CID F25 – Transtornos esquizoafetivos (sintomas afetivos e esquizofrênicos)

Por Dr. José Aldair Morsch, 17 de março de 2023
CID F25

CID F25 é o código para Transtornos esquizoafetivos, conforme a Classificação Internacional de Doenças.

Neste texto, explico o que significa CID F25, listo os subtipos e reproduzo recomendações para diagnóstico e tratamento.

Acompanhe até o final para conferir soluções que podem dar mais qualidade ao seu atendimento médico nessas situações.

CID F25: o que significa?

O CID F25 indica a existência de transtornos episódicos com sintomas afetivos e esquizofrênicos.

Nestes casos, a proeminência de ambos os tipos de manifestação não justifica diagnósticos isolados de esquizofrenia, episódio depressivo ou maníaco.

Este CID possui cinco subcategorias:

  • F25.0: Transtorno esquizoafetivo do tipo maníaco
  • F25.1: Transtorno esquizoafetivo do tipo depressivo
  • F25.2: Transtorno esquizoafetivo do tipo misto
  • F25.8: Outros transtornos esquizoafetivos
  • F25.9: Transtorno esquizoafetivo não especificado.

Consta na descrição do código:

“Outras afecções em que os sintomas afetivos estão superpostos a doença esquizofrênica preexistente ou coexistem ou alternam com transtornos delirantes persistentes de outros tipos são classificados em F20-F29. Os sintomas psicóticos que não correspondem ao caráter dominante do transtorno afetivo não justificam um diagnóstico de transtorno esquizoafetivo”.

Conduta médica para o CID F25

Abordo neste tópico a conduta médica adequada a casos de CID F25, conforme protocolo clínico do Ministério da Saúde.

Acompanhe!

Diagnóstico

O diagnóstico do CID F25 é realizado conforme os critérios do CID-10, que descrevi no tópico anterior.

A caracterização do transtorno esquizoafetivo depende de quatro critérios gerais, sendo que todos precisam ser atendidos.

Portanto, abordo a partir de agora cada um deles.

O primeiro se refere aos critérios de um dos transtornos afetivos de grau moderado ou grave, conforme especificado em cada subtipo.

O segundo critério é a presença por pelo menos duas semanas de sintomas de no mínimo um dos seguintes grupos:

  • Eco, inserção, retração ou irradiação de pensamento
  • Delírios de controle, influência ou passividade relacionados a movimentos corporais, pensamentos, ações ou sensações específicas
  • Vozes alucinatórias
  • Delírios persistentes de outros tipos que são inapropriados e impossíveis, porém não meramente megalomaníacos ou persecutórios
  • Fala irrelevante ou incoerente ou uso frequente de neologismos
  • Comportamento catatônico, tais como postura inadequada, flexibilidade cérea e negativismo.

O terceiro critério é a observância dos dois primeiros dentro do mesmo episódio de transtorno, de forma simultânea por pelo menos algum tempo.

Nesse caso, tanto os sintomas do primeiro grupo quanto os do segundo devem ser proeminentes no quadro clínico.

Por fim, são critérios de exclusão eventuais atribuições do transtorno a alguma doença cerebral orgânica ou à intoxicação e dependência ou abstinência relacionada a álcool ou outras drogas.

Tratamento

O tratamento para o CID F25  envolve a combinação do uso de fármacos com medidas como:

  • Psicoterapia
  • Educação ao paciente
  • Atividades de estímulo cerebral
  • Programas de atividade física e cognitiva.

Para o tratamento medicamentoso, a clozapina é considerada superior a outros antipsicóticos para pacientes não responsivos.

Os demais antipsicóticos podem ser usados no tratamento sem ordem de preferência, desde que o paciente preencha todos os critérios que apresentei acima.

São fármacos indicados:

  • Risperidona: comprimidos de 1, 2 e 3 mg
  • Quetiapina: comprimidos de 25, 100, 200 e 300 mg
  • Ziprasidona: cápsulas de 40 e 80 mg
  • Olanzapina: comprimidos de 5 e 10 mg
  • Clozapina: comprimidos de 25 e 100 mg
  • Clorpromazina: comprimidos de 25 e 100 mg e solução oral de 40 mg/mL
  • Haloperidol: comprimido de 1 e 5 mg, solução oral de 2 mg/mL
  • Decanoato de haloperidol: solução injetável de 50 mg/mL.

Os tratamentos devem ser feitos em monoterapia.

Serviços Morsch para o CID F25

Apresentei acima o significado e os subtipos do CID F25 e também reproduzi orientações para uma conduta médica adequada.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin