CID S80 – Traumatismo superficial da perna (lesão leve)

Por Dr. José Aldair Morsch, 11 de abril de 2023
CID S80

O código CID S80 faz referência a Traumatismo superficial da perna na Classificação Internacional de Doenças.

Nas próximas linhas, apresento os tipos de lesão contemplados e qual a conduta médica diante desse diagnóstico.

Trago também dicas para otimizar o diagnóstico e análise da extensão dos danos com o suporte da telemedicina.

CID S80: o que significa?

O CID S80 designa traumatismo superficial da perna.

Como o nome sugere, costumam ser lesões leves resultantes de impacto direto sobre os membros inferiores.

Dessa forma, não chegam a alcançar tecidos mais profundos, como os ossos.

Essa classificação não engloba fraturas, luxação, entorse ou lesões dos ligamentos.

De acordo com o DATASUS, essa classificação ainda exclui traumatismo superficial do tornozelo e do pé (S90.-).

O CID S80 inclui cinco subcategorias:

  • S80.0: Contusão do joelho
  • S80.1: Contusão de outras partes e de partes não especificadas da perna
  • S80.7: Traumatismos superficiais múltiplos da perna
  • S80.8: Outros traumatismos superficiais da perna
  • S80.9: Traumatismo superficial não especificado da perna.

Na sequência, falo sobre a conduta médica esperada para casos de CID S80.

Conduta médica para o CID S80

Primeiramente, o ortopedista, clínico geral ou médico do pronto-socorro deverá realizar um exame clínico detalhado, a fim de diagnosticar o tipo de lesão.

Essa etapa é composta pela anamnese e observação da área lesionada, verificando aspectos como vermelhidão, edema e hematoma.

Também é importante avaliar a capacidade e amplitude dos movimentos.

Isso permite descartar lesões musculares produzidas por fatores intrínsecos, tais como câimbras e estiramentos.

Os dados coletados durante a anamnese auxiliam no diagnóstico, pois as contusões têm causas extrínsecas que serão normalmente referidas pelo paciente.

Dependendo do caso, é válido solicitar exames complementares, principalmente os de diagnóstico por imagem, para confirmar ou afastar a suspeita clínica.

Um dos mais comuns é o raio X, que permite o diagnóstico diferencial em relação a lesões ósseas.

Outro método importante é a ultrassonografia, que confirma e indica a localização da lesão muscular traumática rapidamente.

Tratamento

No artigo “Diagnóstico e tratamento das contusões musculares”, os autores mencionam as seguintes etapas de tratamento para contusões leves a moderadas:

  • Fase I: repouso, crioterapia, compressão com algodão e bandagens e elevação do membro inferior contundido. É importante o uso de analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais
  • Fase II: Após as primeiras 24 horas, os portadores de lesões leves são liberados para exercícios de contração muscular isométrica, mobilização das articulações e deambulação sem auxílio de muletas. Após 72 horas, podem fazer exercício de contração muscular isométrica, movimentos articulares ativos e passivos para reabilitação funcional
  • Fase III: atletas contundidos já apresentam amplitude de movimento de flexão acima de 90° e executam marcha sem auxílio de muletas.

O médico responsável pelo acompanhamento do paciente deve definir o tratamento com base nas melhores práticas.

Serviços Morsch para o CID S80

Neste artigo, falei sobre o CID S80, cujo diagnóstico se favorece da tecnologia.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin