Biperideno: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 7 de dezembro de 2023
Biperideno

Buscando informações sobre o biperideno?

Conhecido pelo efeito antiparkinsoniano, esse remédio contribui para a regulação neurológica.

Você pode adquirir o medicamento em comprimidos de 2 mg, seguindo a recomendação médica para evitar efeitos colaterais.

Neste artigo, explico mais sobre esse remédio, suas indicações e mostro como solicitar sua receita médica online com agilidade.

Acompanhe até o final e veja como a telemedicina aproxima você do medicamento que precisa..

O que é biperideno?

Biperideno é um fármaco anticolinérgico com impacto expressivo no sistema nervoso central (SNC).

Ele se destina a estabilizar a atividade neuronal a partir da redução dos efeitos produzidos pela acetilcolina.

Nesse caso, estamos falando sobre um neurotransmissor que participa de vários processos cognitivos.

Para que serve biperideno

O medicamento serve para tratar a doença de Parkinson e outras síndromes parkinsonianas.

Seu mecanismo de ação parte do bloqueio da transmissão de impulsos colinérgicos centrais pela reversão da ligação aos receptores de acetilcolina, o que combate os sintomas do estado parkinsoniano.

Biperideno pode ser prescrito tanto como único remédio (em monoterapia) quanto em associação a outras drogas.

Principais indicações

De acordo com a bula do medicamento de referência contendo biperideno, chamado Akineton, a substância é indicada para casos de:

  • Síndrome parkinsoniana, especialmente para controlar sintomas de rigidez e tremor
  • Sintomas extrapiramidais como distonias agudas (espasmos musculares prolongados) e acatisia (inquietação)
  • Síndromes parkinsonianas induzidas por neurolépticos (medicamentos que suprimem movimentos espontâneos) e outros fármacos similares.

Outras indicações dependem da avaliação médica.

Como tomar cloridrato de biperideno

Os comprimidos de 2 mg devem ser tomados por via oral com a ajuda de um pouco d’água, durante ou depois das refeições para minimizar sensações indesejáveis no trato digestivo.

Geralmente, o esquema terapêutico começa com doses menores e vai sendo ajustado conforme a necessidade e tolerabilidade do paciente.

Veja as dosagens usuais abaixo:

  • Síndromes parkinsonianas: a dose inicial usual é de 1 mg (1/2 comprimido) duas vezes ao dia, podendo ser aumentada para 2 mg (1 comprimido) por dia. A dose de manutenção é de 3 a 16 mg/dia (meio a 2 comprimidos, de 3 a 4 vezes por dia). A dose máxima diária recomendada é de 16 mg (8 comprimidos), que deverá ser distribuída uniformemente ao longo do dia
  • Transtornos extrapiramidais medicamentosos: a dose usual é de 1 a 4 mg (meio a 2 comprimidos) uma a 4 vezes ao dia, como tratamento oral, associado à terapia neuroléptica, dependendo da intensidade dos sintomas.
  • Disfunções medicamentosas do movimento (para uso pediátrico em crianças de 3 a 15 anos): a dose recomendada é de meio a 1 comprimido, 1 a 3 vezes ao dia (correspondendo 1 a 2 mg de cloridrato de biperideno por dia).

Se precisar de mais informações, leia a bula do remédio ou questione o médico ou o farmacêutico.

Receita de biperideno

O documento que autoriza a compra de biperideno é a receita C1.

Chamada também de receita de controle especial, ela é emitida em duas vias, sendo a segunda destinada à orientação médica.

No documento, o profissional de saúde anota detalhes sobre a dosagem, horários e período de tratamento, além de outras medidas que contribuem para a recuperação do paciente.

Já a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, servindo para monitoramento por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Isso porque o biperideno faz parte da lista C1 de remédios controlados pela Anvisa, nos termos da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998.

Além de fármacos antiparkinsonianos, o grupo é integrado por substâncias antidemenciais, antipsicóticas, antidepressivas e anticonvulsivantes.

Sua prescrição corresponde a uma receita branca, com validade de 30 dias, e pode liberar remédio suficiente para até dois meses de tratamento.

Dúvidas frequentes sobre biperideno

Nesta seção, respondo a perguntas corriqueiras entre os pacientes e cuidadores sobre o uso de biperideno.

Siga acompanhando.

Quais são os efeitos colaterais do biperideno?

Assim como qualquer medicação, o fármaco pode causar reações adversas.

Excitabilidade, agitação, medo, confusão, delírios, alucinações e insônia podem surgir caso a pessoa esteja tomando altas doses de biperideno, bem como redução da fase do sono REM (movimento rápido dos olhos).

Outros efeitos colaterais são:

  • Fadiga
  • Tontura
  • Distúrbios de memória
  • Taquicardia
  • Boca seca
  • Náusea
  • Desordem gástrica
  • Espasmos musculares
  • Sonolência excessiva.

Sempre comunique ao seu médico caso perceba esse tipo de reação.

Pode tomar biperideno à noite?

Não há problema em tomar o medicamento à noite, desde que o horário siga a prescrição médica.

No entanto, como expliquei mais acima, o ideal é que o biperideno seja administrado durante ou após uma refeição, a fim de reduzir seu efeito sobre o sistema digestivo.

Quem não pode tomar biperideno?

O fármaco é contraindicado para:

  • Pacientes com hipersensibilidade (alergia) ao cloridrato de biperideno ou a qualquer um dos componentes da fórmula
  • Portadores de alguns subtipos de glaucoma (glaucoma de ângulo estreito)
  • Indivíduos portadores de estreitamento ou obstrução mecânica do aparelho digestório
  • Quem possui um subtipo de alteração do intestino grosso chamado megacólon
  • Mulheres grávidas ou que estejam amamentando, com exceção dos casos em que haja orientação médica ou do cirurgião-dentista.

Biperideno deve ser administrado com cautela em pacientes com prostatismo (um tipo de alteração da próstata), epilepsia ou arritmia cardíaca.

Informe ao seu médico caso tenha uma dessas condições ou esteja tomando outro medicamento atualmente.

Isso é importante parra prevenir interações medicamentosas prejudiciais à saúde.

O que é o efeito extrapiramidal?

Efeito ou reação extrapiramidal é aquela que modifica regiões cerebrais responsáveis pelos movimentos voluntários e tônus muscular.

Quando a disfunção provoca movimentos mais lentos e dificuldades para se mexer, o paciente sofre com hipocinesia.

Já a hipercinesia é o oposto, causando descontrole nos movimentos e tremores.

Remédios para enjoo (antieméticos) e antipsicóticos são algumas classes que podem desencadear esse efeito colateral, que é combatido pelo biperideno.

Conclusão

Agora que você conhece melhor o biperideno, pode fazer o uso inteligente desse fármaco.

Assim, evitará os riscos da automedicação que, muitas vezes, mascara os sintomas ou até piora o estado de saúde.

Jamais interrompa o tratamento por conta própria, consulte sempre um médico em caso de dúvidas.

É possível receber atendimento médico online sem sair de casa, optando pela teleconsulta na plataforma Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin