Galantamina: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 29 de abril de 2024
Galantamina

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Então, veio ao lugar certo!

Neste artigo, explico o mecanismo de ação, como tomar e para que serve esse medicamento.

Ao final, mostro como solicitar e renovar a receita médica online sem burocracia.

Acompanhe até o final!

O que é galantamina?

Galantamina é um medicamento antidemencial, ou seja, que é utilizado para reverter sintomas de certos quadros de demência.

É indicado somente para uso adulto, sempre seguindo as recomendações da prescrição médica.

Para que serve galantamina

O fármaco serve para tratar a demência do tipo Alzheimer.

Para tanto, o bromidrato de galantamina aumenta a disponibilidade da acetilcolina.

A substância é responsável pela transmissão das mensagens entre as células do cérebro e que é reduzida nos quadros de Alzheimer.

Principais indicações

Conforme cita a bula, a galantamina é indicada para casos de Alzheimer de intensidade leve a moderada, com ou sem doença vascular cerebral relevante.

Ao alterar o funcionamento do cérebro, a doença provoca sintomas como perda progressiva da memória, confusão mental e problemas de comportamento.

E esses são mitigados com a ajuda do medicamento.

Como tomar bromidrato de galantamina

Os comprimidos ou cápsulas de liberação prolongada com 8 mg, 16 mg ou 24 mg devem ser ingeridos por via oral e com a ajuda de um copo d’água.

Prefira tomar este fármaco junto com alimentos e consuma a quantidade de líquidos conforme orientação médica.

Geralmente, a dose diária é dividida quando se tomam os comprimidos, enquanto as cápsulas de liberação prolongada só são ingeridas uma vez ao dia.

Apresento os principais esquemas terapêuticos abaixo – para mais detalhes, leia a bula do remédio, fale com seu médico ou farmacêutico.

  • Dose inicial: recomenda-se começar o tratamento com 8 mg ao dia
  • Dose de manutenção: a dose de manutenção inicial é de 16 mg/dia e os pacientes devem ser mantidos com 16 mg/dia durante pelo menos 4 semanas. Um aumento para a dose máxima de manutenção recomendada de 24 mg/dia deve ser considerado após avaliação apropriada, incluindo avaliação do benefício clínico e da tolerabilidade.

A galantamina não desencadeia efeito rebote após a interrupção abrupta do tratamento (por exemplo, para o preparo para uma cirurgia).

Se for preciso converter o tratamento de liberação imediata para as cápsulas duras de liberação prolongada, o paciente deve tomar a última dose de galantamina em comprimidos à noite.

E então, iniciar o tratamento com bromidrato de galantamina em cápsulas uma vez ao dia, na manhã seguinte, mantendo a dose diária.

Receita de galantamina

É necessário apresentar uma receita C1 para comprar esse fármaco.

Falo da receita de controle especial, que é entregue pelo médico em duas vias iguais.

A primeira atende à exigência de venda com retenção de receita, enquanto a segunda via é devolvida ao paciente ou cuidador para que tenham em mãos a recomendação médica quando for preciso.

Essas normas diferenciadas existem porque a galantamina pertence a uma das listas de remédios controlados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, criadas pela Portaria 344/1998.

Mais especificamente, os antidemenciais constam no grupo C1, que também é formado por drogas de efeitos antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos.

Para evitar o uso indiscriminado, essas substâncias são prescritas por meio da receita branca C1, válida por 30 dias contados a partir da data seguinte à emissão.

O documento pode liberar medicamento para até 60 dias de terapia.

Dúvidas frequentes sobre galantamina

Neste espaço, trago respostas para algumas dúvidas comuns sobre o uso desse remédio.

Quem não tem Alzheimer pode tomar galantamina?

Não é recomendado.

Vale ressaltar que a galantamina é indicada especificamente para Alzheimer, e não para outros tipos de demência.

Daí a importância de consultar o médico para receber o diagnóstico e tratamento corretos, prevenindo agravos à saúde.

Quais são os efeitos colaterais da galantamina?

As reações adversas mais frequentes são:

  • Náusea
  • Vômito
  • Diminuição do apetite
  • Depressão (sentimento de tristeza)
  • Vertigem
  • Cefaleia (dor de cabeça)
  • Tremor
  • Síncope (desmaio)
  • Letargia (cansaço anormal)
  • Sonolência
  • Bradicardia (batimentos cardíacos lentos)
  • Diarreia
  • Dor abdominal
  • Dispepsia (indigestão)
  • Desconforto abdominal
  • Espasmos musculares
  • Fadiga (cansaço)
  • Astenia (fraqueza)
  • Indisposição
  • Perda de peso
  • Queda e laceração.

Mais raramente, podem ocorrer alucinações, convulsões, desidratação, entre outras manifestações intensas.

Caso observe esses sintomas, vá ao pronto-socorro.

Em quanto tempo a galantamina faz efeito?

Geralmente, são necessárias algumas semanas de uso contínuo para que o paciente e cuidadores percebam a diminuição dos sintomas de Alzheimer.

Portanto, persista no tratamento de acordo com a prescrição do médico, sem alterar a dose ou parar de tomar galantamina por conta própria.

Essas práticas podem colocar a saúde em perigo, mascarar sintomas e até piorar o quadro do paciente.

Quem não deve tomar galantamina?

O fármaco é contraindicado para:

  • Indivíduos com hipersensibilidade (alergia) a galantamina ou a qualquer um dos outros componentes da fórmula
  • Mulheres grávidas ou amamentando, salvo sob expressa indicação do obstetra
  • Crianças.

Outros casos em que a relação risco-benefício deve ser avaliada incluem pacientes com:

  • Problemas no rim ou no fígado
  • Distúrbios cardíacos (incluindo bradicardia e bloqueio atrioventricular)
  • Úlcera ou história de úlcera no estômago ou no intestino
  • Bloqueio no estômago ou no intestino
  • Convulsões (como aquelas causadas por epilepsia)
  • Dificuldade para controlar os movimentos do corpo ou dos membros (distúrbios extrapiramidais)
  • Doenças respiratórias como asma ou doença pulmonar obstrutiva (DPOC)
  • Dificuldades para urinar
  • Pessoas que passaram por cirurgia do estômago, intestino ou bexiga.

Comunique seu médico caso se encaixe em alguma dessas condições.

Conclusão

A galantamina tem papel importante para combater os sintomas de Alzheimer, mas deve ser usada de forma racional, evitando a automedicação e outras práticas perigosas.

Consulte o geriatra ou outro médico se precisar de aconselhamento, ou se identificar sintomas de demência em você ou numa pessoa próxima.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin