Lei para entrega de exames de imagem: entenda o que diz e veja dicas práticas

A lei para entrega de exames de imagem apresenta as principais orientações para o compartilhamento dos registros desses procedimentos.
Os requisitos têm por objetivo preservar a qualidade das imagens, a confidencialidade e o sigilo médico referentes a quaisquer documentos que fazem parte do prontuário médico.
Neste artigo, apresento melhor essa legislação, sua ligação com a LGPD e as boas práticas para o armazenamento e o compartilhamento dos resultados de exames online, com o suporte da telemedicina.
Qual a lei para entrega de exames de imagem?
Geralmente, quando falamos em lei para a entrega de exames de imagem, estamos nos referindo à Resolução CFM 1.821/07.
O documento aprovou as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos prontuários dos pacientes.

Além de autorizar a eliminação do papel e a troca de informação identificada em saúde, mediante o atendimento a algumas regras.
Falo mais delas a seguir.
O que diz a lei para entrega de exames de imagem?
Como mencionei acima, a legislação trata da digitalização de documentos do prontuário do paciente, que passou a ser autorizada, desde que cumprindo as normas determinadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Nesse cenário, são informadas as regras referentes a documentos impressos, microfilmados e arquivos digitais.
Em seu Art. 3°, o texto ainda resolve:

“Autorizar o uso de sistemas informatizados para a guarda e manuseio de prontuários de pacientes e para a troca de informação identificada em saúde, eliminando a obrigatoriedade do registro em papel, desde que esses sistemas atendam integralmente aos requisitos do ‘Nível de garantia de segurança 2 (NGS2)’, estabelecidos no Manual de Certificação para Sistemas de Registro Eletrônico em Saúde.”
Qual a relação entre a lei para entrega de exames de imagem e a LGPD?
A relação entre as legislações parte do fato de que são complementares quando aplicadas aos documentos do prontuário do paciente, cada qual disciplinando um tema importante.
Enquanto a lei para entrega de exames se concentra na qualidade, guarda e integridade dos registros, a Lei Geral de Proteção de Dados foca no tratamento dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais.
Ou seja, a LGPD colabora com o sigilo médico, uma vez que as informações de saúde pertencem ao paciente e devem ser protegidas contra o acesso por pessoas não autorizadas.

A legislação trata da digitalização de documentos do prontuário do paciente
Em seu Art. 2º, o texto afirma que a disciplina da proteção de dados pessoais é baseada em oito fundamentos:
- O respeito à privacidade
- A autodeterminação informativa
- A liberdade de expressão, de informação, de comunicação e de opinião
- A inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem
- O desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação
- A livre iniciativa, a livre concorrência e a defesa do consumidor
- Os direitos humanos, o livre desenvolvimento da personalidade, a dignidade e o exercício da cidadania pelas pessoas naturais.
A seguir, veja boas práticas de armazenamento e entrega dos documentos.
Como armazenar e entregar os exames de imagem?
Além da Resolução CFM 1.821/07 e da LGPD, vale considerar outras legislações de interesse para seguir as boas práticas no armazenamento e entrega de exames de diagnóstico por imagem.
As principais estão descritas na Lei 13.787/2018, Parecer CFM Nº 10/2009, Parecer CFM Nº 23/2019 e Parecer CFM 02/2020, nos quais me inspirei para apresentar as dicas abaixo.
Acompanhe:
Prazo para a guarda dos arquivos
O Art. 6º da Resolução CFM 1.821/07 autoriza a eliminação dos documentos de prontuários em papel ou digitalizados, decorrido o prazo mínimo de 20 anos a partir do último registro.

Regras para digitalização
Os requisitos para digitalização estão resumidos na Lei 13.787/2018, que determina que esse processo:
- Seja realizado de forma a assegurar a integridade, autenticidade e confidencialidade do documento digital
- Utilize métodos de digitalização que reproduzam todas as informações contidas nos documentos originais
- Utilize certificado digital emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) ou outro padrão legalmente aceito
- Obedeça a requisitos dispostos em regulamento.
Lembre-se de consultar a legislação completa para tirar outras dúvidas.
Modelos aceitos
Conforme o Parecer CFM º 23/2019, resultados de exames radiológicos podem ser entregues nos seguintes modelos:
- Online: exige o uso do formato DICOM e uso de um sistema PACS (Picture Archiving and Communication System), que possui a infraestrutura adequada para atender às normas técnicas e éticas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, integridade, veracidade, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional das informações
- CD/DVD: para a disponibilização nessas mídias ou em pendrive, deve ser gravada a totalidade das séries adquiridas, com plena e ampla capacidade para reformatações do exame. No disco, deve ser anexado arquivo executável que permita acesso ao exame, no mínimo a computadores com sistema operacional Windows e MacOS
- Impresso: neste caso, o ideal é usar filme radiológico. A impressão em papel é condicionada à reprodução com boa definição das imagens, junto à indicação da taxa de compressão utilizada e de escala métrica.
Na sequência, trago dicas para a escolha da melhor plataforma de interpretação de exames de imagem.

Assistência em saúde melhora com a digitalização de exames e uso dos sistemas informatizados
Como escolher uma plataforma com prontuário eletrônico e laudo a distância?
Escolher um sistema que combine prontuário eletrônico e laudo a distância certamente trará uma série de benefícios para sua equipe.
Afinal, o acesso ao prontuário online dispensa gastos com papel, impressão e espaço físico para arquivar os documentos impressos.
Também aumenta a proteção dos arquivos, que ficam guardados por mecanismos de autenticação e criptografia.
Prefira sempre um software em nuvem, que fica acessível a partir de qualquer dispositivo com internet e oferece espaço infinito de armazenamento.
Essas são exigências das autoridades de saúde para o funcionamento e registro da plataforma de telemedicina – que vai além do prontuário, disponibilizando o telediagnóstico de um jeito simples.
Lembre-se de verificar se a plataforma possui integração com outros softwares, facilitando a comunicação e evitando retrabalhos.
Ao optar pela Telemedicina Morsch, basta configurar seus equipamentos para o envio automático das imagens ao nosso PACS, permitindo que sejam visualizadas com rapidez por um radiologista qualificado.
Ele analisa e interpreta os registros, anotando suas conclusões no laudo online, assinado digitalmente.
Dessa forma, os resultados de exames são entregues em minutos via sistema!
Explore essas e outras vantagens da Morsch neste link!
Conclusão
Comentei, neste artigo, os temas abordados pela lei para entrega de exames de imagem.
Também trouxe dicas para tornar esse processo mais seguro e célere.
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