Qual a diferença entre asma e bronquite e quando procurar um médico
Entender a diferença entre asma e bronquite é importante para buscar o tratamento adequado.
Ainda que as duas doenças provoquem sintomas como falta de ar e tosse, elas têm causas e implicações distintas.
Com o diagnóstico correto em mãos, fica mais fácil controlar crises, evitando que a condição se agrave e melhorando a qualidade de vida do paciente.
Nas próximas linhas, explico os diferentes sinais de asma e bronquite, o que elas têm em comum e como são tratadas.
Acompanhe até o final para também ver dicas para saber quando é preciso procurar ajuda médica.
Qual a diferença entre asma e bronquite?
A principal diferença entre asma e bronquite está na causa dessas doenças.
Enquanto a asma é desencadeada por um processo alérgico, a bronquite costuma surgir de uma infecção provocada por vírus ou bactérias.
Ambos os processos levam a inflamações nas vias aéreas inferiores, chamadas brônquios e bronquíolos, que fazem parte dos pulmões.
Em pessoas asmáticas, os bronquíolos são sensíveis a determinados agentes alérgicos, como cheios fortes, poeira e fumaça.
Após ser exposto e inalar esses agentes, o paciente sofre com crises de falta de ar e respiração rápida.
Ouça o conteúdo deste artigo sobre diferença entre asma e bronquite no formato de podcast no youtube.
Em geral, são acompanhadas por chiado no peito e tosse seca.
Apesar de bastante incômoda, a crise de asma pode ser controlada com uso da bombinha, que contém medicamentos broncodilatadores.
Quando não está passando por uma crise, o paciente asmático se sente bem e consegue levar uma vida normal.
Já quem sofre de bronquite tem tosse persistente e com expectoração (muco), além da sensação de aperto no peito e mal-estar.
Dependendo do tipo de bronquite (aguda ou crônica), as crises podem durar dias, semanas ou até meses.
Ou seja, os sintomas demoram mais para desaparecer em quadros de bronquite do que de asma.
Por outro lado, a asma é sempre uma doença crônica, com crises que vêm e voltam, enquanto a bronquite aguda se cura de forma espontânea depois de algumas semanas.
Entendendo o que é asma
Na definição da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI):
“Asma é uma obstrução brônquica, geralmente ocasionada por um processo alérgico, que leva à inflamação dos brônquios, provocando falta de ar, sibilância, tosse, dor no peito e opressão torácica.”
Essa inflamação se dá pela alta sensibilidade do pulmão asmático, que tem origem desconhecida e provável ligação com fatores genéticos.
Como citei antes, as crises de asma são provocadas por agentes ambientais, que iniciam um processo alérgico de inflamação das vias aéreas inferiores.
O resultado é um inchaço nos bronquíolos, o que diminui o canal para a passagem do ar, dificultando a respiração.
A asma é mais comum em crianças. Para se ter uma ideia, estima-se que ela afete 20% desse público no Brasil.
No planeta, a doença atinge 262 milhões de indivíduos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
As crises podem ser reduzidas com o passar do tempo, chegando até a desaparecer.
Porém, enquanto a doença está ativa, o paciente vivencia momentos de melhora intercalados aos de crise, quando precisa recorrer à bombinha.
Como a enfermidade é crônica, o ideal é que as pessoas asmáticas sejam acompanhadas por um médico de confiança.
Casos leves podem ser tratados pelo pediatra ou clínico geral, porém, é mais indicada a assistência de um especialista – o pneumologista.
E o que é bronquite?
A bronquite pode ser definida como o processo inflamatório dos brônquios, desencadeado por um agente infeccioso.
Diferente do que ocorre com a asma, seus sintomas não pioram diante de agentes alérgicos.
Existem dois tipos de bronquite: aguda e crônica.
A bronquite aguda é mais conhecida, sendo causada por infecção por vírus ou bactéria, e pode ser curada de maneira espontânea.
Depois de ficar gripado, por exemplo, o paciente vê uma complicação em sua condição clínica, apresentando tosse persistente com muco.
É normal que sinta mal-estar junto à tosse durante a progressão da doença, que tende a melhorar depois de alguns dias ou semanas.
Já a forma mais grave, chamada bronquite crônica, é causada pela deterioração das vias aéreas depois de serem expostas a substâncias prejudiciais por um longo tempo, como o cigarro.
Essa exposição machuca as paredes dos bronquíolos, que tentam se curar, mas acabam ficando espessas por causa das cicatrizes.
Assim, o espaço para passagem do ar durante a respiração diminui de modo permanente.
E isso leva a um quadro de falta de ar e cansaço contínuo.
Mesmo que receba tratamento, quem sofre com bronquite crônica está sujeito à piora com o passar do tempo.
Inclusive, pode precisar receber oxigênio para respirar.
Quais as semelhanças entre asma e bronquite?
Depois de falar sobre a diferença entre asma e bronquite, vamos às semelhanças.
Você já deve ter escutado as expressões “bronquite asmática” e “bronquite alérgica” para se referir à asma.
Embora esses termos ajudem a confundir uma doença com a outra, eles também indicam como são parecidas.
Para começar, as duas provocam inflamações nos brônquios e bronquíolos, que são as vias por onde o ar entra e sai dos pulmões.
Essas inflamações diminuem o espaço para circulação do ar, resultando em dificuldades para respirar.
É a famosa falta de ar sentida pelo paciente.
Na asma, essa condição é temporária e revertida rapidamente pelo uso da bombinha.
Na bronquite crônica, a diminuição do calibre das vias aéreas é permanente e vai se agravando com os anos.
Falando em sintomas, a tosse é comum para ambas as doenças, refletindo a irritação das vias aéreas.
Vamos ver outras manifestações
Dor no peito e chiado
Outro sinal observado tanto na bronquite quanto na asma é o broncoespasmo, ou seja, a contração da musculatura dos brônquios por causa da inflamação.
É essa condição que causa a sensação de opressão e dor no peito, que pode ser acompanhada por um chiado ou sibilo.
Vale esclarecer que o chiado é mais alto em pessoas asmáticas, mas pode ser percebido pelo médico durante a avaliação de indivíduos com bronquite aguda.
Exames para diagnóstico
O diagnóstico de asma e bronquite requer uma entrevista detalhada, na qual o médico analisa a duração dos sintomas, história familiar e hábitos do paciente.
Essa entrevista, chamada anamnese, é muito importante, pois vai mostrar, por exemplo, se as crises acontecem em decorrência de agentes externos.
Nesse caso, é provável que seja asma.
Assim como uma avaliação de paciente que fumou durante anos tem maiores chances de detectar uma bronquite crônica.
Para qualificar o diagnóstico, é comum que o pneumologista peça exames complementares como raio X de tórax e espirometria.
No raio X torácico, será possível visualizar os pulmões para verificar se existe alguma alteração.
Esse teste usa radiação ionizante para captar imagens do peito, formando um tipo de fotografia interna que ajuda a diagnosticar problemas no trato respiratório.
Espirometria ou teste do sopro é um exame que mede a capacidade pulmonar do paciente, mostrando a quantidade de ar que entra e sai para saber se o pulmão está funcionando normalmente.
Pioram nas estações frias e secas
É comum que as crises de asma e bronquite piorem com o clima frio, e existem algumas razões para isso.
No caso da asma, o frio dificulta a dispersão de poeira e outras partículas na atmosfera, o que aumenta a exposição a possíveis agentes alérgicos.
Já a bronquite aguda tem maiores chances de surgir porque o muco fica mais espesso com o ar frio e seco, atrapalhando sua eliminação pelos pulmões.
Assim, vírus e bactérias que tenham sido inalados permanecem nas vias aéreas, provocando infecções.
Atenção aos sintomas de asma e bronquite
Embora exista diferença entre asma e bronquite, como vimos até aqui, há sintomas em comum, como:
- Tosse
- Falta de ar
- Cansaço
- Pressão no peito.
