efeitos da hipoxemia, bem como o manejo do paciente nesses casos.
Também vou explicar como a telemedicina dá celeridade ao diagnóstico dessa condição, permitindo que o tratamento seja iniciado com rapidez.
O que é hipoxemia?
Hipoxemia é a redução do nível de oxigênio no sangue.
Isso significa que o corpo não recebe oxigênio suficiente para atender às suas necessidades metabólicas.
A hipoxemia é frequentemente associada a doenças respiratórias, cardíacas ou problemas circulatórios e requer avaliação médica para identificar e tratar a causa subjacente.
Já em termos técnicos, podemos observar a definição de hipoxemia que consta no artigo “Fatores associados com a ocorrência de hipoxemia no período pós-anestésico imediato”:
“Define-se hipoxemia como a saturação arterial da oxi-hemoglobina (SaO2) inferior a 90%, que corresponde a uma PaO2 [pressão parcial do oxigênio arterial] aproximadamente igual a 60 mmHg.”
Qual a diferença entre hipoxemia e hipóxia?
Enquanto a hipoxemia se refere à dessaturação do oxigênio presente no sangue arterial, a hipóxia consiste na falta de oxigênio em órgãos e tecidos do corpo.
Muitas vezes, essas condições surgem associadas.
Porém, há casos em que a hipóxia ocorre mesmo diante de níveis normais de oxigenação sanguínea.
Tudo depende da origem da insuficiência desse gás em uma parte do organismo, que pode ser, por exemplo, desencadeada por envenenamento pelo monóxido de carbono ou cianeto.
Nesses cenários, a saturação arterial se mantém normal, ainda que um tecido tenha sua função prejudicada devido à falta de oxigênio.
Tipos de hipoxemia
A classificação mais popular para a condição considera dois tipos: hipoxemia aguda e crônica. Veja detalhes sobre cada uma delas abaixo:
Hipoxemia aguda
De início abrupto, a hipoxemia aguda costuma ser causada por complicações de doenças respiratórias.
De repente, o paciente pode apresentar falta de ar, cianose, confusão mental e até síncope, o que exige assistência médica imediata para prevenir eventos graves.
Hipoxemia crônica
Essa forma de hipoxemia geralmente não é percebida no início, uma vez que tem desenvolvimento lento e contínuo.
Costuma estar associada a doenças crônicas que prejudicam a função dos alvéolos pulmonares, dificultando a oxigenação do sangue, a exemplo da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).
Quais os sintomas da hipoxemia?
Mencionei, na abertura do artigo, que nem sempre há sintomas específicos – principalmente em casos de hipoxemia crônica em estágio inicial.
Contudo, mesmo diante desse quadro, podem surgir manifestações clínicas, assim como na hipoxemia aguda.
As mais comuns são:
- Falta de ar intensa ou dispneia aos esforços
- Cianose (mucosas e extremidades com coloração azulada)
- Tontura
- Taquicardia
- Palpitação no coração
- Pressão alta
- Convulsão
- Confusão mental
- Dor de cabeça pela manhã
- Síncope.
A seguir, comento sobre as causas mais comuns da condição.
O que causa hipoxemia?
Entre as causas principais estão as patologias respiratórias, além de doenças cardiovasculares e neuromusculares, tais como:
- Pneumonia
- Fibrose pulmonar
- DPOC
- Derrame pleural
- Embolia pulmonar
- Hipertensão pulmonar
- Asma
- Câncer de pulmão ou com comprometimento pulmonar
- Anemia
- Apneia obstrutiva do sono
- Obesidade mórbida
- Insuficiência cardíaca
- Doença arterial coronariana (DAC)
- Cardiomiopatia
- Infarto agudo do miocárdio (IAM).
Continue acompanhando para conhecer os riscos da hipoxemia.
Possíveis efeitos da hipoxemia
Na ausência de intervenção médica rápida, a hipoxemia aguda pode evoluir para parada cardiorrespiratória e óbito.
Já o tipo crônico tem a capacidade de impactar diversos órgãos e sistemas, provocando complicações graves como insuficiência cardíaca aguda, hipertensão pulmonar e danos aos neurônios (células do cérebro).
Qual o tratamento para hipoxemia?
A abordagem terapêutica inicial é voltada à correção da hipoxemia, em geral, por meio de suplementação de oxigênio.
Outras opções de conduta médica indicadas, conforme o artigo citado anteriormente, são:
- Aumentar a FiO2 (fração inspirada de O2)
- Procurar e corrigir problemas mecânicos
- Aumentar a ventilação
- Aumentar o débito cardíaco – Restaurar volume circulante
- Aumentar a capacidade de carrear oxigênio (níveis de hemoglobina)
- Otimizar relação ventilação/perfusão (instalar PEEP, CPAP). Manter grandes volumes de ar corrente
- Diminuir o consumo de oxigênio causado por dor, tremores, febre, estados hipermetabólicos.
Uma vez que o paciente esteja estabilizado, deve-se iniciar o tratamento da origem da hipoxemia.
Por exemplo, administrando um antibiótico para combater a pneumonia bacteriana.
Como é feito o diagnóstico da hipoxemia?
O diagnóstico é baseado no exame clínico, que detecta sintomas, e exames complementares para medir a saturação de oxigênio no sangue.
Um dos mais simples é a oximetria de pulso, que utiliza um pequeno dispositivo colocado no dedo do paciente para verificar o nível de oxigênio de forma não invasiva.
No entanto, é comum a solicitação de uma gasometria arterial para confirmar a suspeita de hipoxemia de maneira mais confiável.
Para a gasometria, é coletada uma amostra de sangue arterial com a finalidade de analisar os gases presentes no sangue.
Como a telemedicina acelera o diagnóstico de hipoxemia?
Emergências médicas são avaliadas no pronto-socorro ou no setor em que o paciente estiver internado, a fim de que ele seja estabilizado com agilidade.
Entretanto, nem todos os casos de hipoxemia são graves, podendo ser acompanhados através de home care ou monitoramento por meio de consultas e exames para evitar agravos à saúde.
Nesse contexto, faz sentido contar com a teleconsulta e telemonitoramento para dar mais comodidade ao doente, que não precisa se deslocar até o serviço de saúde para ser atendido.
Basta possuir um dispositivo com acesso à internet, login e senha na plataforma de telemedicina para acessar a sala virtual exclusiva e receber atendimento médico online.
Sistemas robustos como a Telemedicina Morsch permitem o acompanhamento contínuo de sinais vitais e indicadores como:
- Saturação de oxigênio
- Temperatura corporal
- Frequência cardíaca e respiratória
- Níveis de glicemia no sangue
- Ritmo cardíaco
- Posição corporal.
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Conclusão
Ao final deste texto, você está por dentro das principais características da hipoxemia, que vão ajudar a dar mais agilidade e qualificar o diagnóstico dessa condição.
É importante manter um monitoramento contínuo e controlar a causa para diminuir a morbidade e mortalidade decorrentes da dessaturação de oxigênio.
Conte com a Morsch para apoiar esse acompanhamento, além de esclarecer dúvidas junto a especialistas acionando a teleinterconsulta (consulta entre médicos) e a teleconsultoria, direcionada a questões mais amplas de saúde.
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