Tratamentos para arritmia cardíaca: veja quais são e como funcionam
A escolha entre os tratamentos para arritmia cardíaca é definida pelo tipo de anomalia identificado.
Após o diagnóstico, cabe ao arritmologista ou cardiologista determinar se a terapia vai incluir fármacos, procedimentos cirúrgicos e/ou implantação de dispositivos.
As combinações entre as alternativas acima e a adoção de hábitos saudáveis são comuns, contribuindo para a redução da morbidade e mortalidade devido a eventos cardiovasculares.
Nos próximos tópicos, trago mais informações sobre as opções de tratamento, como funcionam e de que forma a telemedicina cardiológica dá suporte ao diagnóstico das arritmias.
Se o assunto interessa, acompanhe até o final.
Quais os tratamentos para arritmia cardíaca?
Existem diversos tratamentos para arritmia cardíaca, e até mesmo arritmias que não precisam de tratamento.
Ainda que sejam permanentes, algumas alterações na frequência ou condução dos batimentos são inofensivas e sem significado clínico, o que dispensa a abordagem terapêutica.
Naturalmente, pacientes com essas anormalidades devem ser monitorados pelo cardiologista, realizando checkup cardiológico periodicamente para evitar complicações.
Contudo, outros tipos de arritmia são provocados por doenças cardiovasculares, representando ameaça à saúde ou até à vida.
Daí a importância de que sejam diagnosticadas e tratadas corretamente.
A seguir, comento as abordagens terapêuticas mais comuns nesses casos, que podem ser usadas como monoterapia ou junto a outras medidas.
Cardioversão elétrica
Também conhecida como desfibrilação, essa técnica consiste em aplicar um ou mais choques no miocárdio usando, geralmente, um desfibrilador automático externo (DEA).
A cardioversão é bastante empregada em salas de emergência ou ambulâncias, a fim de reverter arritmias potencialmente fatais como a fibrilação ventricular (FV).
Seu objetivo é reiniciar os batimentos, permitindo a normalização do ritmo cardíaco.
Fármacos antiarrítmicos para cardioversão química e manutenção
Arritmias de padrão rápido (taquicardias) podem ser tratadas com o auxílio de medicamentos que diminuem o ritmo do coração.
Betabloqueadores e bloqueadores dos canais de cálcio estão entre os mais populares, contudo, outras classes de medicamentos podem ser utilizadas caso eles não tenham o efeito desejado.
Ablação por cateter de radiofrequência
Passando às terapias invasivas, há casos que se beneficiam da eliminação de áreas doentes do músculo cardíaco, responsáveis pela arritmia.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas, a ablação por cateter está indicada quando não for possível atingir o resultado desejado apenas com medicamentos, ou quando o paciente deseja efeito duradouro.
Ainda conforme a SOBRAC:
“Antes da cirurgia de ablação é realizado o estudo eletrofisiológico do coração. Um cateter elétrico sensível é usado para mapear o músculo cardíaco e as origens da atividade elétrica ‘extra’ do órgão. O mapa indica quais as áreas problemáticas dos sinais elétricos que interferem no ritmo cardíaco. Prosseguindo, o médico realiza a ablação, ou seja, a destruição do tecido para cicatrizar as áreas com problemas, que então deixarão de enviar sinais anormais. O procedimento é minimamente invasivo, geralmente bem sucedido e o coração volta a seu ritmo normal. O paciente tem um curto período de recuperação”.
Implante de dispositivos cardíacos eletrônicos (DCEI)
Outro procedimento invasivo é, normalmente, destinado à correção de arritmias de padrão lento (bradicardias).
Falo da inserção cirúrgica de marcapasso cardíaco, um dispositivo eletrônico colocado abaixo da clavícula e conectado ao coração através de pequenos eletrodos.
Sua função é manter o miocárdio batendo num ritmo regular, por meio do envio de estímulos elétricos periodicamente.
Em caso de arritmias perigosas, pode-se optar pelo implante de um cardioversor desfibrilador implantável (CDI) que, além de servir como marcapasso, evita a parada cardíaca ao emitir choques elétricos quando detecta ritmos patológicos.
Arritmia cardíaca tem cura?
Na verdade, depende da arritmia.
A regra é que arritmia cardíaca tem tratamento contínuo.
Algumas são passageiras, desencadeadas por condições transitórias como o uso de certos medicamentos.
Nesse cenário, basta eliminar a causa para que o ritmo cardíaco seja normalizado.
Outras vezes, é possível corrigir a arritmia com o uso de um dispositivo cardíaco eletrônico por um período curto, por exemplo, após um infarto agudo do miocárdio (IAM).
No entanto, muitas arritmias não têm cura e necessitam de tratamento contínuo para prevenir agravos à saúde do paciente.
Como funciona o procedimento médico para arritmia cardíaca?
Conforme expliquei acima, existe mais de um procedimento médico empregado para tratar arritmias.
A ablação por cateter é uma técnica minimamente invasiva, indicada para reverter taquiarritmias via destruição de uma área cardíaca.
Já a implantação de marcapasso corrige bradiarritmias através da estimulação elétrica contínua.
Arritmias potencialmente fatais podem ser combatidas com o suporte do cardioversor desfibrilador implantável (CDI), que aplica choques para corrigir os batimentos.
Como ocorre o diagnóstico da arritmia cardíaca?
O diagnóstico parte do exame clínico completo, a fim de conhecer o histórico do paciente, sintomas e tratamentos atuais.
Nem sempre as arritmias são percebidas pelo doente, porém, pode haver manifestações clínicas como:
- Tontura
- Fadiga
- Síncope ou diminuição do nível de consciência.
Diante desses sinais, vale realizar exames complementares para confirmar o diagnóstico, começando pelo eletrocardiograma.
O ECG permite verificar a frequência cardíaca, detectando arritmias de padrão rápido, lento e descompassos.
Mais detalhes sobre as cavidades e paredes cardíacas são obtidos por meio do ecocardiograma.
Dependendo do quadro, será útil solicitar também:
- Teste ergométrico para analisar o comportamento do coração sob esforço
- Holter, a fim de identificar arritmias silenciosas ou que surgem apenas em determinados momentos do dia
- Estudo eletrofisiológico do coração
- Angiografia coronariana ou cateterismo cardíaco.
Na sequência, explico como a telemedicina contribui com o diagnóstico cardíaco.
Benefícios da telemedicina nos diagnósticos da cardiologia
Já ouviu falar em telemedicina cardiológica?
Essa especialidade viabiliza a oferta de serviços cardiológicos a distância, suprindo a demanda por especialistas para interpretar exames complementares, por exemplo.
Com o telediagnóstico, dá para delegar essa atividade ao time da Telemedicina Morsch, bastando que a equipe local compartilhe os registros dos exames no sistema de telemedicina.
Em seguida, um de nossos cardiologistas de plantão avalia os achados sob a luz da suspeita clínica e do histórico do paciente, elaborando e inserindo sua assinatura digital no laudo online.
Desse modo, o resultado fica pronto em minutos, conferindo agilidade ao diagnóstico de arritmias e outras patologias.
Comece a aproveitar as vantagens da telecardiologia hoje mesmo.
Conclusão
Ao final deste texto, espero ter esclarecido tudo sobre os principais tratamentos para arritmia cardíaca e suas indicações.
Se achou o conteúdo interessante, compartilhe com seus contatos.
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