6 tipos de pneumonia e formas de manifestação da doença
Quantos dos diferentes tipos de pneumonia você conhece?
Ou sequer fazia ideia que existia mais de um?
Esse quadro inflamatório nos pulmões pode ser diferenciado de acordo com critérios como o agente causador e a forma de contágio.
Conhecer essas classificações é importante para auxiliar no diagnóstico e no tratamento correto, que vai depender do agente que provocou a infecção.
A pneumonia bacteriana, por exemplo, é tratada com antibióticos mais ou menos potentes, conforme a necessidade do paciente.
Aprofundar os saberes sobre a doença também é essencial para reduzir sua taxa de mortalidade, sobretudo entre meninos e meninas com menos de 5 anos.
Segundo autoridades de saúde, a cada 39 segundos, uma criança morre de pneumonia no mundo.
Nas próximas linhas, você encontra informações úteis sobre os tipos de pneumonia, suas causas, fatores de risco e sintomas que devem motivar a busca por ajuda médica.
Graças à tecnologia atual, é possível ter acesso a diversos especialistas através da teleconsulta.
Siga com a leitura e saiba mais.
Quais são os tipos de pneumonia?
Antes de relacionar os tipos de pneumonia, vamos voltar um passo e entender o que é essa patologia.
De forma simples, podemos definir a pneumonia como uma reação inflamatória nos pulmões, mais especificamente nos alvéolos.
Alvéolos são pequenas bolsas de ar onde ocorrem as trocas gasosas que possibilitam a respiração.
Quando eles estão limpos, há captura do oxigênio indispensável para a nutrição das células e eliminação de gás carbônico.
A pneumonia é desencadeada pela chegada de agentes ou substâncias tóxicas aos alvéolos, comprometendo sua função.
Devido à diminuição na capacidade respiratória, a maioria dos casos dessa patologia apresenta a falta de ar entre os sintomas.
Junto a sinais como febre e mal-estar, a dificuldade para respirar costuma estar presente em todos os 6 principais tipos de pneumonia:
- Pneumonia Bacteriana
- Pneumonia Viral
- Pneumonia Fúngica
- Pneumonia Química
- Pneumonia Comunitária
- Pneumonia Hospitalar.
Os casos mais comuns são provocados por bactérias e vírus, e costumam responder bem ao tratamento.
No entanto, pacientes com o sistema imunológico fragilizado têm maior risco de desenvolver complicações de saúde e até ir a óbito se não receberem socorro rapidamente.
Confira detalhes sobre cada tipo de pneumonia a seguir.
Pneumonia Bacteriana
Começando pela divisão de acordo com o agente causador, vamos falar sobre o tipo de pneumonia predominante.
Para se ter uma ideia, a bactéria Streptococcus pneumoniae é responsável por 60% dos registros de pneumonia no planeta.
Popularmente chamada de pneumococo, essa bactéria não é o único agente causador da pneumonia bacteriana.
Mycoplasma pneumoniae e Haemophilus influenzae são outras bactérias que se instalam nos alvéolos, fazendo com que fiquem inchados e percam a eficiência nas trocas gasosas.
Após diagnosticada, essa modalidade de pneumonia deve ser tratada com agilidade, por meio de ações para enfraquecer a bactéria e fortalecer o sistema imunológico do doente.
Dependendo da condição clínica e gravidade da doença, a terapia será conduzida em ambiente hospitalar ou na residência do paciente.
Um antibiótico será receitado para matar a bactéria, enquanto uma dieta balanceada, hidratação e repouso ajudam na recuperação completa.
Pneumonia Viral
Como o nome sugere, é o quadro infeccioso pulmonar causado por um vírus.
Um exemplo comum é o próprio vírus da gripe que, em um primeiro momento, ataca as vias aéreas superiores.
Significa que a inflamação se restringe ao nariz, cavidades nasais, faringe e laringe.
Porém, quando a gripe é mal curada, o vírus pode se deslocar até as vias aéreas inferiores, passando pela traqueia para chegar aos pulmões.
Geralmente, a doença não é grave e pode ser tratada em casa.
A principal linha terapêutica é o reforço do sistema imunológico para que possa eliminar o vírus da gripe.
Outro agente capaz de provocar pneumonia viral é o coronavírus.
Nesse cenário, casos de pneumonia descrita como silenciosa vêm sendo relatados por médicos que atuam na linha de frente do combate à Covid-19.
Casos graves de contaminação pelo coronavírus provocaram a inflamação pulmonar sem manifestar sintomas típicos.
Por consequência, muitos pacientes só procuravam os serviços de saúde quando percebiam uma piora repentina em sua condição clínica, fruto do comprometimento dos pulmões.
Diante do problema, especialistas passaram a recomendar a observação de sinais aparentemente superficiais, como respiração profunda e/ou ofegante em repouso.
Esse cenário pede o tratamento em ambiente hospitalar, com administração de oxigênio de modo artificial e, se necessário, intubação.
Pneumonia Fúngica
Quadros de pneumonia causados por fungos são bastante raros, mas têm alto risco.
Isso porque a doença costuma atingir pacientes imunodeprimidos, ou seja, que estão com as defesas naturais comprometidas.
Segundo este estudo divulgado no Jornal Brasileiro de Pneumologia:
“Entre os adultos, a imunodepressão é mais comumente vista em pacientes com leucemia, linfoma e AIDS, assim como em pacientes submetidos à terapia imunodepressora, relacionada ou não a transplantes de órgãos ou de medula óssea.”
O agente responsável pela maior parte das pneumonias fúngicas é o Aspergillus sp.
Medicamentos como anfotericina B, anfotericina B lipossomal, caspofungina e voriconazol são empregados para combater o fungo.
Devido à fragilidade dos pacientes, as terapias são administradas em unidades de saúde.
Pneumonia Química
Corresponde à infecção gerada a partir da inalação de fumaça, solventes, vapores ou gases tóxicos.
Ao entrar em contato com os alvéolos, eles causam irritação e inflamação, impactando na capacidade respiratória.
Trabalhadores do setor têxtil e vítimas de incêndios estão entre as pessoas em maior risco de sofrer com a pneumonia química.
Muitas vezes, esses indivíduos precisam ser tratados com a administração de oxigênio, combinada ao uso de corticosteroides para diminuir a inflamação.
Também é comum o desenvolvimento de infecção secundária enquanto o paciente está enfraquecido, agravando sua condição com doenças como a pneumonia bacteriana.
Nesse contexto, a terapia terá de incluir antibióticos para destruir a bactéria.
Pneumonia Comunitária
Passando para a classificação por forma de contágio, a pneumonia comunitária é aquela adquirida em ambientes frequentados pelo doente.
Vale lembrar que é rara a transmissão da pneumonia, principalmente porque a instalação do agente infeccioso nos alvéolos depende da condição de saúde do indivíduo.
Em outras palavras, você pode até ser infectado após espirro ou tosse de uma pessoa contaminada, porém, não quer dizer que vá desenvolver uma pneumonia.
Se estiver saudável, é mais provável que o agente seja eliminado rapidamente ou desencadeie doenças respiratórias de menor gravidade, como um resfriado ou gripe.
Pneumonia Hospitalar
Outra forma de contágio está no ambiente hospitalar, onde alguns microrganismos podem permanecer e contaminar pacientes internados.
Em geral, são bactérias resistentes aos antibióticos mais conhecidos, o que exige a administração de substâncias potentes.
Imunodeprimidos e doentes submetidos à ventilação mecânica estão mais sujeitos a sofrer com infecções hospitalares como a pneumonia.
A maioria dos casos é identificada durante o período de internação, permitindo o diagnóstico precoce e tratamento rápido.
Contudo, há casos em que a doença só se manifesta 2 ou 3 dias após a alta, o que pede o retorno do paciente para a identificação de sua causa e início do tratamento.
O que causa os diferentes tipos de pneumonia
Como expliquei acima, diferentes agentes e substâncias podem desencadear a pneumonia.
Mas existe um fator comum à maioria dos pacientes acometidos: um sistema imunológico enfraquecido.
Então, é importante cuidar da saúde para fortalecer as defesas naturais do organismo, diminuindo o risco de desenvolver qualquer tipo de pneumonia.
Medidas simples como investir em uma alimentação balanceada, praticar atividade física pelo menos 3 vezes por semana e dormir bem contribuem para essa tarefa.
Outra dica é beber cerca de 2 litros de água todos os dias, colaborando para eliminar microrganismos que estejam próximos às vias aéreas.
Esses cuidados devem ser redobrados em épocas de tempo seco, como durante os meses de inverno.