Agora, listo os sintomas específicos para asma:
- Chiado ou sibilo
- Tosse seca
- Respiração rápida
- Dificuldade para encher os pulmões de ar.
Por fim, os sintomas relacionados à bronquite:
- Tosse carregada
- Dores de cabeça
- Mal-estar (sem febre).
Diferença entre asma e bronquite no tratamento
Como em qualquer outra doença, o tratamento depende dos agentes que provocam ou pioram os sintomas.
Até porque asma e bronquite crônica não têm cura, mas têm controle.
Quem sofre com asma pode apresentar uma melhora considerável a partir do controle ambiental, se mantendo afastado dos agentes alérgicos.
São indicados cuidados no dia a dia, como:
- Manter os cômodos da casa e do trabalho limpos e livres de poeira
- Evitar perfumes ou produtos de limpeza com cheiros fortes
- Lavar as roupas guardadas por muito tempo antes de usá-las
- Retirar tapetes, bichos de pelúcia e cortinas que não forem necessários, pois eles acumulam ácaros e poeira.
Além das medidas ambientais, o médico pode receitar um medicamento de uso contínuo (corticoide inalatório).
Ele serve para prevenir as crises e outro de emergência, que deve ser usado se o paciente sentir falta de ar.
Diante de uma crise, é comum o uso de broncodilatadores e bombinhas.
Tratamento para bronquite
O tratamento para bronquite crônica se concentra na melhora da qualidade de vida do paciente e em evitar a progressão da doença.
Aspectos comportamentais, como parar de fumar, são fundamentais para o sucesso das medidas de controle, pois a fumaça do cigarro destrói os bronquíolos.
Afetadas, as vias respiratórias não respondem tão bem aos broncodilatadores, continuando com uma passagem restrita para o ar.
Medicamentos anti-inflamatórios costumam ter efeito temporário, exigindo um tratamento contínuo.
Já a bronquite aguda tende a se curar espontaneamente, mas nem por isso os sintomas podem ser ignorados.
Se for causada por bactéria, ela é combatida por meio de antibióticos.
Se a infecção se deu por um vírus, inalações, uso de remédios analgésicos e descongestionantes podem ser receitados.
Quando procurar um médico?
Se você mora em uma região urbanizada, deve estar acostumado à poluição e até a sofrer com doenças respiratórias crônicas.
Rinite e sinusite estão entre as mais comuns, desencadeando sintomas como espirros, coceira no nariz e nos olhos, dor de cabeça e indisposição.
O problema é que essas doenças podem mascarar os sintomas iniciais da asma e da bronquite, como tosse e cansaço.
Portanto, a dica é ficar alerta caso os sintomas iniciais comecem a se agravar.
Principalmente se você tiver dificuldades para respirar por mais de alguns minutos, o que pode evoluir para complicações graves.
Nessa situação, procure o pronto-socorro mais próximo ou chame uma ambulância.
Também chiado, rouquidão e tosse persistente são sintomas preocupantes, em especial se aparecerem ao mesmo tempo.
Acompanhe seu progresso de perto e consulte um pneumologista para adotar medidas preventivas, como o uso da bombinha e/ou de aparelhos para inalação.
Ao notar sintomas constantes, ainda que leves, marque uma consulta com um pneumologista, clínico ou pediatra para que eles possam investigar as causas e recomendar o melhor tratamento.
Lembre que a automedicação pode piorar o quadro, por isso, só use remédios sob prescrição médica.
Teleconsulta: sua melhor opção para asma e bronquite
Você já deve ter percebido a necessidade de monitoramento médico para os casos de asma e bronquite.
Afinal, é o profissional quem está capacitado para fazer o diagnóstico, pedir exames, orientar e conduzir o tratamento junto com o paciente e familiares.
Mas como seguir com essa assistência em tempos de pandemia por um vírus respiratório, como o coronavírus?
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Conclusão
Agora que já sabe a diferença entre asma e bronquite, não deixe de buscar assistência médica quando perceber os sintomas.
Graças ao avanço da tecnologia, você pode receber orientação especializada sem sair de casa.
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