Atelectasia no raio-X: o que é, como identificar e emitir o laudo
A presença de atelectasia no raio-X deve motivar uma intervenção médica ágil.
Isso porque o quadro costuma ser grave, uma vez que prejudica o fluxo respiratório e desencadeia o colapso pulmonar.
Sem um tratamento rápido, o quadro pode evoluir para insuficiência respiratória aguda, colocando a vida do paciente em risco.
Daí a importância de entender os principais aspectos da atelectasia pulmonar e dos exames que apoiam o diagnóstico dessa condição, como a radiografia.
Neste texto, apresento informações indispensáveis para evitar complicações. Você ainda vai entender como a telemedicina acelera a entrega de laudos de exames complementares, dando suporte à rotina em clínicas e hospitais.
O que é atelectasia no raio-X?
A atelectasia no raio-X se refere às imagens radiográficas que retratam o colapso dos alvéolos pulmonares.
Esses registros são produzidos a partir do raio-X do pulmão ou raio-X de tórax, exame que emprega radiação ionizante para gerar fotografias internas do organismo.
Uma vez ligado, o equipamento de raio-X emite um feixe de radiação sobre a área estudada, possibilitando que os raios atravessem o tórax do paciente.
Parte deles é absorvida pelas estruturas anatômicas, enquanto o restante chega até uma placa fotossensível localizada na mesa do aparelho de raio-X.
Se o equipamento for analógico, a radiação queima a chapa, que deverá ser revelada posteriormente para mostrar as imagens.
Já a tecnologia digital produz um sinal que é convertido em pixels (os menores pontos de uma imagem digital), permitindo a observação dos registros logo após o exame.
Como identificar atelectasia no raio-X?
Existem diferentes tipos de atelectasia, que podem acometer partes distintas de um ou de ambos os pulmões, mostrando características próprias.
No entanto, há achados comuns que sinalizam perda do volume pulmonar e/ou opacidade, evidenciando trechos mais claros nas imagens radiográficas.
O que faz sentido, uma vez que os trechos repletos de ar aparecem em preto nos registros, ao passo que áreas com fluxo de ar reduzido são retratadas em tons mais claros.
Vale observar os aspectos detalhados no estudo “Atelectasia e alterações pulmonares em recém-nascidos prematuros no período neonatal: laudo radiológico cego e achados clínicos”.
O texto destaca o aumento na densidade e diminuição do volume, associados a:
- Diminuição dos espaços intercostais
- Desvio de estruturas mediastinais, como traqueia e coração
- Elevação do diafragma homolateral
- Hiperinsuflação do pulmão contralateral.
A seguir, entenda o que mais é considerado para o diagnóstico dessa condição.
O laudo da radiografia é feito a partir da interpretação do raio-X
Outros indícios para o diagnóstico de atelectasia
Muitas vezes, a atelectasia é assintomática, sendo suspeitada apenas durante a avaliação médica.
Contudo, há casos em que a condição provoca hipoxemia, resultando em sintomas como:
- Dispneia (falta de ar)
- Respiração rápida e superficial
- Dor no peito
- Cianose (coloração azulada na boca ou pontas dos dedos devido à baixa oferta de oxigênio)
- Arritmia de padrão rápido (taquicardia).
Além da manifestação clínica, o diagnóstico da atelectasia requer exames complementares para confirmar e coletar detalhes como a causa dessa condição.
O raio-X é o principal exame nesse contexto, mas outros procedimentos podem ser solicitados a critério médico.
A tomografia do pulmão oferece registros mais detalhados, pois coleta centenas de radiografias em cortes transversais para uma observação aprofundada do quadro.
Já a broncoscopia ou endoscopia respiratória fornece imagens ainda mais específicas, uma vez que viabiliza a inserção de uma pequena câmera nas vias aéreas para a visualização de obstruções e doenças que estejam provocando a atelectasia.
Como emitir o laudo de raio-X com atelectasia?
O laudo da radiografia é feito a partir da interpretação do raio-X, realizada por um médico especializado na área do exame.
No caso da atelectasia, as imagens serão analisadas por um radiologista com conhecimentos em pneumologia, que deverá compor o laudo médico respeitando os campos essenciais, ou seja:
- Nome completo do paciente
- Nome e endereço do local onde o exame foi feito
- Nome do médico solicitante
- Data de realização do teste
- Justificativa para a solicitação do procedimento
- Conduta e descrição detalhada do exame
- Hipótese diagnóstica
- Informações adicionais sobre o paciente, como idade, peso, altura, etc.
- Assinatura do médico responsável pelo laudo.
No final do documento, o médico anota se o exame tem resultado normal ou alterado, apontando anormalidades como os achados relacionados à atelectasia.
Existem diferentes tipos de atelectasia, que pode acometer partes distintas de um ou de ambos os pulmões
Qual o tratamento para atelectasia?
A terapia depende da causa dessa complicação respiratória.
A broncoscopia está indicada diante de obstrução devido à inalação de corpos estranhos, por exemplo.
Já casos em que há secreção excessiva, pode-se realizar uma aspiração pulmonar, junto à prescrição de medicamentos que reduzem a produção de muco.
Pneumonia e outros quadros infecciosos costumam ter melhor prognóstico com o uso de antibióticos e outros fármacos que combatem a infecção, permitindo a reversão da atelectasia.
Pacientes acamados e/ou em período pós-cirúrgico podem se beneficiar de técnicas como a espirometria de incentivo e a fisioterapia pulmonar para recuperar a capacidade de respiração profunda, que colabora para a reabertura dos alvéolos.
Quais as vantagens do laudo de raio-X a distância?
Mencionei, anteriormente, a importância do raio-X para o diagnóstico da atelectasia pulmonar.
Entretanto, é preciso dispor de uma interpretação ágil para iniciar o tratamento adequado o mais brevemente possível, afinal, trata-se de uma condição grave e potencialmente fatal.
Daí a necessidade de contar com radiologistas qualificados sempre a postos em setores do hospital como o pronto-socorro, ou mesmo em serviços de pneumologia.
Porém, nem sempre há especialistas suficientes presencialmente, em especial nos estabelecimentos afastados dos centros urbanos.
A boa notícia é que dá para reforçar a equipe médica utilizando o serviço de telediagnóstico, que viabiliza a elaboração e entrega de laudos online.
Basta compartilhar as imagens através da plataforma da Telemedicina Morsch para que um médico capacitado as interprete, produza e conclua o laudo com sua assinatura digital.
Dessa forma, os resultados são entregues em minutos. O serviço é ininterrupto, funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, mesmo aos domingos e feriados.
Seu time ainda poderá discutir casos complexos via teleinterconsulta, atender os pacientes via teleconsulta e ampliar as especialidades atendidas, delegando os resultados de exames à equipe Morsch.
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Conclusão
Neste artigo, apresentei as características para identificar a atelectasia no raio-X, bem como outros indícios e emissão de laudo.
Também mostrei as vantagens e indiquei as possibilidades de tratamento.
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