Plano de contas hospitalar: o que é, para que serve e como fazer

Por Dr. José Aldair Morsch, 12 de outubro de 2022
Plano de contas hospitalar

O plano de contas hospitalar é uma importante ferramenta de gestão financeira.

Formado por dados sobre entradas e saídas, esse documento apoia a construção de relatórios contábeis de modo eficiente.

Porque ele dá uma visão geral sobre o negócio, o que é fundamental para o seu bom funcionamento e para que o hospital se mantenha lucrativo.

Daí a necessidade de que você, gestor da área da saúde, tenha conhecimentos sobre esse assunto.

Eu te ajudo nessa tarefa, falando aqui sobre os principais conceitos, finalidade e como montar seu plano de contas hospitalar.

Também trago dicas para usar a tecnologia a seu favor, incluindo o sistema de telemedicina.

Acompanhe até o final para saber mais sobre o tema.

O que é plano de contas hospitalar?

Plano de contas hospitalar é um compilado que reúne todas as contas a pagar e a receber de uma empresa.

Essas entradas e saídas costumam ser elencadas em listas e divididas em cinco diferentes grupos: ativos, passivos, receitas, custos e despesas.

Volto a falar deles nos próximos tópicos.

Por enquanto, vale ressaltar que o plano de contas é a base dos registros contábeis de qualquer empresa, incluindo as unidades de saúde.

Sem ele, fica complicado monitorar as movimentações financeiras do negócio, dificultando sua gestão de maneira eficaz.

Como é de se imaginar, o plano tem natureza dinâmica, sendo atualizado a cada nova aquisição, venda, linha de crédito, empréstimo e qualquer outra operação financeira.

São essas adaptações que garantem o controle financeiro do hospital, evitando, por exemplo, que as despesas superem as receitas – e comprometam o orçamento.

Portanto, o plano de contas hospitalar deve estar sempre acessível aos gestores de diferentes departamentos, a exemplo da Contabilidade, Administração e Manutenção.

Além, é claro, dos sócios e acionistas.

Para que serve o plano de contas hospitalar?

Ao decidir empreender na saúde, muitos profissionais da área não se atentam ao fato de que terão de se tornar gestores.

O que pede algum conhecimento sobre rotinas e ferramentas administrativas desde a fase de estruturação do negócio.

Porque uma clínica, consultório ou hospital não deixa de ser uma empresa que demanda um gerenciamento de qualidade para funcionar bem.

E precisa atender a uma série de leis e normas de órgãos governamentais para evitar multas e outras sanções.

Ainda que tenha o auxílio de contadores, cabe ao gestor estabelecer e acompanhar os processos principais.

Nesse cenário, vale a pena investir na construção de um plano de contas completo, que dará suporte à composição de relatórios como o Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) e o Balanço Patrimonial.

Como citei na abertura do texto, outra função do plano de contas é fornecer um panorama da situação financeira da empresa.

A partir desses dados, é possível qualificar a tomada de decisões, direcionando melhor os investimentos e metas de curto, médio e longo prazos.

Como fazer um plano de contas hospitalar?

Neste espaço, comento os cinco pilares do plano de contas hospitalar.

Mas tenha em mente que ele será montado de maneira diferente em cada hospital, considerando suas particularidades.

Uma unidade pequena que atenda poucas especialidades não terá um plano de contas igual ao de um grande hospital, que terá mais setores.

Quanto maior o porte do estabelecimento, mais complexo será o detalhamento das movimentações financeiras, o que demanda o crescimento do departamento de contabilidade.

Contudo, se a sua empresa não está consolidada, o plano será mais simples.

De qualquer forma, deverá contemplar cada um dos grupos a seguir.

Planejamento de contas hospitalar

A cada aquisição, venda, linha de crédito, empréstimo e qualquer operação financeira, o plano deve ser atualizado

Ativos

São os bens não palpáveis que fazem parte do patrimônio do negócio, por exemplo: valores em contas, investimentos e linhas de crédito.

Imóveis podem ser listados entre os ativos, no entanto, provavelmente também estarão entre os passivos da empresa, pois geram contas a pagar.

É possível fazer uma subdivisão dentro dos ativos, classificando-os como:

  • Ativos circulantes: bens que serão movimentados em menos de ano contado a partir da realização do balanço financeiro. Por exemplo, valores em contas bancárias
  • Ativos não circulantes: bens disponíveis só depois de ano, como lucros de investimentos e valores pagos a prazo.

Você pode se sentir mais seguro nessa definição ao ter o apoio especializado de um contador.

Passivos

São os valores a serem pagos pela empresa, como dívidas, parcelas, impostos e taxas.

Um imóvel ou equipamento pode constar entre os passivos quando, por exemplo, é comprado a prazo.

Os passivos também podem ser subdivididos em:

  • Passivos circulantes: são as contas que devem ser pagas em menos de um ano
  • Passivos não circulantes: contas a pagar no longo prazo, acima de um ano
  • Patrimônio líquido: capital social ou advindo de acionistas da empresa.

Mais uma vez, o apoio de um contador pode ser muito útil no mapeamento de passivos da empresa.

Receitas

Descrevem todas as entradas financeiras da empresa, desde aquelas provenientes da venda de produtos e serviços (receitas operacionais) até outras fontes (não operacionais).

Por exemplo, rendimentos de contas bancárias, aluguel de salas e máquinas, etc.

Despesas

São gastos fixos necessários para o funcionamento da empresa.

As despesas não estão relacionadas à atividade principal do negócio – prestação do serviço ou produção de insumos.

Contas de água, luz, telefone, aluguel, limpeza e anúncios são exemplos de despesas.

Custos

São os gastos relacionados à produção ou oferta de serviços pela empresa.

Obtenção de matéria-prima, salários da equipe médica, transporte e logística estão entre os principais custos ou despesas variáveis.

Inclua a telemedicina no plano de contas hospitalar

Sabia que dá para diminuir custos e aumentar suas receitas usando a telemedicina?

Esse é um caminho inteligente para ganhar eficiência na gestão financeira do seu negócio.

Muitos hospitais sofrem com a falta de especialistas para laudar seus exames, o que gera sobrecarga de trabalho para os médicos – além de atrasar resultados e diagnósticos que fazem a diferença no atendimento.

Mas é possível reverter esse quadro com o serviço de laudos a distância da Telemedicina Morsch.

Basta treinar seus técnicos em enfermagem e radiologia para conduzir exames como eletrocardiograma, mamografia e espirometria.

Em seguida, eles compartilham os registros na plataforma de telemedicina, que tem funcionamento ininterrupto.

Assim que os arquivos são enviados, um de nossos especialistas inicia sua avaliação, elaborando o laudo médico.

Para validar o documento, o especialista insere sua assinatura digital e o libera no sistema de telemedicina.

Dessa forma, pessoas autorizadas podem acessar o laudo online de qualquer dispositivo conectado à internet.

Com login e senha, elas visualizam os resultados, armazenados na nuvem.

Saiba mais sobre as vantagens de ter a Morsch como parceira do seu hospital neste link.

Conclusão

Finalizando esta leitura, você está pronto para montar um plano de contas hospitalar completo e ter maior consciência da situação financeira do seu negócio.

Para dar o próximo passo, deixe que a telemedicina ajude você.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin