Oxcarbazepina: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 29 de março de 2024
Oxcarbazepina

Quer saber como funciona, quais as indicações e precauções ao tomar oxcarbazepina?

Então, chegou ao lugar certo, pois este texto informa tudo o que precisa saber.

Começo esclarecendo que esse remédio controlado pode ser adquirido em comprimidos revestidos de 300 mg e 600 mg.

Apresento essas e outras informações nos tópicos abaixo e explico um caminho simples para solicitar a receita médica online com o apoio da telemedicina.

Acompanhe até o final e fique por dentro.

O que é oxcarbazepina?

Oxcarbazepina é um fármaco anticonvulsivante conhecido pela alta tolerabilidade.

Significa que ele apresenta menos efeitos colaterais que outros medicamentos similares, diminuindo riscos durante o tratamento.

No entanto, o uso seguro pede que a recomendação médica seja seguida à risca.

Para que serve oxcarbazepina

O remédio serve para tratar transtornos neurológicos, com destaque para as crises epilépticas.

Seu mecanismo de ação diminui a excitação dos neurônios (células cerebrais), suprimindo ou reduzindo a frequência de descargas elétricas desordenadas que provocam as crises.

Devido a esse efeito, a oxcarbazepina pode ser usada tanto em monoterapia (como único medicamento) ou combinado a outros fármacos.

É o caso daqueles utilizados para combater a epilepsia e outras condições que desencadeiam crises convulsivas.

Principais indicações

Conforme detalha a bula, o fármaco é indicado para diferentes tipos de convulsão:

  • Crises parciais (convulsões simples, complexas e secundariamente generalizadas)
  • Crises generalizadas tônico-clônicas ou crises de ausência.

Lembrando que outras indicações dependem de avaliação médica.

Como tomar oxcarbazepina

Os comprimidos revestidos de 300 mg e 600 mg devem ser tomados de acordo com a prescrição médica.

Não corte, mastigue ou amasse os comprimidos.

Caso tenha dificuldade para engolir os de 600 mg, é possível parti-los, mas você deve tomar as duas metades para completar uma mesma dose.

Use um copo d’água para ajudar a engolir o medicamento.

Falo sobre os esquemas terapêuticos comuns abaixo:

  • Adultos e idosos: a dose inicial habitual é de 600 mg por dia, dividida em duas tomadas de 300 mg ao dia. Esta dose pode ser aumentada gradualmente, se necessário. As doses de manutenção ficam, geralmente, entre 600 e 2.400 mg ao dia. A dose máxima pode atingir, em casos excepcionais, 4.200 mg por dia
  • Crianças: o cálculo da dose depende do peso da criança, e será feito pelo médico. A dose inicial é de 8 a 10 mg por kg de peso corporal por dia, administrada em duas doses divididas. Se necessário, esta dose pode ser aumentada gradualmente até que os melhores resultados sejam obtidos. A dose de manutenção usual para uma criança é de 30 a 46 mg por kg de peso corporal por dia. A dose máxima corresponde a 60 mg por kg de peso corporal por dia.

Você pode tirar outras dúvidas recorrendo à bula do remédio, ao médico e ao farmacêutico.

Receita de oxcarbazepina

O acesso a esse medicamento exige uma receita C1.

Ou seja, uma receita de controle especial, emitida em duas vias pelo neurologista, neuropediatra ou outro médico responsável pelo atendimento.

Assim, a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria, servindo para o monitoramento realizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Cabe ao órgão governamental coibir o abuso de substâncias potencialmente perigosas.

É o caso dos fármacos listados no grupo C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998.

Embora não apresentem risco tão alto quanto os remédios tarja preta, essas substâncias impactam o sistema nervoso central (SNC), o que pede cuidados de uso e prescrição diferenciada.

A segunda via da receita é devolvida ao paciente ou cuidador, a fim de que possa consultar a orientação médica sobre doses, horários, tempo de tratamento e outros detalhes sempre que necessário.

As duas vias têm cor branca, validade de 30 dias contados a partir da data seguinte à prescrição e podem dar acesso a produto suficiente para até 60 dias de tratamento.

Dúvidas frequentes sobre oxcarbazepina

Neste espaço, você encontra respostas para questões corriqueiras sobre o tratamento com oxcarbazepina.

Siga acompanhando.

Quais os efeitos colaterais da oxcarbazepina?

As reações adversas mais comuns são:

  • Cansaço
  • Dor de cabeça
  • Tontura
  • Sonolência
  • Náusea
  • Vômito
  • Visão dupla.

Em casos raros, podem ocorrer efeitos colaterais graves, a exemplo de falta de ar, sangramento, hematomas e até agravo das convulsões.

Reações alérgicas também podem surgir, desencadeando inchaço dos lábios, pálpebras, face, garganta ou boca, acompanhado de dificuldade de respirar, falar ou engolir.

Diante de sintomas intensos ou graves, procure ajuda médica imediata.

Qual a diferença entre carbamazepina e oxcarbazepina?

Ambos são fármacos anticonvulsivantes.

Entretanto, seu princípio ativo é diferente, sendo que a carbamazepina tem menor tolerabilidade, aumentando o risco de efeitos adversos nos pacientes.

Nesse cenário, a oxcarbazepina pode ser uma alternativa para pessoas sensíveis ao tratamento, embora tenha custo maior que a carbamazepina.

A dica para obter o melhor resultado é seguir a recomendação médica, que será personalizada conforme as necessidades e perfil do paciente.

Quanto tempo dura o tratamento com oxcarbazepina?

A duração do tratamento varia.

Afinal, ela depende do tipo e gravidade das crises convulsivas, além da resposta ao uso do medicamento.

Em alguns casos, a terapia com oxcarbazepina pede uso contínuo, sendo estendida por meses ou mesmo anos.

Cabe ao médico definir o período adequado, considerando a condição clínica, tolerabilidade e resultados do tratamento inicial.

Jamais pare de tomar o fármaco ou altere a dose por conta própria.

Quem toma oxcarbazepina pode ingerir álcool?

Não é recomendado.

A combinação com bebida alcoólica pode intensificar o efeito sedativo do remédio, colocando a saúde em perigo.

Conclusão

Ao final deste artigo, espero ter deixado você por dentro das principais informações sobre a oxcarbazepina.

Incluindo alguns riscos da automedicação, que eleva as chances de eventos adversos graves.

Se estiver sofrendo com convulsões ou outros sintomas de doenças do sistema nervoso, marque uma consulta com o neurologista para receber o diagnóstico e tratamento corretos.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin