Razapina: para que serve, receita e como tomar
Razapina é um dos nomes comerciais para medicamentos contendo mirtazapina.
Disponível na forma de comprimidos revestidos de 30 mg e 45 mg, esse é um remédio que tem venda com retenção de receita, como explicarei nas próximas linhas.
Siga com a leitura, pois vou mostrar melhor como funciona a medicação e em que casos é indicada, e como solicitar e renovar sua receita digital com segurança.
O que é Razapina?
Razapina é uma marca comercial para um remédio à base de mirtazapina.
Essa, por sua vez, é uma substância com efeito antidepressivo, que faz parte do grupo dos antidepressivos tetracíclicos atípicos.
Devido a chances consideráveis de efeitos colaterais, esse medicamento não costuma ser a primeira escolha de tratamento, sendo receitado apenas quando outras alternativas não apresentaram o resultado desejado.
Ele deve ser tomado sempre conforme a prescrição médica, a fim de diminuir as reações adversas.
Para que serve Razapina
Razapina serve para tratar transtornos depressivos, com exceção de casos de depressão maníaca (quando há períodos alternados de sensação de euforia/hiperatividade e humor deprimido).
Seu mecanismo de ação é complexo, envolvendo diferentes neurotransmissores para corrigir o desbalanço de funções químicas cerebrais.
Por consequência, a liberação de norepinefrina e serotonina é aumentada, combatendo os sintomas da depressão.
Principais indicações
Consultada por meio do bulário da Anvisa, a bula da Razapina informa que o remédio é indicado para o tratamento de estados depressivos.
Ou seja, o medicamento alivia sintomas desse estado de tristeza persistente, a exemplo de insônia, apatia, falta de apetite, cansaço excessivo, desânimo, sentimentos de vazio e desesperança.
Como tomar Razapina
Tome os comprimidos revestidos de 30 mg e 45 mg por via oral, com a ajuda de um pouco de líquido não alcoólico.
Faça conforme a orientação médica, sem modificar doses e horários ou interromper o tratamento de maneira abrupta.
Você pode conferir o esquema terapêutico recomendado na bula do remédio abaixo:
- Pacientes adultos e idosos: a dose inicial usual é de 15 ou 30 mg. A dose diária eficaz fica, geralmente, entre 15 mg e 45 mg, devendo gerar uma resposta positiva em até 4 semanas. Se o resultado inicial for insuficiente, a dose pode ser aumentada até a dose máxima. Se não houver resposta dentro de 2 a 4 semanas adicionais, o tratamento deve ser interrompido.
Para mais detalhes, leia o documento, fale com seu médico e com o farmacêutico
Receita de Razapina
É preciso dispor de uma receita C1 para ter acesso à Razapina.
Trata-se de uma receita de controle especial, emitida em duas vias iguais, sendo que a segunda via serve para orientar o paciente ou cuidador.
Nela, estão informações sobre a duração do tratamento, doses, horários, via de administração e outros dados importantes.
Ao passo que a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, a fim de atender ao que determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para as substâncias que integram a lista C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, como a mirtazapina.
A legislação instituiu o regulamento de remédios controlados no Brasil, impondo regras mais rígidas em relação aos demais fármacos para coibir o uso indiscriminado, que eleva o risco de problemas de saúde.
Além de antidepressivos, a lista C1 possui anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos, todos eles prescritos por meio da receita branca tipo C1.
Com validade de 30 dias, o documento pode conter até 3 remédios da lista, e permitir a dispensação de medicamento suficiente para até 60 dias de tratamento ou até 5 ampolas, caso seja um fármaco injetável.
Com exceção dos medicamentos anticonvulsivantes e antiparkinsonianos, que, geralmente, são de uso contínuo e podem ser disponibilizados em quantidade suficiente para até 6 meses de tratamento.
Dúvidas frequentes sobre Razapina
Agora que você conhece as regras de prescrição, vamos avançar para perguntas corriqueiras entre os pacientes e cuidadores a respeito da Razapina.
Acompanhe!
Quais são os efeitos colaterais da Razapina?
Aumento de apetite e de peso, sonolência, sedação, dor de cabeça e secura da boca são as reações adversas mais comuns, que afetam mais de 10% dos pacientes.
Outros efeitos relativamente frequentes são:
- Sonhos anormais
- Confusão
- Ansiedade
- Insônia
- Letargia (moleza)
- Vertigem (tontura)
- Tremor
- Amnésia
- Hipotensão ortostática (queda da pressão sanguínea quando um indivíduo assume a posição ereta)
- Náusea
- Diarreia
- Vômito
- Exantema (erupção cutânea)
- Artralgia (dor nas articulações)
- Mialgia (dor nos músculos)
- Dor nas costas
- Edema periférico (inchaço de braços e pernas)
- Fadiga.
Algumas pessoas podem sofrer com reações mais graves, a exemplo de alucinações, desmaio, pressão baixa, ideação e comportamento suicida.
Na presença desses e outros sintomas, procure ajuda médica o mais brevemente possível.
Razapina aumenta o apetite?
Geralmente, sim.
Como eu disse no tópico acima, o aumento do apetite está entre os efeitos colaterais mais comuns.
De qualquer forma, é importante avisar ao médico se houver maior desejo por alimentos e/ou ganho de peso após o início do tratamento.
Quem não deve tomar Razapina?
O medicamento é contraindicado para:
- Pacientes com alergia à mirtazapina ou a qualquer outro componente da fórmula
- Menores de 18 anos
- Mulheres gestantes ou que estejam amamentando, salvo sob a indicação do obstetra
- Pessoas que estejam usando ou tenham usado medicamentos inibidores da monoamino oxidase (IMAOs) nas últimas duas semanas.
Qualquer que seja a condição impeditiva, é importante informar ao seu médico.
Qual o melhor horário para tomar Razapina?
O remédio deve ser tomado preferencialmente à noite, antes de deitar para dormir, em dose única diária.
No entanto, você deve respeitar a prescrição do seu médico, pois cada tratamento é individualizado.
Conclusão
Neste artigo, apresentei as principais informações sobre a Razapina.
Como qualquer outro medicamento, seu uso consciente requer cuidados como evitar a automedicação e outras práticas prejudiciais.
E prevenir a descontinuidade do tratamento sem o conhecimento do seu médico, o que pode desencadear o efeito rebote, com o retorno de sintomas ainda mais intensos.
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