Por duas razões.
A primeira é a maior permanência em locais fechados, com pouca ventilação, que facilitam a transmissão de vírus e bactérias entre as pessoas.
Evitar esses ambientes é uma boa maneira de prevenir a pneumonia.
Em segundo lugar, o tempo seco deixa o muco mais espesso, dificultando sua eliminação pelo corpo.
Assim, os microrganismos capturados pelo muco permanecem por mais tempo nas vias aéreas, aumentando a possibilidade de se instalarem nos alvéolos e causarem uma pneumonia.
Quais os fatores de risco para a pneumonia?
A pneumonia pode acometer pessoas de todas as idades, regiões e profissões.
Porém, há fatores que elevam o risco de sofrer com essa doença.
Veja quais são os principais:
- Estar internado – aumenta as chances de exposição à pneumonia hospitalar
- Ter mais de 65 anos
- Ter patologias como câncer e AIDS, que comprometem o sistema imunológico
- Ter sido transplantado recentemente
- Ser fumante – o cigarro contém substâncias nocivas aos pulmões, que diminuem sua proteção natural
- Possuir doenças crônicas, como diabetes e pressão alta
- Consumir álcool em excesso – outra rotina que reduz a eficiência do sistema imunológico, facilitando o desenvolvimento de infecções
- Exposição a mudanças bruscas de temperatura
- Uso de ar condicionado com frequência, o que torna o ar seco
- Tratamento ineficiente de gripes e resfriados, possibilitando que o vírus chegue aos pulmões.
Quando procurar um médico para pneumonia?
Somente o médico pode diagnosticar a pneumonia ou qualquer outra patologia.
Portanto, vale consultar assim que começarem os primeiros sintomas.
Diante de quadros críticos como dificuldade para respirar ou febre acima dos 38ºC, vá ao pronto-socorro mais próximo.
Se, no entanto, os sintomas forem inespecíficos, você pode ser avaliado pelo clínico geral para verificar sua origem.
Caso seja preciso, ele mesmo vai pedir exames complementares e te encaminhar ao pneumologista para tratar a pneumonia.
Fique de olho nos principais sinais da doença:
- Febre alta, podendo chegar a 40°C
- Tosse
- Dor no peito
- Alterações da pressão sanguínea
- Confusão mental
- Mal-estar generalizado
- Falta de ar
- Secreção de muco purulento (catarro) de cor amarelada ou esverdeada
- Toxemia (danos provocados pelas toxinas carregadas pelo sangue)
- Fraqueza.
Bebês pequenos apresentam sintomas diferenciados, como boca azulada, diarreia, hipotermia, vômito, distensão do abdômen e gemidos.
Qual médico trata os tipos de pneumonia?
O médico que diagnostica e trata todos os tipos de pneumonia é o pneumologista.
Esse especialista tem conhecimento profundo sobre as vias aéreas inferiores, o que engloba pulmões, traqueia e pleura (a membrana que recobre os pulmões).
Brônquios, bronquíolos e alvéolos estão no campo de estudo do profissional, pois são partes dos pulmões.
Além da pneumonia, o pneumologista trata males como:
- Bronquite: inflamação nos tubos pulmonares (os brônquios), causada por vírus, bactérias ou substâncias nocivas
- Asma: patologia crônica que aumenta a sensibilidade dos pulmões, favorecendo sua obstrução diante de substâncias irritantes
- Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): é uma resposta inflamatória à inalação contínua de toxinas, incluindo quadros de bronquite obstrutiva crônica e enfisema pulmonar
- Fibrose pulmonar: acúmulo de cicatrizes que diminuem a elasticidade e a capacidade de expansão pulmonar
- Tuberculose: infecção provocada pelo bacilo de Koch que desencadeia suor excessivo, febre e crises de tosse
- Embolia pulmonar: emergência médica causada pela obstrução da artéria pulmonar, impedindo a circulação do sangue.
Consulta online para todos os tipos de pneumonia
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Conclusão
Reconhecer os diferentes tipos de pneumonia simplifica a busca por assistência e tratamento para a doença.
Quadro graves exigem socorro imediato, a fim de evitar complicações para o paciente.
Já os sintomas iniciais e monitoramento podem ser feitos com o suporte do sistema de teleconsulta.
Aproveite essas e outras facilidades dentro do software Morsch e mantenha os cuidados de saúde em dia.
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