Via enteral: entenda como funciona a via de administração de medicamentos
Conhecida pela praticidade, a via enteral facilita a realização da terapia medicamentosa sem a supervisão de um profissional de saúde.
Especialmente quando falamos da via oral, que simplifica a administração de fármacos de um jeito rápido e seguro.
Por isso, é amplamente utilizada para medicamentos de uso contínuo.
Nas próximas linhas, você vai conferir detalhes sobre essa e outras vias enterais, suas principais vantagens e desvantagens.
Ao final, veja também um bônus com soluções de telemedicina na enfermagem para otimizar os cuidados com os pacientes.
O que é via enteral?
Via enteral é aquela em que a medicação é absorvida pelo intestino, passando por um ou mais órgãos do trato digestivo.
A própria palavra “enteral” vem de “enteron”, termo grego que significa intestino.
Geralmente, a via enteral é indicada quando se objetiva obter um efeito sistêmico por parte de um fármaco, que será absorvido e chegará à corrente sanguínea.
Essa abordagem é bastante comum, pois diversas patologias acometem órgãos e estruturas internas que dificilmente podem receber tratamento localizado.
Outro fator de escolha para a via enteral é a terapia local para órgãos do sistema digestivo, que receberão o princípio ativo ao entrar em contato com o medicamento.
Diferença entre via parenteral e enteral
Via enteral e parenteral são os dois grandes grupos que se referem às vias de administração de medicamentos.
Ou seja, à forma de contato entre o fármaco e o organismo do paciente.
Trata-se de classes opostas, que reúnem metodologias de administração diferenciadas, indicadas conforme o tipo de medicação, condição clínica do paciente, interações medicamentosas ou com alimentos, entre outros fatores.
A diferença entre eles é simples: enquanto a via enteral reúne as substâncias absorvidas pelo intestino, a via parenteral se refere à administração através de injeção.
Semelhantemente à palavra “enteral”, “parenteral” significa algo que passa fora do intestino e do trato digestivo, em oposição à via enteral.
Esse grupo inclui os fármacos aplicados por via intravenosa (IV), via intramuscular (IM), via subcutânea (SC), via intradérmica (ID), entre outras.
Quais são as vias enterais?
As vias enterais englobam três tipos: via oral, sublingual e retal. Falo sobre cada um deles a seguir.
Via oral
Como mencionei na abertura do artigo, a via oral é a mais popularmente prescrita, devido principalmente à sua simplicidade.
Para que seja administrado por via oral, o medicamento precisa ser disponibilizado em formato de comprimidos, cápsulas, líquidos ou pós produzidos para percorrer todo o sistema digestivo.
Normalmente, são tomados com a ajuda de um pouco d’água para que avancem a partir da boca, passando por esôfago, estômago e chegando ao intestino, de maneira similar aos alimentos.
Via sublingual
Embora a via oral seja bem aceita pela maioria dos pacientes, há casos em que a via sublingual é mais recomendada, em especial devido ao seu rápido efeito farmacológico.
Como o nome sugere, essa via de administração requer a inserção de um medicamento sob a forma de comprimidos ou gotas embaixo da língua.
Lá, ela deve permanecer até sua total absorção.
Desse modo, a substância se dissolve e promove o efeito terapêutico com agilidade, sendo particularmente útil em urgências como diante de um infarto agudo do miocárdio (IAM).
Via retal
Fármacos sob a forma de supositórios são adequados para a administração por via retal.
Ela é indicada para tratamento de condições como obstruções intestinais.
Essa via oferece, ainda, uma alternativa nos casos em que o paciente estiver impedido de engolir, como em pessoas inconscientes ou com doenças neurológicas que desencadeiam a disfagia.
Quais as vantagens da via enteral?
A via enteral reúne diversas vantagens.
Entre elas, podemos citar:
- Segurança do paciente: diferentemente da via parenteral, geralmente, a via enteral não requer conhecimento técnico para a administração do medicamento, o que dispensa a supervisão de um profissional de saúde
- Praticidade: a via enteral simplifica a administração de diversos fármacos, conferindo rapidez e praticidade ao tratamento
- Opção indolor: com exceção da via retal, que pode gerar certo desconforto, as vias enterais permitem a administração de medicações de forma indolor ao paciente – ao contrário, por exemplo, das vias subcutânea e endovenosa, que exigem punção para injetar o fármaco.
Apesar desses benefícios, as vias enterais podem apresentar desvantagens, sobretudo para doentes impossibilitados de engolir ou portadores de doenças intestinais severas, como a doença de Crohn ou tumores no trato digestivo.
Vale lembrar, ainda, que certos medicamentos podem interagir com sucos digestivos, o que contraindica a via enteral.
Como funciona a administração de medicamentos na telemedicina?
A telemedicina dá suporte para conectar pacientes e profissionais de saúde geograficamente distantes.
Através de uma plataforma de telemedicina, a equipe de enfermagem pode dar e receber orientações importantes para o sucesso da abordagem terapêutica.
O que inclui a administração de medicamentos e outros cuidados de enfermagem, que se tornam mais seguros com a utilização da teleconsulta – consulta direta com o paciente.
A partir de recursos de áudio e vídeo, o enfermeiro consegue verificar os principais quesitos de segurança e eficácia do tratamento, como a dosagem, forma farmacêutica e outros detalhes da prescrição médica.
Utilizando um software de telemedicina em nuvem, acessível a partir de qualquer dispositivo conectado à internet, o profissional de enfermagem também pode checar a recomendação médica a respeito da via de administração mais adequada, por meio da teleconsultoria.
Além do histórico do paciente, verificando alergias, comorbidades e outras informações de interesse.
Sistemas completos como a Telemedicina Morsch oferecem o prontuário eletrônico, onde os dados e documentos ficam armazenados com segurança, protegidos por mecanismos de autenticação e criptografia.
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Conclusão
A via enteral agrega uma série de vantagens para pacientes e profissionais de saúde, simplificando o tratamento de diferentes condições.
Contudo, deve ser utilizada apenas para medicações adequadas, sempre seguindo a prescrição médica.
Se deseja aprofundar seus conhecimentos, baixe o guia sobre monitoramento de pacientes com telessaúde.
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