CID R55 – Síncope e colapso (perda transitória da consciência)
O código CID R55 é usado para Síncope e colapso na Classificação Internacional de Doenças.
Esses são sintomas difusos que pedem investigação para entender sua origem e se existe uma doença de fundo.
Neste texto, apresento a conduta médica, explico o significado e mostro como a telemedicina dá suporte ao diagnóstico para CID R55.
CID R55: o que significa?
CID R55 é o código para descrever síncope e colapso, que, de forma simples, podem ser definidos como episódios em que há perda transitória da consciência.
Geralmente, a síncope dura segundos ou alguns minutos, podendo manifestar diferentes condições de saúde.
Ou seja, a perda da consciência nem sempre é sinal de doença.
O CID R55 integra a parte dedicada a sintomas e sinais gerais na CID.
É usado como sinônimo de “apagamento”, desmaio e lipotimia.
Conforme menciona o DATASUS, o CID R55 exclui:
- Astemia neurocirculatória (F45.3)
- Choque SOE (R57.9)
- Choque cardiogênico (R57.0)
- Choque complicando ou subsequente a aborto ou gravidez ectópica ou molar (O00-O07, O08.3)
- Choque complicando ou subsequente a trabalho de parto e parto (O75.1)
- Choque complicando ou subsequente a pós-operatório (T81.1)
- Crise de Stokes-Adams (I45.9)
- Hipotensão ortostática (I95.1)
- Hipotensão neurogênica (G90.3)
- Inconsciência SOE (R40.2)
- Síncope por calor (T67.1)
- Síncope psicogênica (F48.8)
- Síncope do seio carotídeo (G90.0).
Na sequência, explico quais são as ações médicas esperadas em casos como esse.
Conduta médica para o CID R55
O atendimento a episódios de síncope é comum no pronto-socorro e outras unidades que atendem emergências.
Em especial quando os episódios são recorrentes, a síncope pode ser classificada em três tipos:
- Reflexa ou neuralmente mediada
- Secundária à hipotensão ortostática
- Secundária a doenças cardiovasculares.
O diagnóstico começa com a anamnese, etapa fundamental para investigar aspectos relevantes da história clínica, por exemplo:
- Se houve gatilhos para a síncope
- Em que posição o paciente se encontrava
- Se houve sintomas antes do desmaio, como tontura, palpitação, sudorese, náusea, vômito
- Duração do episódio
- Presença de movimentos relacionados a crises convulsivas e/ou mordedura da língua
- Estado do paciente logo após a síncope, a fim de verificar estupor, amnésia, dores etc.
Em seguida, é feita avaliação física específica, como orienta este guia:
- Verificação de hipotensão ortostática: queda da pressão arterial sistólica (PAS) ≥ 20 mmHg ou da pressão arterial diastólica ≥ 10 mmHg ou queda na PAS abaixo de 90 mmHg em 3 minutos de ortostase
- Massagem do seio carotídeo: indicada para pacientes com mais de 40 anos com síncope de etiologia desconhecida após avaliação inicial
- Avaliação neurológica.
Há, ainda, exames complementares para aprofundar a investigação.
Exames complementares
O principal método diagnóstico usado é o eletrocardiograma, que sinaliza a presença de patologia cardiovascular quando tem resultado alterado.
A investigação pode ser aprofundada com o suporte de holter, ecocardiograma ou tilt testing, dependendo da hipótese diagnóstica.
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