5 problemas do SUS e alternativas ao paciente

Por Dr. José Aldair Morsch, 13 de maio de 2021
Problemas no SUS no Brasil

Os problemas do SUS, nosso Sistema Único de Saúde, não chegam a ser novidade.

Da demora no atendimento à falta de profissionais e insumos, são muitos os obstáculos que prejudicam a assistência médica.

Segundo estimativas, 70% da população – mais de 148 milhões de brasileiros – depende dos serviços públicos para cuidar da saúde.

Isso nos dá uma boa ideia sobre o tamanho do desafio.

E, recentemente, ele ficou ainda maior.

Em todo o país, unidades de saúde se viram ainda mais sobrecarregadas com a urgência de atendimento aos pacientes infectados pelo coronavírus.

Consultas, exames, cirurgias eletivas e outros procedimentos acabaram ficando em segundo plano.

Como consequência, pacientes aguardando meses à espera de cuidados na rede pública.

Embora este texto fale sobre os problemas do SUS, também vou destacar soluções para eles.

Siga acompanhando para entender quais são as alternativas para melhorar o cenário da saúde no Brasil.

Problemas do SUS: como impactam o paciente?

Os problemas no Sistema Único de Saúde comprometem a qualidade no atendimento.

Afinal, impactam desde as demandas mais simples até as complexas.

Ao tentar agendar consultas eletivas, por exemplo, não é raro que o paciente se desgaste, tendo de aguardar por longos períodos.

Problemas no sistema único de saúde

Problemas do SUS no Brasil comprometem a qualidade da assistência médica à população

Para se ter uma ideia, o relatório sistêmico de fiscalização Saúde (Fisc Saúde 2016) do Tribunal de Contas da União mostrou que a média de consultas por habitante no Brasil ficou em 2,8.

A baixa quantidade de atendimentos colocou o país em 27ª posição, em um ranking de 30 nações que tiveram os serviços de saúde avaliados.

Muitas vezes, resta aos pacientes enfrentar o agravamento de suas doenças.

Outros vão diretamente ao pronto atendimento de grandes hospitais, onde ficam expostos a agentes de contaminação e precisam aguardar por horas para passar pela triagem.

Assim, a situação não melhora para quem busca socorro para urgências e emergências na rede pública.

De acordo com dados do IPEA citados nesta reportagem, esses setores tiveram a percepção mais negativa entre os serviços prestados pelo SUS.

Eles foram avaliados de forma ruim por 31,4% dos brasileiros. 

5 problemas no SUS (e suas soluções)

Além dos problemas do SUS que afetam diretamente a atenção básica e o pronto-socorro, o sistema enfrenta agravantes ligados à gestão e à assistência nas unidades.

Veja, abaixo, cinco fatores críticos com impactos negativos para a saúde pública no Brasil, junto a algumas soluções.

1. Falta de verba expõe problemas do SUS

O subfinanciamento é um problema antigo, citado por profissionais do SUS há anos.

Dados de 2019 revelam que o país destina somente 4% do PIB para a área da saúde, enquanto a média mundial fica em 11,7%.

A média per capita gasta com a saúde dos brasileiros é 30% mais baixa que a global.

Esses fatores colocam o Brasil em último lugar nos investimentos em saúde entre territórios desenvolvidos e emergentes, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Porém, a tecnologia pode ajudar a poupar despesas e aumentar a produtividade nas clínicas e hospitais.

Um exemplo são as plataformas de telemedicina.

Elas ajudam a reduzir gastos com a interpretação de exames ao entregar laudos online.

Tecnologia como solução de problemas

Tecnologias como a telemedicina podem solucionar parte dos problemas enfrentados no SUS

2. Falhas na gestão de insumos

O controle dos insumos necessários ao bom funcionamento das unidades de saúde requer um acompanhamento rigoroso.

Não é eficiente manter funcionários dedicados apenas a essa atividade, porém, o estoque necessita de vigilância permanente.

Apostar em softwares médicos que incluem ações de gestão, rastreando itens de forma automática, é uma forma inteligente de vencer esse desafio.

3. Problemas com a má distribuição de médicos

O país enfrenta carência de profissionais de saúde – em especial, de médicos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Brasil tenha 17,6 médicos para cada 10 mil habitantes, ao passo que, em países europeus, a taxa ultrapassa os 33.

Essa questão fica pior diante da desigualdade na distribuição dos profissionais, que estão concentrados no Sudeste.

Dados da pesquisa Demografia Médica 2018 evidenciam que a região tem 2,81 médicos por cada mil habitantes, enquanto Norte e Nordeste contam com somente 1,16 e 1,41, respectivamente.

Oferecer planos de carreira atraentes é uma saída para atrair os profissionais para essas regiões.

Também vale investir em opções de teleconsulta e atendimento a distância para evitar que o paciente precise percorrer longas trajetórias até uma unidade de saúde.

4. Longas filas de espera

Várias são as razões por trás da demora no atendimento via SUS, como a superlotação dos hospitais.

Essa questão pode ser contornada por meio de ferramentas de apoio à gestão, à triagem de pacientes e auxílio para que os profissionais estabeleçam os atendimentos prioritários.

Outra demanda urgente é pela eficiência da atenção primária, responsável pelos casos de menor gravidade.

Em um fluxo ideal, o paciente passaria primeiro pelo posto de saúde ou Unidade Básica de Saúde (UBS).

Depois, receberia os cuidados e, só então, seria encaminhado a outros estabelecimentos, se necessário.

5. Falta de leitos é problema no SUS

Um levantamento divulgado pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em 2018 calculou a perda de 40 mil leitos hospitalares nos últimos 10 anos, sendo 23 mil na rede pública.

Falta de equipamentos e de profissionais são motivos comuns para o fechamento dos leitos, necessários para uma estadia digna nos hospitais.

Como solução, é preciso apostar em uma gestão estratégica, empregando metodologias e recursos modernos para contratar mais pessoas e obter aparelhos de qualidade.

Falta de leitos em hospitais do SUS

Carência de leitos hospitalares é um dos principais desafios na saúde pública do país

Alternativas ao SUS: qualidade e custo-benefício

Até aqui, você deve ter percebido a abrangência e complexidade dos problemas do SUS.

Apesar de ser referência de sistema único e universal para a saúde, os gargalos atrapalham a assistência a uma parcela expressiva da população.

Por isso, depender apenas do SUS pode não ser a melhor alternativa.

A boa notícia é que já existem opções na rede privada que oferecem atendimento humanizado a um preço justo.

Inclusive, em tempos de isolamento social, você pode contar com o suporte da telemedicina, recebendo assistência no conforto da sua casa, sem precisar enfrentar filas.

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Conclusão

Os problemas do SUS complicam o acesso a serviços de saúde adequados.

Assim, geram efeitos negativos para a qualidade de vida dos usuários.

A solução passa por métodos de gestão mais eficientes e o apoio da tecnologia, mas também é preciso aumentar a verba para a área da saúde.

Nesse cenário, surgem alternativas viáveis para o paciente, como a teleconsulta, que diminui a espera e ajuda a humanizar o atendimento.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin