Dimorf: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 11 de março de 2025
Dimorf

Em busca de uma receita para o medicamento Dimorf ou tem dúvidas sobre ele?

Saiba que esse é o nome comercial para um fármaco que contém morfina – substância derivada do ópio –, encontrado sob a forma de comprimidos de 10 mg e 30 mg.

Embora sua ação seja potente, é preciso redobrar os cuidados para evitar quadros de dependência física e psíquica, além da overdose (superdosagem).

Neste texto, vou detalhar as aplicações, riscos e como fazer o uso racional do Dimorf.

Você ainda vai conhecer as regras de prescrição e de que forma renovar sua receita médica online utilizando a telemedicina.

O que é Dimorf?

Dimorf é a marca comercial para um remédio com sulfato de morfina, classificado como analgésico opioide.

Ou seja, que pertence ao grupo de substâncias derivadas do ópio.

É um tipo de medicamento que só deve ser tomado sob prescrição médica.

O uso indevido ou abuso de opioides eleva as chances de reações adversas, inclusive dependência e tolerância.

Na sequência, apresento as suas indicações.

Para que serve Dimorf

O medicamento serve para aliviar dores intensas.

Seu mecanismo de ação impacta o funcionamento do sistema nervoso central, sendo percebido, geralmente, entre 1 e 2 horas após a administração do remédio.

O efeito dura entre 4 e 5 horas em pacientes que não tenham tolerância.

Principais indicações

De acordo com a bula do Dimorf, disponível no bulário da Anvisa, o fármaco é indicado para o tratamento da dor intensa aguda e crônica.

Sua prescrição costuma ser feita apenas quando outros medicamentos analgésicos não surtiram o efeito desejado no controle do desconforto.

Dores pós-operatórias, relacionadas ao câncer ou traumas estão entre os quadros que podem se beneficiar do uso da morfina.

Como tomar Dimorf

Mencionei, mais acima, que o Dimorf pode ser encontrado nas farmácias na versão comprimidos de 10 mg e 30 mg.

Há, ainda, a versão solução injetável 0,1 mg/mL e 0,2 mg/mL, destinada apenas ao uso hospitalar para combater a dor de infarto e outras dores graves, ou como suplementação da anestesia.

O sulfato de morfina injetável só deve ser manipulado por profissionais de saúde devidamente capacitados.

Já os comprimidos do medicamento podem ser tomados em casa, por via oral, com a ajuda de um pouco d’água.

Jamais modifique a dose ou descontinue o tratamento por conta própria.

A seguir, reproduzo os principais esquemas terapêuticos descritos na bula do remédio:

  • Início do tratamento em pacientes que não fazem o uso de opioides: 5 a 30 mg a cada 4 horas ou segundo a orientação de seu médico. A dose máxima diária recomendada depende do estado clínico do paciente e da sua tolerância ao fármaco. Para a maioria dos pacientes, esta dose se situa em torno de 180 mg/dia
  • Pacientes terminais: a dose deve ser administrada a cada 4 horas até encontrar o nível desejado de analgesia. Caso o paciente esteja recebendo outros analgésicos narcóticos, equilibrar as dosagens de modo a alcançar a analgesia necessária
  • Manutenção do Tratamento: é importante que haja uma contínua reavaliação do paciente que recebe sulfato de morfina, com especial atenção para a manutenção do controle da dor e a incidência relativa dos efeitos adversos associados com o tratamento.

Para mais informações, consulte o documento, o médico e o farmacêutico.

Receita de Dimorf

Dimorf só pode ser liberado mediante a apresentação da receita A1.

Conhecido como receita amarela, esse documento é emitido em duas vias diferentes.

A primeira via fica retida na farmácia ou drogaria no momento da aquisição do medicamento, e consiste numa notificação de receita.

Que é um arquivo impresso em talões monitorados pela Anvisa e entregues apenas a médicos autorizados, que serve para informar os dados do paciente, médico prescritor, comprador e fornecedor.

Por sua vez, a segunda via possui a orientação médica necessária ao tratamento, descrevendo doses, horários, vias de administração, etc.

As normas rígidas de prescrição se aplicam à morfina por se tratar de substância entorpecente integrante da lista A1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que instituiu o Regulamento Técnico de remédios controlados.

Todos os fármacos desse grupo têm a embalagem marcada com tarja preta, a fim de alertar sobre o risco de dependência – quando o funcionamento do organismo fica condicionado à presença da substância.

E de tolerância, que faz o paciente buscar por doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito inicial, aumentando as chances de overdose.

A receita A1 amarela tem validade de 30 dias e só pode conter um medicamento, prescrito em quantidade suficiente para um mês de tratamento ou 5 ampolas.

Dúvidas frequentes sobre Dimorf

Abaixo, trago respostas rápidas para questões comuns a respeito do fármaco.

Siga acompanhando.

Qual a diferença entre Dimorf e morfina?

Quando falamos em medicamentos, as duas palavras podem se referir ao mesmo fármaco.

Isso porque o sulfato de morfina é o princípio ativo do Dimorf, que corresponde a uma marca comercial para remédios contendo essa substância.

Quais os efeitos colaterais do Dimorf?

As reações adversas mais comuns englobam tonturas, vertigem, sedação, náusea, vômito e transpiração.

Procure ajuda médica se perceber sintomas graves como falta de ar, desmaio, batimentos cardíacos diminuídos (bradicardia) ou desorientação.

Quem não pode tomar Dimorf?

O fármaco é contraindicado em caso de:

  • Sensibilidade (alergia) à morfina ou a algum componente da fórmula
  • Insuficiência ou depressão respiratória
  • Depressão do sistema nervoso central
  • Insuficiência cardíaca secundária
  • Crise de asma
  • Arritmia cardíaca
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)
  • Aumento da pressão intracraniana e do líquido cérebro espinhal
  • Lesões cerebrais
  • Tumor cerebral
  • Alcoolismo crônico
  • Tremores
  • Doenças que causam convulsão
  • Pós-cirúrgico de cirurgia de vesícula biliar ou de abdômen
  • Anastomose cirúrgica
  • Administração conjunta com inibidores da MAO ou após um período de 14 dias com este tratamento
  • Obstrução gastrintestinal
  • Íleo-paralítico.

Novamente, converse com seu médico para informar sobre possíveis restrições.

Conclusão

O manejo da dor com Dimorf deve ser realizado conforme a orientação médica, a fim de reduzir as chances de efeitos adversos, incluindo os relacionados à automedicação.

Caso você esteja sentindo desconforto intenso, marque uma consulta médica para receber o diagnóstico e tratamento adequados.

Você pode agendar uma teleconsulta na plataforma Morsch em poucos cliques, acessando esta página.

Se precisar somente renovar uma receita que está perdendo a validade, o processo é ainda mais simples.

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Depois, é só aguardar pelo envio da sua nova receita amarela pelos Correios, monitorando a chegada através do código de rastreamento.

Renove sua receita de Dimorf em poucos cliques e com economia!

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin