Gabapentina: para que serve, receita e como tomar
Gabapentina é um fármaco usado no controle de dores relacionadas ao sistema nervoso e convulsões.
Ele pode ser encontrado em cápsulas de 300 mg e 400 mg ou comprimidos de 400 mg e 600 mg.
Precisa de uma receita médica para este remédio?
Nos próximos tópicos, explico as regras para uso seguro e trago mais informações sobre como tomar.
Acompanhe até o final para conferir como a telemedicina facilita o acesso a medicamentos.
O que é gabapentina?
Gabapentina é um medicamento anticonvulsivante capaz de conter espasmos e promover relaxamento muscular.
Embora não tenha muitas contraindicações, é vendido em embalagens com tarja vermelha e deve ser tomado apenas sob prescrição médica.
Isso porque o fármaco age sobre o sistema nervoso central (SNC), o que expõe o paciente a riscos como dependência e tolerância.
Para que serve gabapentina
A gabapentina serve para tratar problemas nervosos, em especial dores e movimentos involuntários desencadeados por distúrbios como a epilepsia.
O mecanismo de ação da substância ainda não está totalmente esclarecido, mas já se sabe que ela regula o trânsito das mensagens entre as células do sistema nervoso.
Por consequência, o fármaco diminui a atividade excitatória de neurônios e nervos, controlando respostas incômodas ao paciente.
Principais indicações
De acordo com a bula, a gabapentina é indicada para:
- Tratamento da dor neuropática (dor devido à lesão e/ou mau funcionamento dos nervos e/ou do sistema nervoso) em adultos
- Como monoterapia (uso apenas de gabapentina) e terapia adjunta das crises epilépticas parciais (convulsões), com ou sem generalização secundária (crise com maior comprometimento do sistema nervoso central acompanhado de perda de consciência).
Existem ainda usos off label adotados por médicos, ou seja, prescrições que não constam na bula.
Síndrome das pernas inquietas, tremores e neuropatia diabética dolorosa são exemplos dessas indicações, que também são seguras quando prescritas e monitoradas pelo médico.
Como tomar gabapentina
Como mencionei na abertura do texto, a gabapentina pode ser adquirida em cápsulas de 300 mg e 400 mg ou comprimidos de 400 mg e 600 mg.
Procure tomar o medicamento sempre no mesmo horário, começando por doses noturnas – pois um dos efeitos colaterais é aumento do sono.
O fármaco pode ser engolido com ou sem alimentos.
As cápsulas não devem ser cortadas ou esmagadas.
Já o comprimido de 600 mg pode ser partido, se necessário, para a administração de doses de 300 mg.
Tome a dose prescrita conforme a receita médica, respeitando o período de ajuste da dosagem.
Geralmente, a prescrição segue o indicado:
- Epilepsia: dose eficaz entre 900 mg/dia e 3600 mg/dia. É sugerido o uso de 300 mg, 3 vezes ao dia no 1º dia, ou ajustando-se a dose conforme de forma progressiva, após análise da resposta ao tratamento. O intervalo máximo entre as doses não deve ultrapassar 12 horas para evitar a reincidência de convulsões
- Dor neuropática: a dose eficaz estudada fica entre 900 mg/dia e 3600 mg/dia. A quantidade costuma ser administrada em 3 doses diárias de 300 mg no 1º dia, ou ajustando-se a dose de acordo com o objetivo e resposta ao tratamento.
A seguir, esclareço sobre a receita de gabapentina.
Receita de gabapentina
A gabapentina só pode ser comprada mediante a apresentação da receita branca C1.
O que significa que o fármaco faz parte da lista de remédios controlados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por se tratar de um anticonvulsivante, ele pertence à lista C1, que inclui ainda antiparkinsonianos, antidepressivos e antipsicóticos.
A prescrição desses medicamentos é feita por receita de controle especial, emitida em duas vias.
A primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, servindo para o monitoramento por parte da Anvisa, enquanto a segunda via permanece com o paciente ou cuidador, tendo por objetivo fornecer as orientações necessárias para um tratamento bem-sucedido.
A receita de gabapentina tem validade de 30 dias contados a partir da data seguinte à prescrição, em todo o território nacional.
O documento pode liberar remédio suficiente para até 60 dias de tratamento, a critério médico.
Dúvidas frequentes sobre gabapentina
Confira nesta seção respostas para questões comuns sobre o medicamento.
Quem não deve tomar gabapentina?
O fármaco é contraindicado para:
- Pacientes menores de 12 anos
- Quem tem alergia a qualquer dos componentes da fórmula
- Gestantes, a não ser que tenham prescrição do obstetra.
Pessoas que tenham doenças renais, histórico de dependência química ou estejam fazendo dieta para controlar potássio ou sódio também devem informar ao médico e intensificar os cuidados para não sofrer reações adversas.
Quais os efeitos colaterais da gabapentina?
Nem todos os pacientes experimentam reações adversas ao tomar gabapentina.
No entanto, algumas das mais comuns são:
- Sonolência
- Tontura
- Problemas na coordenação motora
- Diarreia
- Náusea
- Vômito
- Má digestão
- Dor de cabeça
- Dor lombar (nas costas)
- Inchaço generalizado
- Boca ou garganta seca
- Perda de memória
- Confusão mental.
Qualquer reação deve ser informada ao médico.
Qual a tarja do gabapentina?
Trata-se de um fármaco de tarja vermelha na embalagem, acompanhada pela frase: “Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita”.
Quando posso parar de tomar gabapentina?
Tanto o início quanto a interrupção do uso de gabapentina devem ser feitos sob orientação do médico.
Parar de tomar por conta própria é perigoso, devido à ação do medicamento sobre o sistema nervoso central.
Na própria bula, há um alerta para a interrupção abrupta, que pode desencadear a volta das convulsões e outros incômodos de forma intensa.
Ou até provocar estado de mal epilético, no qual as crises são frequentes, sem intervalos e de difícil controle.
Conclusão
Gostou de conhecer melhor os efeitos da gabapentina?
Vale lembrar que a automedicação coloca a saúde em risco, portanto, só tome esse fármaco conforme a prescrição médica.
Se estiver sofrendo com convulsões ou dores que parecem ter origem nervosa, marque uma consulta com neurologista ou clínico geral.
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