Queimação na garganta: o que pode ser esse sintoma e o que fazer?
A sensação de queimação na garganta é relativamente comum e, em geral, indicativa de problemas gástricos.
Na maior parte dos casos, esse é um sintoma relacionado aos ácidos produzidos no estômago que, sendo assim, provocam irritação nos tecidos fora desse órgão.
Aliás, segundo a Federação Brasileira de Gastroenterologia, mais da metade dos brasileiros sofre de refluxo, uma das possíveis causas de queimação na garganta.
Embora não seja considerado um sintoma grave, esse é um problema que demanda tratamento, já que interfere no bem-estar e na qualidade de vida.
Neste texto, vou mostrar como agir caso a sua garganta esteja sendo afetada pela acidez.
Queimação na garganta: o que pode ser?
Secura e queimação na garganta são, para os gastroenterologistas, sinais de problemas em outro órgão, o estômago.
Afinal, é nele que são produzidos os ácidos responsáveis por decompor os alimentos que ingerimos – que, por sua vez, podem “transbordar” para a faringe e a traquéia.
Em geral, a queimação é seguida da ingestão de alimentos pesados, sejam eles ácidos ou ricos em gordura.
Como são mais difíceis de digerir ou aumentam naturalmente a acidez, é comum que eles provoquem azia.
De qualquer forma, também é consenso entre especialistas que a pirose na garganta é um problema inespecífico, podendo se apresentar como sintoma de diversos outros problemas.
Um deles pode ser até mesmo uma simples obstrução no nariz que, como tal, leva à respiração bucal que, em consequência, provoca ressecamento e queimação nas vias aéreas.
Queimação na garganta na gravidez é normal?
Sim, é bastante normal e a principal causa desse problema são as alterações anatômicas pelas quais toda gestante tem que passar.
Com o desenvolvimento do bebê, o estômago, assim como outros órgãos, acaba sendo deslocado e, dessa forma, todo o fluxo gástrico é alterado.
Não por acaso, as mulheres grávidas sofrem frequentemente de problemas como azia, inchaço, arrotos e queimação na garganta em razão do refluxo.
Ainda que não seja uma condição grave ou que ofereça riscos para o bebê, em certos casos é possível que o médico prescreva medicamentos para aliviar o desconforto.
Cabe destacar que os problemas gástricos em geral se intensificam a partir da 26ª semana de gestação, até mesmo em mulheres que já os apresentavam antes.
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Qual é a diferença entre azia e queimação?
Ainda que sejam problemas interligados, azia e queimação não são a mesma coisa.
Como vimos, a queimação na garganta é uma das possíveis consequências da azia, esse sim, um problema mais específico.
Embora seja considerada um sintoma leve, normalmente associado à ingestão de alimentos ácidos ou mais pesados, a azia prolongada e intensa pode sinalizar distúrbios mais graves.
No entanto, quase sempre o problema está ligado ao refluxo esofágico, cuja origem está na parte mais baixa do estômago.
O mais comum é que ela passe poucas horas depois da refeição.
Contudo, se a azia permanecer por mais tempo, pode indicar lesões no esôfago e, em certos casos, em órgãos sem relação com o sistema digestivo.
De qualquer forma, azia é um problema que acomete o estômago, que, por sua vez, pode levar ou não à sensação de queimação na garganta.
O que fazer para acabar com a queimação na garganta
Cabe ressaltar, ainda, que existem certos fatores de risco para a azia e queimação na garganta, tais como:
- Estresse
- Ingestão de álcool (não necessariamente em grandes quantidades)
- Tabagismo
- Obesidade
- Hérnia de hiato
- Medicamentos como anti-hipertensivos
- Gravidez.
Contudo, o problema da queimação está diretamente ligado aos hábitos alimentares que, como tais, podem levar ao mau funcionamento do estômago.
Por estar quase sempre associada a disfunções digestivas, é recomendado que a azia e a queimação sejam tratadas por um médico gastroenterologista.
Outro ponto importante é que, sendo um problema considerado menos grave, é comum as pessoas se automedicarem.
Agindo assim, elas podem estar simplesmente minimizando um sintoma, enquanto a real causa da queimação permanece sem tratamento.
O ideal para acabar com a queimação, quando prolongada, é buscar a orientação de um especialista para que seja feito o diagnóstico e prescrito o tratamento certo.
Quando procurar um médico?
Existem duas situações em que a consulta médica é indicada em casos de queimação na garganta.
Uma, quando o problema se mostra persistente, agravando-se com o tempo, o que pode indicar o chamado refluxo laringofaríngeo.
Por se tratar de um problema mais grave, ele pode provocar não só a sensação de acidez e queimação, como alterações na voz.
O segundo caso é quando a queimação está associada a fatores de risco, tais como os listados acima.
Então, se a pessoa estiver acima do peso, ingerir bebidas alcoólicas, for fumante ou, no caso das mulheres, estiver em plena gestação, o apoio médico é o mais indicado.
Nunca é demais lembrar que a automedicação é sempre contraindicada, já que seu efeito pode ser meramente paliativo, quando não agrava o problema.
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Conclusão
A queimação na garganta pode não ser nada grave como pode também indicar problemas estomacais mais sérios.
Na dúvida, o melhor a fazer é buscar a orientação de um especialista – o que, com a Morsch, pode ser feito sem precisar se deslocar até uma clínica.
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