Divalcon: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 8 de maio de 2025
Divalcon

O medicamento Divalcon é usado para tratar condições neurológicas como convulsões.

Seu princípio ativo é o divalproato de sódio, que requer cautela no uso devido a diversas interações medicamentosas e riscos durante a gravidez.

Daí a necessidade de seguir à risca a prescrição médica, como explico ao longo deste texto.

Siga com a leitura para entender como funciona, qual a posologia e normas de prescrição do Divalcon.

Você também vai conhecer serviços de telemedicina para obter ou renovar a receita digital de maneira segura.

O que é Divalcon?

Divalcon é um medicamento anticonvulsivante à base de divalproato de sódio.

Pode ser encontrado na forma de comprimidos revestidos de 250 mg e 500 mg, ambos com liberação prolongada.

Para que serve Divalcon

O fármaco serve para tratar doenças neurológicas e transtornos de humor.

Após ser absorvida, a substância ativa do remédio – divalproato de sódio – é dissociada em íon valproato no trato gastrointestinal, e absorvida, resultando em seu efeito terapêutico.

É possível que alguns pacientes percebam melhora de sua condição clínica poucos dias após o início do tratamento, enquanto outros podem precisar de mais tempo.

A dica, então, é seguir a recomendação médica, sem interromper o tratamento de modo abrupto.

Principais indicações

Conforme elenca a bula do Divulcon – disponível no bulário da Anvisa -, o fármaco é indicado para:

  • Episódios agudos de mania ou mistos associados ao transtorno afetivo bipolar (TAB), com ou sem características psicóticas, em pacientes adultos
  • Epilepsia em pacientes adultos e crianças acima de 10 anos com crises epilépticas parciais complexas, que ocorrem tanto de forma isolada ou em associação com outros tipos de crises
  • Quadros de ausência simples e complexas em pacientes adultos e crianças acima de 10 anos, e como terapia adjuvante em adultos e crianças acima de 10 anos com crises de múltiplos tipos, que inclui crises de ausência
  • Prevenção da enxaqueca em pacientes adultos.

Lembrando que a indicação de qualquer medicamento depende de uma consulta médica.

Como tomar Divalcon

A segurança do paciente requer seguir a orientação médica, tomando os comprimidos de 250 mg e 500 mg por via oral.

Eles devem ser ingeridos inteiros, sem serem partidos, triturados ou mastigados.

Apresento, abaixo, os esquemas terapêuticos sugeridos pela bula do remédio para pacientes adultos:

  • Mania: a dose inicial recomendada é de 25 mg/kg/dia, administrados uma única vez ao dia. A dose deve ser aumentada pelo médico o mais rápido possível para se atingir a dose terapêutica mais baixa capaz de produzir o efeito clínico desejado. Dose máxima recomendada: 60 mg/kg/dia
  • Epilepsia: a dose inicial recomendada: 10-15 mg/kg/dia (única exceção nas crises de ausência – 15mg/kg/dia). A dose pode ser aumentada pelo médico, de 5 a 10 mg/kg/semana até a obtenção da resposta clínica desejada, administrados uma vez ao dia. Dose máxima recomendada: 60 mg/kg/dia. Em caso de uso em conjunto com outros medicamentos antiepiléticos, as dosagens desses podem ser reduzidas pelo médico em aproximadamente 25% a cada duas semanas
  • Prevenção de enxaqueca: a dose inicial recomendada é de 500 mg uma vez ao dia (durante uma semana), sendo que alguns pacientes podem se beneficiar com doses de até 1000 mg uma vez ao dia (após a primeira semana).

Para mais informações, fale com seu médico e com o farmacêutico.

Receita de Divalcon

É preciso obter uma receita de controle especial para adquirir esse medicamento.

Mais especificamente, de uma receita C1, emitida em duas vias para que a primeira via seja retida pela farmácia.

Ao passo que a segunda via é devolvida ao paciente ou cuidador, a fim de manter sempre à mão as recomendações médicas sobre doses, via de administração, duração do tratamento, etc.

A retenção de receita existe porque o divalproato de sódio presente em Divalcon consta na lista C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que aprovou o regulamento de remédios controlados no Brasil.

Visando coibir o uso indiscriminado de substâncias perigosas e efeitos como malformações fetais, a Anvisa estabeleceu regras rígidas de prescrição para o divalproato de sódio e outros fármacos antiepilépticos.

A eles, se aplica a receita branca C1, com validade de 30 dias e que pode liberar medicamento para até 6 meses de tratamento.

Essa prescrição deve ser emitida pelo médico ao final da consulta online ou presencial.

Dúvidas frequentes sobre Divalcon

Nesta seção, respondo de forma breve às questões comuns sobre o uso desse medicamento.

Qual a droga do Divalcon?

O princípio ativo do fármaco é o divalproato de sódio – que, inclusive, é o nome das versões genéricas.

Vale lembrar que Divalcon é apenas uma das marcas comerciais para esse remédio anticonvulsivante.

Divalcon é indicado para o tratamento da depressão?

Não. Divalcon é indicado para tratar epilepsia, episódios maníacos no transtorno bipolar e para prevenir a enxaqueca.

O uso pode, inclusive, desencadear piora da depressão

Portanto, evite práticas prejudiciais como a automedicação

O que o Divalcon pode causar?

As reações adversas mais comuns englobam:

  • Sonolência
  • Tremor
  • Náusea
  • Astenia
  • Trombocitopenia
  • Aumento de peso
  • Perda de peso
  • Diminuição do apetite
  • Aumento do apetite
  • Amnésia
  • Ataxia
  • Tontura
  • Disgeusia
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Nistagmo
  • Parestesia
  • Alteração da fala
  • Zumbido no ouvido
  • Sonhos anormais
  • Labilidade emocional
  • Estado de confusão
  • Depressão
  • Insônia
  • Nervosismo
  • Pensamento anormal
  • Dor abdominal
  • Constipação
  • Diarreia
  • Dispepsia
  • Flatulência
  • Vômitos
  • Alopecia
  • Equimose
  • Prurido
  • Rash cutâneo
  • Ambliopia
  • Diplopia.

Se perceber sintomas intensos ou graves, procure ajuda médica.

Conclusão

Ao final deste artigo, você está informado sobre o Divalcon e pode fazer uso consciente desse medicamento.

O que pede a manutenção do tratamento durante o período prescrito, a fim de evitar os perigos da interrupção repentina.

Caso precise substituir uma prescrição que está perdendo ou acaba de perder a validade, dá para solicitar o serviço de renovação de receitas via Telemedicina Morsch.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin