Dor de infarto: entenda como é a sensação e saiba o que fazer

Por Dr. José Aldair Morsch, 22 de setembro de 2023
Dor de infarto

Preocupado com uma possível dor de infarto?

Ela se manifesta como uma opressão no peito, que não passa quando a vítima se movimenta.

Porém, existem várias condições capazes de provocar desconforto no tórax, o que dificulta a identificação desse tipo de dor.

Crises de pânico, dor muscular e até gases podem gerar confusão e muita preocupação entre os pacientes.

Claro que não se deve ignorar sintomas incômodos, mas a dor de infarto tem características próprias, como detalho ao longo deste artigo.

Se estiver com dor no peito intensa e formigamento, vá ao pronto-socorro mais próximo!

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Como é a dor de infarto?

É natural associar a dor torácica ao infarto agudo do miocárdio – que ocorre quando uma das artérias coronárias é obstruída, bloqueando o fluxo de sangue que vai ao coração.

Por consequência, as células cardíacas que ficam sem oxigênio morrem – ou, em termos médicos, sofrem necrose.

Nesses casos, o principal sintoma é uma dor sentida como um aperto ou opressão no peito, mais especificamente na região central ou mais para o lado esquerdo.

Outras características da dor de infarto são:

  • Ser difusa, ou seja, não pode ser localizada ou indicada com o dedo
  • Ter origem súbita, aparecendo de repente
  • Ser intensa e prolongada
  • Não melhorar com movimentos ou mudança de posição
  • Surgir acompanhada por formigamento que irradia para o pescoço, face, costas e/ou braços
  • Combinada a outros sintomas, como desmaio, suor frio, palidez, falta de ar, tontura, vertigem, cansaço extremo, inchaço nos pés, vômitos, náusea, perda de apetite, fraqueza.

Segundo alerta o Ministério da Saúde,

“Em idosos, o principal sintoma pode ser a falta de ar. A dor também pode ser no abdome, semelhante à dor de uma gastrite ou esofagite de refluxo, mas é pouco frequente. Nos diabéticos e nos idosos, o infarto pode ocorrer sem sinais específicos. Por isso, deve-se estar atento a qualquer mal-estar súbito apresentado por esses pacientes”.

Quais as demais dores de infarto?

Embora menos conhecidos, desconfortos que se estendem para além do tórax podem ser sinal de infarto.

Isso inclui:

Na verdade, esses sintomas surgem como reflexo da dor torácica, que é muito forte e, por ser inespecífica, pode irradiar para outras partes do corpo.

Como diferenciar dor muscular de infarto?

Uma das principais formas de diferenciar dor muscular de dor de infarto é se mover.

Porque o desconforto de origem muscular pode melhorar ou passar em repouso, e se intensificar diante de certos movimentos.

Também não costuma ser associado a outros sinais, e pode ter causa conhecida.

Por exemplo, quando a pessoa se exercita no dia anterior, carrega muito peso ou sobrecarrega o peitoral e os braços.

Já a dor de infarto é repentina, surgindo sem causa aparente, e sentida de maneira difusa.

Ao passo que o desconforto muscular é localizado, podendo ser apontado com o dedo.

Como diferenciar dor de gases e infarto?

Normalmente, gases causam dor em pontada, e não como uma pressão no peito.

Além do mais, a dor de infarto é contínua, enquanto o desconforto por gases vai e volta.

Dor de infarto dura quanto tempo?

O desconforto intenso costuma se estender por mais de 20 minutos.

No entanto, caso apresente dor associada a mais sintomas, procure um serviço de emergência.

Dor de infarto vai e volta?

Não é comum que a dor de infarto cesse e depois retorne, pois ela tende a ser prolongada e não melhorar nem mesmo com medicamentos.

Dores de infarto

O principal sintoma é uma dor sentida como um aperto ou opressão no peito

O que fazer em caso de dor de infarto?

Na presença de dor e/ou outros sinais de infarto, vá a um pronto-socorro ou chame uma ambulância imediatamente, ligando para o SAMU pelo 192.

O atendimento rápido pode salvar vidas, pois o infarto é tempo-dependente, gerando sequelas de maior gravidade conforme o tempo avança.

Para se ter uma ideia, 60% das mortes ocorrem nos primeiros 60 minutos após o início dos sintomas.

Uma vez que tenha reconhecido os sinais e chamado socorro, tente acalmar a vítima, segurando sua mão e informando que a ajuda está a caminho.

Tire lenços do pescoço, afrouxe cintos e outras roupas ou acessórios que possam dificultar a respiração.

Monitore os sinais vitais como a frequência respiratória e os batimentos cardíacos, a fim de se certificar de que o paciente está consciente.

Plantão 24h com telemedicina

Para alguém com suspeita de infarto, como já falei, é vital ir ao pronto-socorro.

Especialmente se a vítima tiver comorbidades que aumentam as chances dessa emergência cardiovascular, como hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.

No entanto, casos menos urgentes ou que deixem dúvidas se beneficiam de um primeiro atendimento rápido via telemedicina.

O plantão médico 24 horas da Telemedicina Morsch pode ser útil se não houver um serviço de emergência por perto, pois viabiliza o aconselhamento feito pelo profissional de saúde.

É só clicar aqui para iniciar a consulta com o clínico geral!

Se estiver sofrendo com sintomas de problemas cardíacos por semanas, é importante passar por avaliação médica, o que também pode ser feito por videoconferência.

É só seguir o pequeno roteiro abaixo para marcar uma teleconsulta no sistema Morsch:

  • Acesse a página de agendamento
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Acessando o link, você conversa com o médico online no conforto da sua casa.

Conclusão

Agora que conhece os detalhes da dor de infarto, vai ficar mais simples identificar esse problema com rapidez.

E socorrer a vítima em tempo hábil, evitando óbitos e sequelas.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin