Cardiologia integrativa: entenda o que é, quais os benefícios e como funciona
A cardiologia integrativa parte de uma visão ampla a respeito do indivíduo, buscando compreender seu estado de saúde de maneira integral.
Com base nesse conhecimento, a ideia é elevar o bem-estar como um todo, indo além do diagnóstico e tratamento de doenças.
Para tanto, as práticas propõem uma união entre o modelo convencional e alternativo, incluindo medidas que auxiliam na diminuição do estresse, incentivo à adoção de hábitos saudáveis etc.
Neste texto, trago mais detalhes sobre esta área, seus benefícios para pacientes, gestores e profissionais de saúde.
Apresento ainda os serviços de telemedicina que auxiliam as práticas de cardiologia integrativa.
O que é cardiologia integrativa?
Cardiologia integrativa é um modelo que combina práticas cardiológicas convencionais e não convencionais para contemplar todos os aspectos da existência do paciente.
Esse termo une a cardiologia à medicina integrativa, formada a partir da união entre medicina tradicional e medicina complementar ou alternativa.
Para entender melhor, é importante lembrar que a medicina ocidental convencional adota uma visão biomédica, ou seja, que busca explicações para a saúde e doença principalmente na condição física do indivíduo.
Enquanto a medicina complementar tem origem nas práticas de saúde não convencionais, que geralmente não fazem parte dos sistemas de saúde de um país.
Considerando essas premissas, o site da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde) acrescenta que:
“Os cuidados de saúde integrativos muitas vezes reúnem abordagens convencionais e complementares de forma coordenada. Enfatizam uma abordagem holística e focada no paciente para cuidados de saúde e bem-estar – muitas vezes incluindo aspectos mentais, emocionais, funcionais, espirituais, sociais e comunitários – e tratam a pessoa como um todo e não só sua condição/doença isolada”.
Qual o propósito da cardiologia integrativa?
O propósito da cardiologia integrativa é a promoção da saúde através de ações focadas numa percepção holística a respeito do paciente.
Para tanto, aspectos não físicos são combinados à consulta médica, avaliação e física e exames complementares, muitas vezes servindo para a escolha da abordagem terapêutica mais eficiente.
É natural, por exemplo, que a anamnese seja estendida para compreender quais gatilhos emocionais contribuíram para a ocorrência de um infarto agudo do miocárdio.
Ou seja, o cardiologista entende que o evento cardiovascular tem raiz numa condição clínica, mas que a causa não se limita a ela.
Afinal, problemas como o estresse crônico, ansiedade e emoções exacerbadas podem potencializar a condição clínica, culminando no IAM ou outra manifestação aguda.
Como funciona a cardiologia integrativa?
Segundo ressalta o estudo “A Medicina Integrativa e a construção de um novo modelo na saúde”, esse campo tem seus princípios embasados em quatro fundamentos:
- Relação terapêutica
- Abordagem do paciente como um todo
- Orientação para a cura
- Participação do paciente no tratamento.
Trago detalhes sobre cada um deles abaixo, sob o prisma da combinação com a cardiologia.
1. Relação terapêutica
A relação médico-paciente é reforçada dentro da cardiologia integrativa.
Por isso, o tempo dedicado não apenas à anamnese médica, mas também à escuta ativa do paciente, é maior.
O enfoque dessas medidas está na construção de confiança entre o agente de saúde e o cliente, aumentando o valor da orientação médica aos olhos do doente.
2. Abordagem do paciente como um todo
Embora possa ser direcionada a uma área da medicina, como a cardiologia, a medicina integrativa considera o paciente de maneira holística.
Daí a maior atenção a problemas aparentemente fora do escopo da cardiologia, incluindo o impacto de explosões emocionais, contexto social e situações extremas, como o luto.
Tudo isso pode interferir no bem-estar do paciente, alterando sua condição clínica.
3. Orientação para a cura
Na perspectiva integrativa, a doença é vista como uma desordem nas dimensões que formam o indivíduo.
A cura, então, nasce da correção dessa desordem, o que pede, muitas vezes, mudanças no estilo de vida do paciente.
Um exemplo simples está no combate à doença arterial coronariana (DAC) a partir da adoção de atividade física regular, dieta saudável e práticas de relaxamento mental.
Fármacos entram em cena complementando essas medidas.
4. Participação do paciente no tratamento
Em vez de liberar apenas algumas informações para o paciente, o cardiologista compartilha um panorama amplo sobre o estado de saúde.
Dessa forma, ele permite que cada pessoa tenha uma visão integral sobre sua condição, participando das soluções de maneira ativa.
Ou seja, há incentivo ao autocuidado e empoderamento do paciente.
Benefícios da medicina integrativa
Apostar na medicina integrativa aliada à cardiologia e outras especialidades agrega uma série de vantagens.
Elenco as principais a seguir:
- Maior adesão ao tratamento: esse é um resultado da relação de confiança entre médico e paciente e da participação ativa do indivíduo no tratamento, que aumentam o engajamento na realização de ações terapêuticas
- Atendimento humanizado: a visão integrativa colabora para a humanização da assistência em saúde, pois dissemina o respeito às diferenças e preferências do paciente
- Mais qualidade de vida: ao incentivar comportamentos saudáveis, os tratamentos de medicina integrativa elevam a qualidade de vida
- Diminuição dos custos assistenciais: ao centralizar os esforços em medidas preventivas, é possível reduzir gastos com terapias dispendiosas, como as realizadas em UTI.
A seguir, explico como a telemedicina agrega ainda mais benefícios.
Telemedicina facilita o atendimento integrativo
Softwares médicos que reúnem, compilam e organizam dados do paciente são aliados na promoção do atendimento integrativo.
Um deles é a plataforma de telemedicina, que oferece serviços como o prontuário eletrônico do paciente (PEP).
Falo de um software completo que viabiliza pesquisa e cruzamento de dados em instantes, apresentando um panorama do histórico do paciente para apoiar a cardiologia integrativa.
Sistemas robustos como a Telemedicina Morsch fornecem o PEP integrado à teleconsulta, permitindo a atualização em tempo real das informações.
E ainda disponibilizam um time de especialistas sempre a postos para dar uma segunda opinião médica, teleconsultoria em saúde ou entregar laudos a distância.
Solicite um orçamento e conheça soluções tecnológicas que auxiliam na rotina da equipe médica.
Conclusão
Como apresentei ao longo deste texto, a cardiologia integrativa e outras aplicações de assistência integrativa vêm ganhando espaço atualmente.
Elas auxiliam na prestação de serviços personalizados, que consideram a realidade do paciente para além de sua condição clínica.
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E continue lendo artigos sobre cardiologia que publico aqui no blog.