AVC isquêmico na tomografia: saiba como identificar

Se quer reconhecer os sinais de AVC isquêmico na tomografia, este artigo é para você.

Embora a interpretação de exames de imagem não seja comum a todas as especialidades médicas, esse é um assunto de interesse para quem atua no atendimento pré-hospitalar.

Seja no pronto-socorro ou ambulância, é provável que os profissionais de APH se deparem com casos de isquemia cerebral, que são eventos tempo-dependentes.

Ou seja, é primordial tomar decisões rápidas para salvar a vida do paciente, diminuir as chances de sequelas e novas complicações no futuro.

Daí a importância de saber identificar um AVC isquêmico na tomografia computadorizada, pois esse exame tem maior disponibilidade que a ressonância magnética, por exemplo.

Por isso, apresento os sinais do AVCI nos próximos tópicos, incluindo soluções de telemedicina para agilizar o diagnóstico.

Acompanhe!

Como identificar AVC isquêmico na tomografia?

Para identificar o AVC isquêmico (AVCI) na tomografia, é preciso treino e compreensão sobre esse método de diagnóstico por imagem.

Então, vamos recordar que a tomografia computadorizada (TC) é um exame que usa radiação ionizante e um tubo giratório para formar um tipo de fotografia interna.

Diversas partes do corpo podem ser estudadas a partir deste procedimento, que é rápido, não invasivo e indolor para o paciente.

Na suspeita de AVC, deve-se realizar uma TC do crânio o mais rápido possível para reduzir o efeito negativo desse evento.

Ou seja, a tomografia deve ser feita assim que o paciente estiver estabilizado.

Ele será posicionado em decúbito dorsal na maca do tomógrafo, que emite feixes de raio X para formar os registros.

Assim como nas radiografias, as imagens tomográficas retratam os tecidos em preto, branco e tons de cinza, conforme sua densidade.

Essa característica permite diferenciar substância branca e cinzenta no cérebro, além de oclusões em artérias – que se tornam evidentes devido à maior densidade dos trombos em relação às estruturas ao seu redor.

Explico melhor esses e outros sinais a seguir.

O que é AVC isquêmico?

Acidente vascular cerebral isquêmico é um evento crítico que resulta da redução súbita de fluxo sanguíneo em uma região do cérebro.

O AVCI decorre de obstrução parcial ou total de um vaso sanguíneo, que é bloqueado por um trombo formado no local ou êmbolo que se desprendeu de outra região do organismo e chegou ao encéfalo.

Essa emergência pode levar à morte de neurônios devido à insuficiência de oxigênio e nutrientes necessários para o funcionamento dessas células, que são entregues pelo sangue.

Quando isso acontece, uma ou mais funções cerebrais são comprometidas, colocando a vida do paciente em risco.

No entanto, o socorro rápido e tratamento precoce são capazes de prevenir não apenas o óbito, mas também possíveis sequelas do AVCI.

Qual tomografia é indicada para identificar AVC isquêmico?

É indicada a realização da TC de crânio sem contraste, devido ao amplo acesso, rapidez na aquisição das imagens e simplicidade do exame.

Segundo explica o artigo Diagnóstico por Imagem do Acidente Vascular Encefálico, esse tipo de tomografia serve para:

“Excluir ou confirmar se o evento é isquêmico ou hemorrágico. O CT detecta 90-95% das hemorragias subaracnoideas, e quase 100% das hemorragias intraparenquimatosas, além de ajudar na exclusão ou confirmação de causas não vasculares para os achados clínicos do paciente. É a estratégia que apresenta o melhor custo-benefício para diagnósticos da doença cerebrovascular.”

Quais os sinais de AVC isquêmico na tomografia?

Existem indicativos de AVC isquêmico já nas primeiras seis horas após o surgimento dos sintomas, na fase hiperaguda precoce do AVCI.

São sinais sutis para médicos inexperientes, mas que podem e devem ser ressaltados durante treinamentos, a fim de aprimorar o socorro ao doente crítico.

Basicamente, é possível observar três fenômenos principais, como detalha este estudo.

Comento cada um deles abaixo.

Edema isquêmico

É consequência do acúmulo de água dentro das células, provocado pela isquemia.

Na tomografia, aparece através de hipodensidade do parênquima cerebral.

Isso torna difícil diferenciar a substância cinzenta da substância branca.

Sinal da artéria hiperdensa (SAH)

Mais frequente na artéria cerebral média, o SAH consiste numa coloração clara de um vaso sanguíneo, fruto de oclusão.

Conforme o estudo que mencionei acima,

“Isto é consequência do fato de os coágulos possuírem maior absorção em TAC do que o sangue em movimento, sendo visíveis como zonas hiperdensas ao longo do trajeto das artérias intracranianas”.

Edema cerebral

Na TC craniana, pode ser expresso através de apagamento dos sulcos corticais e/ou compressão do ventrículo lateral homolateral.

Surge como resultado do edema isquêmico ou vasodilatação.

Como laudar uma tomografia computadorizada de crânio?

De acordo com o Conselho Federal de Medicina, o laudo da tomografia de crânio deve ser elaborado e assinado por radiologistas qualificados.

Eles detêm conhecimentos profundos sobre as imagens tomográficas, seus padrões e anormalidades que indicam doenças.

Usando esses saberes, descrevem no laudo médico os achados observados na interpretação da TC, relacionando-os às manifestações clínicas apresentadas.

Contar com a expertise de um especialista na avaliação da tomografia craniana é bastante útil para determinar o tratamento adequado.

Telemedicina agiliza o diagnóstico de AVC isquêmico na tomografia

Como adiantei na introdução do texto, o AVCI é tempo-dependente, exigindo ações rápidas para prevenir o comprometimento de funções cerebrais.

Contudo, nem sempre é simples analisar uma tomografia craniana, em especial quando a unidade de saúde não conta com radiologistas em seu quadro de funcionários.

A boa notícia é que dá para contatar esses especialistas à distância com rapidez, usando a plataforma de Telemedicina Morsch.

Nosso sistema disponibiliza avaliação por videoconferência para urgências e casos complexos, permitindo que sua equipe discuta diretamente com um radiologista experiente.

Também fornecemos laudos de tomografia em minutos no mesmo software, bastando que as imagens da TC sejam enviadas ao nosso PACS.

Em seguida, um radiologista de plantão analisa e interpreta os achados, considerando a suspeita clínica, sintomas e histórico do paciente.

Ele produz e assina o laudo digitalmente, liberando o documento em seguida no sistema.

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Conclusão

Ao final deste artigo, espero ter contribuído para simplificar a identificação do AVC isquêmico na tomografia.

Se ficou alguma dúvida ou sugestão, escreva um comentário.

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