CID G43.0 – Enxaqueca sem aura (enxaqueca comum)
CID G43.0 faz referência à Enxaqueca sem aura [enxaqueca comum] dentro da Classificação Internacional de Doenças.
Discorro sobre a conduta médica diante desse tipo de dor de cabeça ao longo deste artigo.
Trago ainda um bônus com serviços de telemedicina que otimizam a assistência aos pacientes.
CID G43.0: o que significa?
CID G43.0 é o código para enxaqueca sem aura [enxaqueca comum].
Esta é a primeira das 6 subcategorias do CID G43, que reúne todos os tipos de enxaqueca e integra a seção Transtornos episódicos e paroxísticos (CIDs G40-G47) do Capítulo VI – Doenças do sistema nervoso (G00-G99).
Enxaqueca é uma síndrome crônica caracterizada por dor de cabeça latejante em um lado, podendo ser precedida pela fase de aura, que geralmente provoca alterações na visão.
A forma sem aura é a mais comum, que responde por 70 a 80% dos casos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia.
Conduta médica para o CID G43.0
Muitas vezes, o exame clínico é suficiente para diagnosticar CID G43.0.
Segundo o estudo “Cefaleias primárias: diagnóstico e tratamento”, a síndrome deve ser suspeitada com base na ocorrência de pelo menos cinco crises que apresentem:
- Duração entre 4 e 72 horas (não tratada ou tratada sem sucesso)
- Náusea ou vômito durante o período álgico
- Presença de pelo menos duas das seguintes características: localização unilateral, apresentação pulsátil, intensidade de moderada à severa, agravo em situações de esforço físico de leve intensidade
- Exclusão de outros diagnósticos sindrômicos.
A partir do diagnóstico da condição, passamos ao tratamento.
Tratamento
Medidas não farmacológicas como a identificação de gatilhos são eficazes para prevenir novas crises de enxaqueca.
Diversas condições podem desencadear crises, a exemplo de:
- Tensão
- Estresse
- Ansiedade
- Jejum prolongado
- Noites mal dormidas
- Tensão pré-menstrual ou período menstrual
- Uso excessivo de analgésicos
- Excesso de cafeína
- Consumo de alimentos variados, como sorvetes, chocolate, itens gordurosos ou condimentados.
Identificados durante a anamnese médica, os gatilhos devem ser evitados.
O uso de medicamentos reforça a abordagem terapêutica, prevenindo ou diminuindo a intensidade das crises.
O Protocolo Nacional para Diagnóstico e Manejo das Cefaleias indica os seguintes fármacos para casos de dor com início há 72 horas ou menos:
- Antiemético parenteral, em caso de vômitos ou uso prévio de medicações
- Dimenidrato por via intravenosa (diluído em soro fisiológico) ou intramuscular
- Dipirona
- Cetoprofeno
- Sumatriptano (se não houver melhora em uma hora).
Para episódios que se estendem por mais de 72 horas, é recomendado:
- Dexametasona com jejum e acesso venoso para reposição de fluidos
- Clorpromazina (em casos crônicos).
É importante observar o protocolo médico durante o tratamento.
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