Avaliação respiratória: o que é, para que serve e como é feita

Por Dr. José Aldair Morsch, 20 de março de 2023
Avaliação respiratória

Você conhece as etapas da avaliação respiratória?

Esse processo combina dados históricos, queixa atual, exame físico e métodos diagnósticos complementares para verificar anormalidades e identificar sua origem.

Portanto, é essencial na rotina de médicos pneumologistas, clínicos gerais, pediatras e geriatras, mas também interessa a outras especialidades e profissionais de enfermagem.

Principalmente para quem atende em locais onde há carência de médicos, já que uma avaliação de qualidade ajuda a detectar emergências como o pneumotórax.

Veja nas próximas linhas detalhes sobre a avaliação respiratória, como e com qual finalidade é feita.

No final, você confere um bônus com soluções de telemedicina para otimizar a interpretação dos exames pneumológicos.

Acompanhe todas as dicas e informações a partir de agora. Boa leitura!

O que é avaliação respiratória?

Avaliação respiratória é um conjunto de procedimentos realizados para verificar a condição do aparelho respiratório.

A quantidade e tipos de procedimentos inclusos vão depender de fatores como idade, suspeita clínica, presença de doenças crônicas e intensidade dos sintomas.

Um paciente que vai ao consultório médico relatando dor de garganta, espirros e coriza transparente poderá ter a avaliação restrita à anamnese e exame físico.

Enquanto doentes internados, acamados e/ou portadores de patologias como DPOC costumam precisar de exames complementares como a espirometria e radiografia do tórax.

O mesmo raciocínio se aplica a sintomas agudos que sugiram pneumonia, tuberculose ou pneumotórax, a exemplo de dispneia e dor torácica aguda.

Eles precisam de atenção imediata para evitar que a condição se agrave, aumentando o risco de morte e sequelas.

Para que serve a avaliação respiratória?

A avaliação respiratória serve para revelar anomalias e desordens no aparelho respiratório.

É preciso buscar indicações de que o sistema respiratório está funcionando de acordo com parâmetros de normalidade.

Por meio de entrevista, exame físico e complementares, é possível detectar problemas anatômicos, sinais de dificuldade respiratória, ruídos e padrões respiratórios anormais.

Existem algumas situações em que a avaliação respiratória é recomendada, por exemplo:

  • Na presença de sintomas agudos como dispneia intensa, cianose, dor no peito e síncope
  • Diante de manifestações clínicas que sugerem doenças respiratórias, como falta de ar, tosse frequente, sibilo, hemoptise, febre alta, calafrios, prostração, baixa tolerância à atividade física
  • No monitoramento de pacientes em estado crítico, a exemplo de pessoas internadas na UTI
  • No acompanhamento de rotina para indivíduos com doenças neuropulmonares ou que provocam fraqueza neuromuscular, como esclerose lateral amiotrófica (ELA), distrofias musculares e alterações genéticas.

Na sequência, explico qual exame é realizado nessa avaliação.

Como é feito o exame de avaliação respiratória?

A avaliação respiratória completa é composta por anamnese, exame físico e exames complementares, quando necessário.

Tudo começa com uma análise do histórico do paciente, incluindo sintomas atuais, patologias crônicas e uso de medicamentos.

Além da história familiar, viagens recentes e contato com patógenos de origem ocupacional ou não.

Em seguida, deve-se avançar para a avaliação física, que oferece diversos sinais relevantes para o diagnóstico.

A seguir, trago um resumo com os principais pontos de atenção em cada etapa:

  • Inspeção: coloração da pele, circulação colateral, abaulamentos, retrações, formato do tórax (deformidades, assimetria), frequência respiratória, presença de ritmos anormais ou esforço, retração dos espaços intercostais, uso de musculatura acessória
  • Palpação da traqueia e parede torácica: verificar se há massas, lesões, fístulas, trechos doloridos ou com alta sensibilidade, frêmito tátil ou vocal
  • Percussão: indispensável na identificação de líquidos ou partes sólidas nos pulmões. Órgãos saudáveis emitem o som claro pulmonar, que é claro, com timbre grave e oco. Ruído hipersonoro, surdo e seco, ou suave e de alta frequência indicam condições como pneumotórax, pneumonia e derrame pleural
  • Ausculta: ruídos adventícios, a exemplo dos estertores ou crepitantes e subcrepitantes. Ou mesmo sons anormais como roncos, sibilos e atrito pleural.

Por fim, há casos em que são necessários exames complementares como:

Normalmente, são prescritos dois ou mais desses procedimentos, pois nenhum deles fornece um panorama completo da função pulmonar.

Aparelho para avaliação respiratória

Além dos instrumentos usados no exame clínico, como o estetoscópio, existem equipamentos próprios para os exames complementares.

O mais popular é o espirômetro, aparelho composto por um tubo que é ligado a um bocal por onde o paciente sopra para que suas condições ventilatórias sejam registradas.

O dispositivo envia os dados para um software que os transforma em gráficos de volume e capacidade pulmonar, informando:

  • Volume expirado forçado no primeiro segundo (VEF1)
  • Capacidade vital forçada (CVF)
  • Relação VEF1/CVF (tiffeneau)
  • Fluxos expiratórios.

Vale a pena disponibilizar esse exame na sua clínica, hospital ou mesmo no consultório, pois ele é simples, rápido e indolor.

E o melhor: você não precisa investir na compra do espirômetro, pois pode contratar o aluguel em comodato.

Essa modalidade dá acesso ao aparelho de espirometria sem custo quando o cliente adquire um pacote de laudos online.

Pagando uma única mensalidade, sua equipe ganha o direito de utilizar o equipamento enquanto durar a parceria, além de treinamento e suporte para manutenção.

Saiba tudo sobre o comodato de aparelhos médicos.

Teste de respiração

O aparelho mais popular para avaliação respiratória é o espirômetro, que registra volume e capacidade pulmonar

Telemedicina no laudo da avaliação respiratória

Acabei de mencionar o laudo eletrônico, que é elaborado por especialistas de empresas de telemedicina.

Nesse cenário, é possível receber rapidamente os resultados da espirometria, raio X de tórax e outros exames.

A comunicação acontece dentro da plataforma de telemedicina da Morsch.

Esse é um sistema seguro e moderno que permite o envio dos gráficos e imagens produzidos pelo método diagnóstico.

Em seguida, um pneumologista ou radiologista de plantão interpretam os achados e compõem o resultado a distância, inserindo sua assinatura digital.

O laudo digital é entregue em minutos, colaborando para o diagnóstico precoce e melhores resultados no tratamento.

Leve já essa inovação para seu serviço de saúde!

Conclusão

Uma avaliação respiratória completa requer conhecimentos aprofundados em anatomia e funcionamento do aparelho respiratório.

Assim como exames complementares que viabilizam a análise da capacidade respiratória do paciente, evidenciando anomalias relevantes.

Conte com o time de especialistas Morsch para interpretar exames respiratórios com agilidade, dando suporte para uma tomada de decisão correta.

Continue lendo sobre tecnologia e pneumologia em nosso blog.

Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin