CID S80 – Traumatismo superficial da perna (lesão leve)
O código CID S80 faz referência a Traumatismo superficial da perna na Classificação Internacional de Doenças.
Nas próximas linhas, apresento os tipos de lesão contemplados e qual a conduta médica diante desse diagnóstico.
Trago também dicas para otimizar o diagnóstico e análise da extensão dos danos com o suporte da telemedicina.
CID S80: o que significa?
O CID S80 designa traumatismo superficial da perna.
Como o nome sugere, costumam ser lesões leves resultantes de impacto direto sobre os membros inferiores.
Dessa forma, não chegam a alcançar tecidos mais profundos, como os ossos.
Essa classificação não engloba fraturas, luxação, entorse ou lesões dos ligamentos.
De acordo com o DATASUS, essa classificação ainda exclui traumatismo superficial do tornozelo e do pé (S90.-).
O CID S80 inclui cinco subcategorias:
- S80.0: Contusão do joelho
- S80.1: Contusão de outras partes e de partes não especificadas da perna
- S80.7: Traumatismos superficiais múltiplos da perna
- S80.8: Outros traumatismos superficiais da perna
- S80.9: Traumatismo superficial não especificado da perna.
Na sequência, falo sobre a conduta médica esperada para casos de CID S80.
Conduta médica para o CID S80
Primeiramente, o ortopedista, clínico geral ou médico do pronto-socorro deverá realizar um exame clínico detalhado, a fim de diagnosticar o tipo de lesão.
Essa etapa é composta pela anamnese e observação da área lesionada, verificando aspectos como vermelhidão, edema e hematoma.
Também é importante avaliar a capacidade e amplitude dos movimentos.
Isso permite descartar lesões musculares produzidas por fatores intrínsecos, tais como câimbras e estiramentos.
Os dados coletados durante a anamnese auxiliam no diagnóstico, pois as contusões têm causas extrínsecas que serão normalmente referidas pelo paciente.
Dependendo do caso, é válido solicitar exames complementares, principalmente os de diagnóstico por imagem, para confirmar ou afastar a suspeita clínica.
Um dos mais comuns é o raio X, que permite o diagnóstico diferencial em relação a lesões ósseas.
Outro método importante é a ultrassonografia, que confirma e indica a localização da lesão muscular traumática rapidamente.
Tratamento
No artigo “Diagnóstico e tratamento das contusões musculares”, os autores mencionam as seguintes etapas de tratamento para contusões leves a moderadas:
- Fase I: repouso, crioterapia, compressão com algodão e bandagens e elevação do membro inferior contundido. É importante o uso de analgésicos e anti-inflamatórios não hormonais
- Fase II: Após as primeiras 24 horas, os portadores de lesões leves são liberados para exercícios de contração muscular isométrica, mobilização das articulações e deambulação sem auxílio de muletas. Após 72 horas, podem fazer exercício de contração muscular isométrica, movimentos articulares ativos e passivos para reabilitação funcional
- Fase III: atletas contundidos já apresentam amplitude de movimento de flexão acima de 90° e executam marcha sem auxílio de muletas.
O médico responsável pelo acompanhamento do paciente deve definir o tratamento com base nas melhores práticas.
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Neste artigo, falei sobre o CID S80, cujo diagnóstico se favorece da tecnologia.
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