CID G43.0 – Enxaqueca sem aura (enxaqueca comum)

Por Dr. José Aldair Morsch, 5 de dezembro de 2023
CID G43.0

CID G43.0 faz referência à Enxaqueca sem aura [enxaqueca comum] dentro da Classificação Internacional de Doenças.

Discorro sobre a conduta médica diante desse tipo de dor de cabeça ao longo deste artigo.

Trago ainda um bônus com serviços de telemedicina que otimizam a assistência aos pacientes.

CID G43.0: o que significa?

CID G43.0 é o código para enxaqueca sem aura [enxaqueca comum].

Esta é a primeira das 6 subcategorias do CID G43, que reúne todos os tipos de enxaqueca e integra a seção Transtornos episódicos e paroxísticos (CIDs G40-G47) do Capítulo VI – Doenças do sistema nervoso (G00-G99).

Enxaqueca é uma síndrome crônica caracterizada por dor de cabeça latejante em um lado, podendo ser precedida pela fase de aura, que geralmente provoca alterações na visão.

A forma sem aura é a mais comum, que responde por 70 a 80% dos casos, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia.

Conduta médica para o CID G43.0

Muitas vezes, o exame clínico é suficiente para diagnosticar CID G43.0.

Segundo o estudo “Cefaleias primárias: diagnóstico e tratamento”, a síndrome deve ser suspeitada com base na ocorrência de pelo menos cinco crises que apresentem:

  • Duração entre 4 e 72 horas (não tratada ou tratada sem sucesso)
  • Náusea ou vômito durante o período álgico
  • Presença de pelo menos duas das seguintes características: localização unilateral, apresentação pulsátil, intensidade de moderada à severa, agravo em situações de esforço físico de leve intensidade
  • Exclusão de outros diagnósticos sindrômicos.

A partir do diagnóstico da condição, passamos ao tratamento.

Tratamento

Medidas não farmacológicas como a identificação de gatilhos são eficazes para prevenir novas crises de enxaqueca.

Diversas condições podem desencadear crises, a exemplo de:

  • Tensão
  • Estresse
  • Ansiedade
  • Jejum prolongado
  • Noites mal dormidas
  • Tensão pré-menstrual ou período menstrual
  • Uso excessivo de analgésicos
  • Excesso de cafeína
  • Consumo de alimentos variados, como sorvetes, chocolate, itens gordurosos ou condimentados.

Identificados durante a anamnese médica, os gatilhos devem ser evitados.

O uso de medicamentos reforça a abordagem terapêutica, prevenindo ou diminuindo a intensidade das crises.

O Protocolo Nacional para Diagnóstico e Manejo das Cefaleias indica os seguintes fármacos para casos de dor com início há 72 horas ou menos:

  • Antiemético parenteral, em caso de vômitos ou uso prévio de medicações
  • Dimenidrato por via intravenosa (diluído em soro fisiológico) ou intramuscular
  • Dipirona
  • Cetoprofeno
  • Sumatriptano (se não houver melhora em uma hora).

Para episódios que se estendem por mais de 72 horas, é recomendado:

  • Dexametasona com jejum e acesso venoso para reposição de fluidos
  • Clorpromazina (em casos crônicos).

É importante observar o protocolo médico durante o tratamento.

Serviços Morsch para o CID G43.0

O manejo para CID G43.0 é facilitado com o suporte da plataforma de Telemedicina Morsch.

Se for necessário realizar exames complementares como eletroencefalograma, tomografia computadorizada ou ressonância magnética para o diagnóstico diferencial, sua equipe pode contar com o telediagnóstico.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin