Buspar: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 3 de dezembro de 2025
Buspar

Buspar é um dos nomes comerciais para a buspirona.

Usado para o tratamento de diversas formas de ansiedade, esse medicamento pode ser encontrado na forma de comprimidos de 5 mg e 10 mg.

Ele tem venda com retenção de receita, como você vai descobrir nas próximas linhas.

Avance na leitura para acompanhar, ainda, detalhes sobre as indicações e a posologia.

Você também vai descobrir como pedir ou renovar a receita médica online sem burocracia via telemedicina.

O que é Buspar?

Buspar é um fármaco ansiolítico à base de cloridrato de buspirona.

Classificado entre os ativos não benzodiazepínicos, esse remédio se destaca por não gerar efeito sedativo ou hipnótico. 

Ele também não causa dependência física ou tolerância.

Mas esse uso seguro requer que o paciente siga a prescrição médica corretamente, sem alterar doses ou interromper o tratamento por conta própria.

Continue lendo para conhecer mais sobre as suas indicações.

Para que serve Buspar

O remédio serve para tratar distúrbios de ansiedade.

Embora a ciência ainda não tenha desvendado totalmente seu efeito terapêutico, a buspirona parece regular receptores neuronais da dopamina, serotonina, noradrenalina e acetilcolina.

O resultado é a prevenção de crises de ansiedade e diminuição de sintomas como tensão, agitação, insônia e estado de alerta constante.

Principais indicações

Disponível para download no bulário da Anvisa, a bula do Ansitec (medicamento de referência para a buspirona) traz as seguintes indicações:

  • Transtorno de ansiedade generalizada
  • Alívio em curto prazo dos sintomas de ansiedade, acompanhados ou não de depressão.

Outras recomendações dependem de avaliação médica.

Como tomar Buspar

Não corte, mastigue, nem abra os comprimidos de 5 mg e 10 mg.

Eles devem ser tomados por via oral, com a ajuda de um copo de água, com ou sem alimentos.

Vale lembrar que cada tratamento é individualizado, portanto, siga a orientação médica para obter o resultado desejado.

Abaixo, trago os esquemas terapêuticos descritos na bula do remédio:

  • Transtornos de ansiedade em adultos e idosos: a dosagem inicial recomendada é de 15 mg diários (5 mg três vezes ao dia, de preferência nos intervalos das refeições). Para atingir resposta ótima terapêutica, a cada dois ou três dias a dose poderá ser aumentada em 5 mg por dia, se necessário. A dosagem máxima diária não deve exceder 60 mg. Uma resposta ótima terapêutica é obtida para a maioria dos pacientes com pequenos aumentos na dose até uma dosagem diária de 20 a 30 mg, divididos em duas ou três tomadas.

Caso a buspirona seja administrada com um potente inibidor da isoenzima CYP3A4 do citocromo P450, como itraconazol ou nefazodona, a dosagem inicial deve ser reduzida e titulada com base na avaliação clínica.

Para mais instruções, fale com o médico e com o farmacêutico.

Receita de Buspar

Você vai precisar de uma receita C1 para ter acesso ao medicamento.

Falo da receita de controle especial, que é emitida em duas vias iguais, permitindo que a segunda via seja carimbada pelo farmacêutico e devolvida ao comprador.

Ela permite a consulta rápida às recomendações sobre dosagens, via de administração, horários e outros tópicos indispensáveis ao sucesso do tratamento.

Por sua vez, a primeira via fica retida pela farmácia, respeitando o que determina a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para os fármacos da lista C1 da Portaria SVS/MS nº 344/1998.

Ao estabelecer o regulamento de remédios controlados no Brasil, a legislação da Anvisa exigiu que a buspirona e demais substâncias antidepressivas, antipsicóticas, antidemenciais e antiparkinsonianas do grupo C1 respeitem regras específicas de prescrição.

Com o objetivo de coibir o uso indiscriminado, elas só podem ser liberadas mediante a apresentação da receita branca C1, válida por 30 dias.

O documento pode dispensar remédio para até dois meses de tratamento.

Ele costuma ser entregue ao final da consulta de psiquiatria, por exemplo, que pode ser realizada presencialmente ou por videoconferência.

Acesse este link para marcar uma teleconsulta em instantes!

Dúvidas frequentes sobre Buspar

Nesta seção, trago questionamentos recorrentes sobre o medicamento, junto a respostas simples.

Qual o efeito colateral de Buspar?

Tontura (incluindo vertigem), cefaleia (dor de cabeça) e sonolência são as reações adversas mais frequentes, sentidas por 10% dos pacientes em tratamento com buspirona.

Outros efeitos colaterais comuns são:

  • Nervosismo
  • Insônia
  • Distúrbios de atenção (concentração)
  • Depressão
  • Estado confusional
  • Alterações do sono
  • Raiva
  • Parestesia (sensação semelhante a alfinetadas)
  • Visão turva
  • Coordenação anormal
  • Tremor
  • Tinido (zumbido no ouvido)
  • Taquicardia (aumento da frequência dos batimentos cardíacos)
  • Dor torácica (dor no peito)
  • Congestão nasal
  • Dor faringolaríngea (dor de garganta)
  • Náusea (enjoo)
  • Dor abdominal
  • Boca seca
  • Diarreia
  • Constipação
  • Vômito
  • Suor frio
  • Erupção cutânea (lesões na pele)
  • Dor musculoesquelética
  • Fadiga (cansaço).

Mais raramente, podem surgir desmaios, amnésia, perda do controle muscular (ataxia) e outros sintomas intensos.

Procure ajuda médica se perceber reações graves.

Buspar tira o sono?

Algumas vezes, sim, pois a insônia é um efeito colateral comum.

Contudo, a sonolência é ainda mais frequente entre os pacientes tratados com Buspar.

Quem não pode tomar Buspar?

O medicamento é contraindicado em caso de:

  • Hipersensibilidade (alergia) ao cloridrato de buspirona ou a qualquer componente da formulação
  • Pacientes menores de 18 anos de idade 
  • Epilepsia
  • Intoxicação aguda por álcool, hipnóticos, analgésicos ou drogas antipsicóticas
  • Insuficiência renal e hepática graves
  • História de crises convulsivas
  • Gravidez e lactação, exceto se, na opinião do médico, o benefício exceder o risco potencial ao bebê.

Comunique seu médico havendo qualquer impedimento.

Conclusão

Gostou de saber mais sobre o Buspar?

Esse e outros remédios com buspirona devem ser tomados com cautela, evitando-se práticas danosas como a automedicação.

Para manter os efeitos terapêuticos em dia, é preciso dar continuidade ao tratamento durante o período determinado pelo médico.

Pensando nisso, a Telemedicina Morsch oferece uma solução para trocar prescrições que estejam perdendo a validade.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin