Hipótese diagnóstica: o que é, importância, exemplos e como fazer
A hipótese diagnóstica é uma das principais ferramentas para o diagnóstico clínico.
Afinal, oferece um ponto de partida para a resolução do problema médico.
É o que permite a construção de um raciocínio lógico para identificar uma doença ou descartar uma suspeita com agilidade, prosseguindo com a investigação rumo a um diagnóstico preciso.
Nas próximas linhas, falo mais sobre o conceito, importância e exemplos de hipótese diagnóstica para simplificar a prática clínica.
Acompanhe até o final para conhecer também as vantagens do laudo a distância emitido via telemedicina.
O que é hipótese diagnóstica?
Hipótese diagnóstica é uma suspeita baseada no exame clínico.
De acordo com o estudo “Raciocínio clínico – o processo de decisão diagnóstica e terapêutica”,
“Clinicamente, as hipóteses devem ser vistas como rótulos pessoais que os médicos aprenderam a usar para identificar um conjunto de elementos que caracterizam uma doença, um conceito fisiopatológico, etiologias etc. São idiossincrasias usadas para um arquivo pessoal de fatos ou conceitos clínicos de forma a facilitar o acesso à memória”.
Geralmente, uma ou mais hipóteses diagnósticas surgem na mente do médico durante a anamnese e avaliação física, indicando quais patologias podem estar na origem dos sintomas.
Elas podem ser confirmadas ou refutadas com o auxílio de recursos como os exames complementares, que adicionam dados pertinentes ao diagnóstico clínico.
Qual a importância da hipótese diagnóstica?
Como mencionei na introdução do texto, a hipótese diagnóstica oferece um ponto de partida para a detecção de patologias.
Por mais simples que pareça, essa suspeita aparece como resultado dos conhecimentos e experiências do profissional, permitindo que ele monte um plano de investigação coerente.
Partindo de sinais de doenças cardiovasculares, por exemplo, o médico poderá recorrer a exames que aprofundem o estudo do aparelho cardiovascular, como o eletrocardiograma.
Ou seja, ter em mente uma hipótese ajuda a descartar uma série de procedimentos não relacionados à afecção, colaborando para um diagnóstico mais rápido.
Isso, por sua vez, acelera a prescrição do tratamento adequado e a recuperação do paciente.
Sem falar na economia de recursos que seriam desperdiçados com avaliações desnecessárias, como horas de trabalho, insumos etc.
Nesse cenário, faz sentido dizer que as suspeitas construídas por meio do raciocínio clínico norteiam a conduta médica, possibilitando a visualização dos próximos passos para uma assistência de qualidade.
Quem pode dar hipótese diagnóstica?
Geralmente, a hipótese diagnóstica é parte do ato médico, podendo ser dada por médicos generalistas e especialistas.
Lembrando que médico generalista ou clínico geral é aquele que foi aprovado na graduação em medicina a tem registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) de sua região.
Enquanto o médico especialista complementa sua formação profissional com a residência médica ou especialização em diferentes áreas.
Dependendo do contexto, outros profissionais de saúde podem construir hipóteses diagnósticas, a exemplo de doenças mentais avaliadas pelo psicólogo.
Exemplos de hipótese diagnóstica
A hipótese diagnóstica é útil em qualquer tipo de atendimento médico, de consultas de rotina a emergências.
No entanto, diante de eventos potencialmente fatais, é indispensável contar com um raciocínio ágil para evitar a morte ou sequelas importantes.
Um exemplo é o infarto agudo do miocárdio, que deve ser cogitado na presença de dor precordial aguda, palidez, sudorese e falta de ar.
Principalmente se a vítima for cardiopata ou apresentar fatores de risco para o IAM, como hipertensão, tabagismo, diabetes e obesidade.
Já a síndrome nefrótica é suspeitada diante de proteinúria maciça, tipicamente combinada a hipoalbuminemia, edema e fatores predisponentes (diabetes, amiloidosis, lúpus eritematoso sistêmico).
Falta de ar, tosse persistente e produção de muco motivam a investigação de doenças respiratórias.
A história pregressa de tabagismo aponta para doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por exemplo, enquanto quadros existentes desde a infância podem ser desencadeados pela asma.
Como fazer uma hipótese diagnóstica?
Mencionei antes que as hipóteses diagnósticas surgem a partir do acesso a dados coletados no exame clínico.
Por isso, talvez a questão seja: como formular a hipótese diagnóstica correta? Confira um passo a passo que vai ajudar nessa tarefa:
- Comece pela anamnese quando possível, fazendo perguntas abertas para coletar informações de interesse
- Depois, tire dúvidas usando questões fechadas e pontuais
- Anote dados sobre os sintomas, sua intensidade e pontos do histórico do paciente
- Conduza a avaliação física com base nos sinais identificados durante a anamnese
- Escolha uma metodologia inspirada em sua base de conhecimentos para desenvolver diferentes hipóteses
- É possível utilizar o conhecimento centrado no dado para desvendar um sintoma ou resultado laboratorial
- Ou o conhecimento centrado na doença para reconhecer manifestações clínicas típicas de uma patologia
- Então, planeje uma investigação para confirmar ou refutar as hipóteses diagnósticas. Pode incluir exames complementares, novos exames clínicos e monitoramento da evolução dos sintomas.
A seguir, comento sobre o uso do laudo online no telediagnóstico.
Laudo eletrônico acelera o diagnóstico do paciente
A emissão de laudos eletrônicos auxilia os médicos na estratégia de investigação.
Graças ao telediagnóstico, é possível obter resultados de exames complementares em minutos através de uma plataforma de telemedicina.
Softwares em nuvem como o da Telemedicina Morsch são amplamente acessíveis para pessoas autorizadas, bastando que tenham um dispositivo com conexão à internet.
Um técnico em radiologia ou enfermagem pode conduzir os procedimentos normalmente e compartilhar seus registros após fazer login no sistema.
Assim, um de nossos especialistas de plantão avalia os achados à luz da hipótese diagnóstica e anota suas conclusões no laudo online.
O documento é finalizado com a assinatura digital do médico e liberado na plataforma.
O serviço está disponível para as seguintes especialidades:
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Conclusão
Abordei neste artigo as características e finalidades da hipótese diagnóstica.
Ficou evidente que essa ferramenta é enriquecida pela vivência, dedicação e investimentos em educação continuada pelo médico ou profissional de saúde.
Conte com o suporte do time Morsch para qualificar o diagnóstico e conferir celeridade ao tratamento dos seus pacientes.
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