Fisioterapeuta pode fazer espirometria? Saiba mais sobre o exame
Será que o fisioterapeuta pode fazer espirometria?
Esse exame avalia a função pulmonar do paciente.
Dessa forma, fornece dados que suportam gráficos com diferentes volumes e capacidades pulmonares.
É algo relevante no diagnóstico e monitoramento de patologias respiratórias de caráter obstrutivo e restritivo.
Sabe-se que o laudo da espirometria cabe a pneumologistas qualificados, mas e quanto à condução do procedimento?
Respondo essa e outras questões nas próximas linhas, incluindo detalhes sobre a importância da prova de função pulmonar.
Confira ainda dicas para aproveitar as vantagens do laudo online via telemedicina.
Fisioterapeuta pode fazer espirometria?
Sim, o fisioterapeuta pode fazer espirometria.
Contanto que tenha recebido o treinamento necessário, esse profissional é apto para a realização do exame.
A capacitação confere o certificado técnico em espirometria, preferencialmente expedido pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
O entendimento é corroborado por entidades profissionais como a Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR), que esclarece o seguinte:
“A avaliação dos fluxos e volumes é um teste integrante da AVALIAÇÃO FUNCIONAL RESPIRATÓRIA, conjuntamente com as mensurações de força da musculatura respiratória e ventilometria e consta no Referencial Nacional de Honorários Fisioterapêuticos (RNHF) aprovado e homologado pela Assembléia Nacional da Categoria no XII Congresso Brasileiro de Fisioterapia (1987)”.
As medidas de fluxos e volumes pulmonares contribuem para a avaliação de tratamentos para distúrbios ventilatórios, incluindo terapias administradas pelos fisioterapeutas.
Por isso, a espirometria tem papel importante em sua rotina, sustentando a continuidade de tratamentos eficazes e a sugestão de novas abordagens quando a terapia não tem o efeito desejado.
Quem pode fazer o exame de espirometria?
De forma resumida, posso afirmar que a realização do exame cabe ao técnico em espirometria ou prova de função pulmonar.
Essa profissão é reconhecida desde 2015 pela Classificação Brasileira de Ocupações, sob o código CBO 3241-30.
Cabe ao profissional técnico em espirometria:
- Realizar exames de diagnóstico ou de tratamento
- Processar imagens e/ou gráficos
- Planejar atendimento
- Organizar a área de trabalho, equipamentos e acessórios
- Operar equipamentos
- Preparar o paciente para exame de diagnóstico ou de tratamento
- Atuar na orientação de pacientes, familiares e cuidadores
- Trabalhar com biossegurança.
Essa costuma ser uma capacitação adicional para profissionais de saúde.
No dia a dia, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas acrescentam esse conhecimento específico à sua formação, atuando na condução da espirometria.
Ao combinar os saberes, eles realizam o exame de maneira segura, identificando riscos em potencial e prestando os primeiros socorros, se for necessário.
Alterações na frequência cardíaca, tosse e broncoespasmo estão entre as complicações que podem surgir devido ao esforço respiratório do paciente.
Especialmente quando é feita a espirometria com prova broncodilatadora.
Para que serve o exame de espirometria
Também chamada de teste do sopro ou prova de função pulmonar, a espirometria pode ter finalidade clínica ou ocupacional.
O exame ocupacional é a versão mais simples, enquanto a espirometria completa proporciona um estudo detalhado da capacidade pulmonar antes e depois do uso de broncodilatador.
De forma geral, o procedimento serve para:
- Diagnóstico de patologias que atingem as vias aéreas inferiores, a partir de sintomas sugestivos como tosse, dispneia e sibilos. Asma, bronquite, pneumonia, tuberculose e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) são as principais
- Prevenção de doenças relacionadas ao trabalho. A espirometria pode integrar os exames de saúde ocupacional para evitar o surgimento ou agravo de asma ocupacional, pneumoconioses, câncer no pulmão etc.
- Monitoramento de condições crônicas: o exame permite verificar resultados de tratamentos e a evolução de patologias respiratórias crônicas
- Avaliação de atletas: esportistas e pacientes que serão submetidos a grande esforço físico passam por checkup que pode incluir a espirometria para atestar que estão aptos a realizar suas atividades.
Na sequência, explico como funciona o laudo de espirometria.
Como laudar uma espirometria?
O laudo da espirometria começa com a análise dos gráficos de volume-tempo e de fluxo-volume, que são mostrados em relatório do aparelho de espirometria.
O espirômetro ainda oferece os valores dos seguintes volumes e capacidades pulmonares:
- Capacidade vital (CV): maior volume de ar mobilizado na expiração
- Capacidade vital forçada expiratória (CVF): volume máximo de ar exalado com esforço máximo, o que se dá a partir do ponto de máxima inspiração
- Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): volume de ar exalado no primeiro segundo durante a manobra de CVF.
A partir desses dados, pode-se determinar se o resultado do exame é normal, se revela um distúrbio respiratório obstrutivo ou restritivo.
O laudo será normal quando os números estiverem dentro dos valores de referência para um paciente sem patologia respiratória.
O resultado identifica uma doença de padrão obstrutivo nas condições:
- VEF1/CVF < Limite Inferior (LI)
- VEF1 e fluxos geralmente reduzidos.
Há um distúrbio de padrão restritivo quando são encontrados:
- VEF1/CVF > Limite Inferior (LI)
- CVF < LI
- Fluxo Expiratório Forçado (FEF) 25-75%/CVF > 1,5 – com fluxos supranormais, considerando paciente com diagnóstico esperado de restrição.
Laudar uma espirometria exige conhecimentos avançados e é ato restrito a médicos especialistas, como explico a seguir.
Vantagens do laudo eletrônico da espirometria
Embora o espirômetro forneça dados relevantes, o laudo da espirometria exige a avaliação de um pneumologista especializado no exame.
Caso contrário, os resultados perdem em qualidade, comprometendo o diagnóstico e tratamento do doente.
Porém, nem sempre há pneumologistas de plantão para laudar a prova de função pulmonar.
Principalmente fora das capitais e zonas urbanas, onde há escassez até de médicos generalistas.
A boa notícia é que não é preciso investir altas quantias para atrair especialistas que supram todo o horário de funcionamento da sua clínica ou hospital.
Com o suporte da Telemedicina Morsch, você delega a interpretação da espirometria ao nosso time, disponível 24 horas por dia.
Seu fisioterapeuta ou profissional de enfermagem realiza normalmente o procedimento e envia os gráficos ao nosso sistema, acessível mediante login e senha.
Em seguida, um especialista de prontidão analisa os valores e curvas e os compara aos padrões de normalidade.
Ele registra a conclusão no laudo online, assinado digitalmente e entregue via plataforma.
Desse modo, sua equipe recebe os resultados em minutos.
Conheça mais benefícios da telepneumologia Morsch nesta página.
Conclusão
Como expliquei neste texto, o fisioterapeuta pode fazer espirometria, desde que esteja devidamente preparado.
Somente a interpretação do exame é reservada a médicos especialistas, pois requer saberes específicos sobre anatomia, fluxos e doenças respiratórias.
Deixe que a Telemedicina Morsch seja sua parceira na emissão de laudos online com comodidade, segurança e agilidade.
Se gostou do conteúdo, compartilhe nas suas redes!
Assine a newsletter e receba alertas para os próximos artigos.