Educação continuada em saúde: o que é, qual a importância e exemplos
A educação continuada em saúde tem grande impacto sobre a qualidade dos serviços prestados.
Em um mundo de mudanças aceleradas e transformação digital na saúde, contar com profissionais atualizados se torna crítico para se destacar.
E também para fidelizar pacientes, já que esse é um fator decisivo para a sobrevivência das clínicas e hospitais em um mercado altamente competitivo.
Nos próximos tópicos, falo sobre o conceito, importância e exemplos de educação continuada em saúde.
Você vai saber também como funciona o treinamento via telemedicina e outras tecnologias.
O que é educação continuada em saúde?
Educação continuada em saúde é uma dinâmica que emprega metodologias formais para a aprendizagem contínua.
Trata-se de um processo permanente de aprendizado voltado para profissionais da área, com o objetivo de atualizar conhecimentos, habilidades e práticas.
Acompanha as mudanças tecnológicas, científicas e sociais, promovendo o aprimoramento da qualidade dos serviços prestados.
A publicação “Política Nacional de Educação Permanente em Saúde” resume o conceito desta forma:
“Contempla as atividades que possuem período definido para execução e utiliza, em sua maior parte, os pressupostos da metodologia de ensino tradicional, como exemplo as ofertas formais nos níveis de pós-graduação. Relaciona-se ainda às atividades educacionais que visam promover a aquisição sequencial e acumulativa de informações técnico-científicas pelo trabalhador (…).”
Diferença entre educação permanente e educação continuada em saúde
Além da similaridade relativa ao significado de “permanente” e “continuada” quando se fala em aprendizagem, ambos os termos fazem parte do conceito de educação em saúde.
Ou seja, do campo de produção e sistematização de conhecimentos relativos à formação e ao desenvolvimento para a atuação em saúde, envolvendo práticas de ensino, diretrizes didáticas e orientação curricular – segundo o glossário eletrônico da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS).
Contudo, existem diferenças entre as duas modalidades.
A educação continuada compreende o ensino mais tradicional e formal.
Ela é oferecida dentro de um contexto estruturado, no qual existe um calendário, período de ensino, atividades e outras exigências que devem ser cumpridas por parte do aluno.
Por sua vez, a educação permanente em saúde tem caráter descentralizado, permitindo que ensino e aprendizagem façam parte do cotidiano do trabalhador e da empresa.
Conforme explica este artigo sobre o tema:
“Na proposta da educação permanente, a mudança das estratégias de organização e do exercício da atenção terá que ser construída na prática concreta das equipes. As demandas para capacitação não se definem somente a partir de uma lista de necessidades individuais de atualização, nem das orientações dos níveis centrais, mas prioritariamente a partir dos problemas que acontecem no dia a dia do trabalho referentes à atenção à saúde e à organização do trabalho, considerando a necessidade de prestar ações e serviços relevantes e de qualidade.”
Qual a importância da educação continuada em saúde?
Investir em educação continuada em saúde melhora a qualificação profissional, agregando valor aos serviços prestados.
Afinal, equipes atualizadas de maneira constante aprimoram não apenas sua habilidade técnica, mas também as competências comportamentais ou soft skills, cada vez mais relevantes no contexto atual.
São elas que possibilitam a humanização na saúde, desde a recepção do paciente até os cuidados e o pós-consulta.
Com maior acolhimento, os times entregam uma experiência do paciente positiva, deixando uma boa impressão durante as interações.
Por consequência, aumenta a satisfação dos pacientes, elevando as chances de que retornem ao serviço de saúde e até o indiquem a seus conhecidos.
Assim, a educação continuada acaba colaborando para a fidelização e a captação de pacientes novos, ampliando as receitas da clínica ou hospital.
Quem precisa seguir um programa de educação continuada em saúde?
A educação continuada é fundamental para que os profissionais de saúde se mantenham a par das técnicas e conhecimentos mais recentes, que devem ser utilizados em prol do bem-estar do paciente.
Daí a necessidade de que realizem cursos de reciclagem e aperfeiçoamento com alguma regularidade.
Profissionais atuantes no Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, contam com a já citada Política Nacional de Educação Permanente em Saúde (PNEPS), que combina práticas de educação continuada e permanente.
Ela serve como programa de desenvolvimento dos recursos humanos no âmbito da saúde pública, tendo como objetivo a melhoria contínua dos serviços.
Exemplos de educação continuada em saúde
A educação continuada está disponível em diversos formatos, podendo ser realizada presencialmente, a distância ou de maneira híbrida.
Quando feita por meio de Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDICs), como a internet, a comunicação é realizada dentro de softwares específicos, de forma síncrona ou assíncrona.
A modalidade síncrona consiste na comunicação em tempo real, permitindo que o estudante comente, tire dúvidas e debata questões ao vivo.
Na modalidade assíncrona, as interações ocorrem em momentos diferentes, com as respostas sendo enviadas algumas horas ou dias após o compartilhamento de perguntas.
A seguir, conheça alguns formatos populares para a educação continuada:
- Pós-graduação: corresponde à sequência após a conclusão de uma faculdade. Pode ser do tipo lato sensu, mais voltada à prática do mercado de trabalho; ou stricto sensu, para pesquisadores e acadêmicos que desejam receber a titulação de mestrado e, mais tarde, doutorado
- Workshop: é uma espécie de oficina destinada ao aprendizado prático sobre assuntos pontuais
- Seminário: consiste na apresentação oral de um tema, geralmente, utilizando palestras e recursos visuais
- Curso livre: corresponde a uma formação de curta duração sobre uma disciplina específica.
Entenda na sequência por que a tecnologia é tema recorrente na atualização profissional.
Importância da educação continuada em tecnologias da saúde
Os avanços da tecnologia na saúde vêm revolucionando a assistência e gestão, o que requer atualização contínua dos profissionais.
Caso contrário, seus conhecimentos podem se tornar obsoletos rapidamente, comprometendo a prestação de cuidados com eficiência.
Por isso, é inteligente incorporar algumas tecnologias que otimizam a rotina, como a plataforma de telemedicina.
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Conclusão
Ao final deste artigo, espero ter esclarecido as questões sobre a educação continuada em saúde, que vem ganhando cada vez mais importância.
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