Tomografia pélvica: o que é, quais as indicações e como é feito o exame
O pedido de tomografia pélvica é um tanto incomum.
Geralmente, o médico solicita uma tomografia abdominal completa, a fim de examinar a maioria dos órgãos dos aparelhos digestivo, urinário e reprodutor.
No entanto, há casos que se beneficiam do estudo direcionado à porção inferior do abdômen, que levam à solicitação do exame específico dessa região.
Falo mais sobre eles ao longo deste artigo, onde trago a indicações, contraindicações e explico quando realizar a TC contrastada.
As imagens geradas podem ser interpretadas a distância por meio do serviço de telediagnóstico, como vou mostrar mais à frente.
O que é tomografia pélvica?
Tomografia pélvica é um exame que usa raios X e um tubo giratório para captar múltiplas imagens da pelve.
Embora a radiação ionizante utilizada seja a mesma que a do exame de raio X, a tomografia computadorizada produz registros de qualidade muito superior.
Inclusive porque, em vez de um único corte coletado a partir de uma incidência radiográfica, a TC capta múltiplos cortes transversais de uma só vez.
Sem contar o benefício de ajuste da quantidade de radiação emitida, o que aumenta a segurança do paciente e diminui riscos.
Rápida, indolor e não invasiva, a TC é cada vez mais solicitada para a avaliação de diversas partes do organismo.
A única desvantagem em relação ao raio X da pelve é o custo relativamente alto, que reduz a disponibilidade de tomógrafos em clínicas e hospitais de menor porte.
Para que serve a tomografia pélvica?
A tomografia pélvica serve para investigar sintomas e identificar anormalidades na região.
Uma das manifestações clínicas que podem motivar a solicitação do exame é o abdome agudo, definido neste estudo como:
“Uma condição de dor refratária e persistente que leva a paciente a procurar pronto-atendimento. Acredita-se que até 25% dos quadros de dor abdominal baixa admitidos nos prontos-socorros sejam causados por doença inflamatória pélvica aguda (DIPA), sendo esta a causa mais comum em pacientes do sexo feminino”.
Outros sintomas avaliados por meio da TC da pelve são:
- Sangue na urina (hematúria)
- Alterações na cor, cheiro e aspecto da urina
- Dor ou ardência ao urinar
- Pressão na bexiga
- Sangramento menstrual anormal
- Corrimento vaginal malcheiroso
- Sangue no sêmen.
Sempre lembrando que a escolha pela tomografia computadorizada é uma decisão médica.
A tomografia pélvica mostra o quê?
O procedimento oferece imagens internas da porção abdominal inferior, incluindo órgãos do aparelho urinário como a bexiga, ureteres e uretra, além do intestino grosso e reto.
Também permite visualizar estruturas do sistema reprodutor, seja ele feminino (útero, ovários, tubas uterinas) ou masculino (próstata e vesículas seminais).
Nesse cenário, a TC pélvica permite detectar doenças como:
- Cálculos na bexiga
- Cistite
- Abscessos, fístulas e outros processos inflamatórios
- Doença inflamatória pélvica
- Cistos nos ovários, nódulos e outras lesões
- Endometriose
- Hiperplasia e outros problemas na próstata
- Tumores
- Metástases.
Na sequência, explico como a TC pélvica é realizada.
Como é feita a tomografia pélvica?
Antes de entrar na sala de exames, o paciente é orientado a retirar todas as peças metálicas que esteja utilizando, como bijuterias, calças com zíper e óculos.
Alguns serviços fornecem um avental para facilitar essa tarefa.
Então, o médico ou técnico em radiologia posiciona o paciente na maca do aparelho de tomografia e pede que ele permaneça imóvel durante todo o procedimento.
Em seguida, vai até a sala de comando adjacente e liga o tomógrafo para iniciar o exame.
O equipamento emite feixes de radiação ionizante que incidem sobre a região pélvica, captando registros a partir de diferentes ângulos de visão.
Parte dos raios X é absorvida em maior ou menor quantidade pelas estruturas anatômicas, de acordo com sua densidade.
A radiação restante atravessa os tecidos e chega até os detectores instalados na mesa do tomógrafo.
O sinal é enviado a um software específico, que o transforma nas imagens digitais que serão interpretadas pelo radiologista.
Por fim, o aparelho é desligado e o paciente, liberado.
Como é a tomografia pélvica com contraste?
A tomografia com contraste inclui os procedimentos que acabei de mencionar, com o acréscimo de um composto à base de iodo administrado por via intravenosa.
Esse agente de contraste iodado é radiopaco, ou seja, capaz de aumentar a densidade de partes moles, tornando-as mais nítidas nas imagens tomográficas.
Vale lembrar que, como as partes moles têm baixa densidade, deixam muita radiação passar e acabam aparecendo em tons de cinza se a TC for sem contraste.
O fato de a pelve possuir uma série de estruturas sobrepostas aumenta a importância do uso de contraste para uma observação detalhada dos tecidos.
Quem não pode fazer tomografia pélvica?
Qualquer exame que utiliza radiação ionizante é contraindicado para gestantes.
Isso porque os raios X podem prejudicar o feto em formação, além de seu efeito cumulativo relacionado ao maior risco de câncer.
Portanto, a tomografia deve ser indicada com cautela para crianças e outros pacientes sensíveis, após a consideração de seus riscos e benefícios.
Outra questão relevante é o uso de contraste iodado, que pode desencadear reações adversas em alguns indivíduos.
Comumente, aparecem náuseas e gosto metálico na boca enquanto o contraste é administrado.
Entretanto, também podem surgir efeitos graves como insuficiência renal e até choque anafilático em pessoas alérgicas.
Daí a necessidade de que a tomografia pélvica seja feita em locais com estrutura para atender emergências.
Benefícios do telediagnóstico na tomografia pélvica
Braço da telemedicina, o telediagnóstico viabiliza a emissão de laudos a distância.
Basta que os registros sejam compartilhados dentro de uma plataforma de telemedicina para que um radiologista online faça a interpretação.
Um sistema completo como o da Telemedicina Morsch permite a integração com o tomógrafo para envio automático das imagens ao PACS.
Assim, nem é preciso entrar na plataforma para encaminhar os registros, conferindo celeridade aos laudos eletrônicos.
Após elaborar o documento, o especialista assina digitalmente o laudo online, entregue em minutos no sistema.
Nesse contexto, sua equipe conta com maior agilidade nos resultados de exames, cobertura de ausências do radiologista local e a possibilidade de ampliar o portfólio de exames, delegando sua avaliação ao nosso time de especialistas.
Acesse esta página e conheça todas as vantagens da telemedicina radiológica!
Conclusão
Abordei neste texto a dinâmica e aplicações da tomografia pélvica.
A emissão dos resultados fica mais simples e ágil com o suporte da Telemedicina Morsch.
Se gostou do conteúdo, leia mais artigos sobre radiologia que publico aqui no blog.