Administração de medicação endovenosa: indicações, exemplos e cuidados
Administrar medicação endovenosa é uma tarefa corriqueira para os profissionais de enfermagem.
Seja durante emergências, urgências, em pacientes internados ou home care, é comum que essa atividade ocupe parte da rotina das equipes.
A escolha considera, em especial, a vantagem da rápida absorção quando comparada a outras vias de administração de medicamentos.
No entanto, ela exige alguns cuidados para prevenir infecções e ferimentos.
E ainda garantir uma assistência de qualidade nos serviços de saúde.
Acompanhe nas próximas linhas detalhes sobre o uso dessa via, suas indicações e quais precauções tomar.
No final, confira também um bônus para reforçar o treinamento com a telemedicina.
Medicação endovenosa: o que é?
Medicação endovenosa é aquela ministrada diretamente na veia do paciente.
Ela pode ser feita por acesso venoso periférico ou profundo.
A classificação endovenosa descreve um tipo de via parenteral, indicando oposição à via enteral.
O que, em outras palavras, significa que a medicação não é absorvida pelo intestino, pois não passa pelos órgãos do sistema digestivo.
Em vez disso, a substância é liberada na corrente sanguínea, com o potencial de desencadear um efeito sistêmico no organismo.
Como funciona a administração de medicação endovenosa
A administração de medicação endovenosa é realizada por meio de punção venosa, o que exige um profissional capacitado.
Como mencionei na abertura do artigo, é natural que essa tarefa seja conduzida pelo time de enfermagem.
Existem vários materiais orientando a respeito do procedimento correto para ministrar a medicação endovenosa.
Um exemplo está neste guia (em pdf), que traz as seguintes recomendações sobre a punção:
- Primeiro, o profissional deve calçar luvas de procedimentos
- Em seguida, checar a permeabilidade do acesso venoso, observando se o local apresenta sinais flogísticos (dor, calor e rubor)
- Fechar o clamp de controle de fluxo do acesso venoso, no caso de o paciente estar recebendo hidratação contínua
- Realizar a desinfecção das conexões e injetores (entrada das vias do extensor) do circuito, utilizando gaze estéril e álcool a 70%
- Abrir a via do extensor do equipo que será utilizado, com o auxílio da gaze
- Introduzir a seringa na via do extensor
- Proteger a tampa do extensor com gaze e deixá-la na bandeja
- Certificar-se de não haver bolhas de ar no interior da seringa ou circuito com medicação
- Injetar o medicamento de forma lenta.
Qual a diferença das vias endovenosa e intravenosa?
O vocabulário da área da saúde tende a gerar confusões, principalmente entre profissionais em início de carreira.
Uma delas está na diferenciação dos termos via endovenosa ou intravenosa, quando, na verdade, ambas descrevem o mesmo tipo de via de administração de medicamentos.
Portanto, você pode citar a via intravenosa ou endovenosa, pois são sinônimos.
Indicações da medicação endovenosa
Há diversas indicações para a administração de medicação endovenosa, a exemplo de:
- Injeção de medicações que devem ser absorvidas de forma imediata, como durante um atendimento emergencial
- Recuperação do equilíbrio hidroeletrolítico
- Infusão de soluções hipertônicas, pela maior facilidade de serem diluídas no sangue
- Ministração de medicamentos que poderiam irritar o trato digestivo
- Infusão de grandes volumes de líquidos
- Administração contínua de medicação, que requer doses lentas e controle rígido.
Exemplos de medicamentos por via endovenosa
Dependendo da condição clínica do paciente e do tratamento prescrito, diferentes medicamentos podem utilizar a via endovenosa.
Essas medicações podem se apresentar como soluções hipertônicas, isotônicas, hipotônicas, sais orgânicos, eletrólitos etc.
Em caráter emergencial, uma das mais conhecidas é a adrenalina, utilizada para reanimar o doente devido ao seu efeito estimulante ao músculo cardíaco.
Entre as ministradas de maneira lenta e contínua, vale destacar os antibióticos que combatem infecções bacterianas, por exemplo.
Cuidados de enfermagem na administração de medicamentos por via endovenosa
Comentei antes sobre a necessidade de higienizar as mãos e itens utilizados para fazer a punção que viabiliza a liberação dos medicamentos diretamente na veia.
Além da necessidade de utilizar luvas descartáveis e conferir se não se formaram bolhas de ar no interior da seringa ou circuito com medicação.
Cuidados adicionais focam na prevenção de infecções e atendimento humanizado.
Para evitar contaminações decorrentes do procedimento invasivo, vale usar apenas insumos esterilizados e prestar atenção nas possíveis reações adversas.
Febre, sudorese, calafrios, cianose e queda da pressão arterial estão entre as reações que podem surgir durante a terapia intravenosa.
Contudo, elas devem passar assim que a infusão for finalizada.
Caso contrário, é provável que haja alguma infecção ou outro agravo à saúde.
Daí a importância de monitorar o paciente de perto, verificando qualquer alteração em sua condição clínica.
A equipe de enfermagem também deve se atentar à humanização, começando pela cautela na hora de inserir a agulha na veia.
Esse procedimento costuma provocar dor, por isso, é preciso destreza e cuidado para diminuir o desconforto.
Evite fazer a punção em locais sensibilizados, por exemplo, áreas feridas, inflamadas ou com nódulos.
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Conclusão
Ao final deste artigo, espero ter contribuído para aprofundar seus conhecimentos sobre a administração de medicação endovenosa.
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É assim que a tecnologia contribui para qualificar a assistência em saúde.
Se ficou alguma dúvida ou sugestão, escreva um comentário abaixo.
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