Lamotrigina: para que serve, receita e como tomar
A lamotrigina é uma substância com efeito anticonvulsivante e que ajuda a estabilizar o humor.
Pode ser adquirida na forma de comprimidos de 25 mg, 50 mg ou 100 mg.
Nas próximas linhas, explico o seu mecanismo de ação, possíveis efeitos colaterais e como funciona a prescrição desse medicamento.
Trago também dicas para conseguir a sua receita médica online via telemedicina.
Você vai descobrir como é fácil, rápido e econômico ter acesso aos medicamentos que precisa.
O que é lamotrigina?
Lamotrigina é uma droga antiepiléptica (DAE), ou seja, que combate diferentes tipos de convulsões.
Esse fármaco impacta o sistema nervoso central (SNC), o que pede cautela para prevenir reações adversas.
Por isso, tome lamotrigina de acordo com a prescrição médica, respeitando os horários de uso e a duração do tratamento.
Para que serve lamotrigina
A lamotrigina serve para tratar crises convulsivas e sintomas de transtorno bipolar.
Dependendo do caso, pode ser empregada em monoterapia (de maneira isolada) ou em terapia combinada (associado a outras drogas antiepilépticas).
Seu mecanismo de funcionamento ainda não é totalmente conhecido, porém, a substância é capaz de inibir a liberação de neurotransmissores como o glutamato.
Por consequência, a atividade excitatória dos neurônios é diminuída, evitando crises epiléticas.
Principais indicações
Segundo informa a bula, o medicamento é usado para tratar:
- Crises convulsivas parciais: aquelas que afetam apenas uma parte do cérebro, como a perda súbita da força muscular nas pernas
- Crises convulsivas generalizadas: acometem mais de uma área do cérebro ao mesmo tempo, a exemplo da crise tônico-clônica, que combina perda de consciência, quedas, salivação exacerbada e gemidos.
Devido ao potencial de estabilizar o humor, a substância também pode ser indicada para o tratamento do transtorno bipolar.
Como tomar lamotrigina
Disponível em comprimidos de 25 mg, 50 mg ou 100 mg, a lamotrigina pode ser tomada com ou sem alimentos, pois eles não interferem na absorção do medicamento pelo organismo.
No horário indicado pelo médico, tome o comprimido inteiro, com a ajuda de um copo de água.
Não corte, mastigue ou esmague os comprimidos.
Vale lembrar que o tratamento é personalizado e, provavelmente, vai levar algum tempo até a dose ser ajustada à melhor quantidade para cada paciente.
De acordo com a bula do remédio, os seguintes fatores interferem no cálculo da dose ideal:
- Idade
- Peso
- Uso combinado de lamotrigina com outros medicamentos
- Presença de doença renal ou problemas no fígado.
A dose efetiva usual de lamotrigina para pacientes maiores de 12 anos está entre 100mg e 700mg por dia.
Receita de lamotrigina
Para adquirir lamotrigina, é preciso apresentar a receita C1.
Falo da receita de controle especial, emitida sempre em duas vias para permitir o rastreio por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Nesse cenário, a primeira via fica retida na farmácia ou drogaria no momento da compra, viabilizando o monitoramento da substância.
Enquanto a segunda via permanece com o paciente ou cuidador, pois contém recomendações médicas importantes para que o tratamento tenha o efeito desejado.
Essas regras de prescrição diferenciadas existem porque a lamotrigina é um remédio controlado, pertencente ao grupo C1 descrito na Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998. Além de anticonvulsivantes, esse grupo reúne fármacos antiparkinsonianos, antipsicóticos e antidepressivos.
São liberados por meio da receita branca, que tem validade de 30 dias – contados a partir da data seguinte à sua emissão.
O documento pode conter até três drogas da lista C1 e permitir a dispensação de medicamento para até 60 dias de tratamento.
Dúvidas frequentes sobre lamotrigina
Trago agora respostas para questionamentos comuns a respeito da lamotrigina.
Quem não pode tomar lamotrigina?
O fármaco é contraindicado para:
- Pessoas que tenham hipersensibilidade (alergia) a qualquer componente da fórmula
- Pacientes menores de 12 anos
- Gestantes e mulheres que estejam amamentando.
Além disso, avise o médico se:
- Tiver doenças nos rins ou fígado
- Já desenvolveu uma erupção cutânea depois de tomar lamotrigina ou outro remédio para tratamento de transtorno bipolar ou epilepsia
- Já sofre com meningite (inflamação das membranas que recobrem o cérebro) depois de utilizar lamotrigina
- Usar outro medicamento que contém lamotrigina.
Qualquer outra dúvida sobre o uso do medicamento deve ser discutida com o seu médico.
O que acontece se eu parar de tomar lamotrigina?
Como expliquei mais acima, a substância modifica o funcionamento do SNC.
Por isso, é preciso ter cuidado durante o tratamento, seguindo a orientação médica para prevenir agravos à saúde.
Quem interrompe o tratamento por conta própria pode voltar a sofrer com sintomas, a exemplo de crises convulsivas intensas.
Tem lamotrigina no SUS?
Sim, a lamotrigina está disponível via Sistema Único de Saúde (SUS).
A substância faz parte da linha de tratamento para transtorno bipolar, doença que pode afetar até 2 milhões de brasileiros.
Sua prescrição é feita por médicos do SUS conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), um guia para a orientação do diagnóstico, tratamento e acompanhamento das pessoas afetadas pela doença.
Quais os efeitos colaterais da lamotrigina?
Entre as reações adversas comuns, estão:
- Dor de cabeça
- Erupções cutâneas (exantema)
- Sonolência
- Ataxia (falta de coordenação dos movimentos musculares)
- Vertigem (impressão de que tudo gira)
- Diplopia (visão dupla)
- Visão turva
- Enjoo
- Vômito
- Nistagmo (movimento involuntário dos olhos)
- Tremor
- Insônia
- Agressividade
- Irritabilidade
- Cansaço
- Tontura
- Diarreia.
Em casos raros, pode ocorrer queda de cabelo e patologias mais graves, como a meningite asséptica.
Procure ajuda médica imediatamente diante de febre, enjoo, vômito, dor de cabeça, rigidez na nuca e extrema sensibilidade à luz.
Conclusão
Gostou de saber mais sobre a lamotrigina?
Desde que usada sob prescrição médica, a substância não oferece tanto perigo.
Portanto, evite práticas prejudiciais como a automedicação, mudanças ou descontinuidade no tratamento sem conhecimento do médico.
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