Polissonografia infantil: o que é, para que serve e como é feita
Síndrome da apneia obstrutiva do sono é um dos distúrbios detectados pela polissonografia infantil.
A monitorização em sono ajuda, por exemplo, a diferenciar SAOS e o ronco primário – que tem curso benigno.
Há ainda outras condições investigadas com o suporte desse importante exame, que pode ser feito em laboratório ou na residência do paciente.
Nos próximos tópicos, apresento as principais informações sobre a finalidade, contraindicações e como é feita a polissonografia pediátrica.
Você também vai conferir os benefícios dos laudos online emitidos via plataforma de telemedicina.
O que é polissonografia infantil?
Polissonografia infantil é um exame que monitora diversas funções corporais enquanto a criança dorme.
Usando eletrodos e sensores, o procedimento avalia as mudanças que ocorrem durante o sono.
Assim, dá suporte ao diagnóstico de anomalias neurológicas, respiratórias, musculares, entre outras.
Tudo depende dos exames feitos no monitoramento, que podem incluir:
- Eletrocardiograma (ECG) para mostrar a atividade elétrica do músculo cardíaco
- Eletroencefalograma (EEG) para avaliar os impulsos elétricos do cérebro
- Oximetria de pulso para medir a saturação de oxigênio no sangue
- Eletromiograma para observar o movimento dos músculos
- Eletro-oculograma para identificação das fases do sono, e em que momento se iniciam, através do movimento dos olhos – pois o sono profundo ou REM é caracterizado por movimentos oculares rápidos.
Na sequência, falo mais sobre os objetivos do exame de polissonografia em crianças.
Para que serve a polissonografia infantil?
A polissonografia infantil oferece um panorama com dados sobre as atividades do corpo da criança enquanto ela dorme.
O que é de grande importância, pois vários processos vitais se alteram durante o sono.
Um deles é a respiração, que pode ser afetada pelo relaxamento de músculos, malformações ou causas neurológicas, causando apneia obstrutiva do sono.
Quando a pausa respiratória superior a 10 segundos é frequente, indica o diagnóstico de SAOS (síndrome mencionada na abertura do artigo).
A doença pode afetar pessoas de todas as idades, mas é comum entre pacientes pediátricos, chegando a acometer de 1% a 3% das crianças que roncam.
Conforme a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), o ronco faz parte da rotina de 10% dos meninos e meninas.
No estudo “Achados polissonográficos em crianças portadoras de laringopatias”, os autores afirmam que:
“O exame diagnóstico padrão-ouro para SAOS na infância é a polissonografia. Quando pode ser efetuada, a polissonografia separa com clareza portadores de ronco primário de pacientes com apneia (obstrutiva, central e mista) do sono”.
Outras condições investigadas pela monitorização do sono são:
- Terror noturno
- Pesadelos
- Enurese noturna
- Sonambulismo
- Sonolência excessiva durante o dia
- Cansaço crônico
- Falta de atenção.
Vamos entender a seguir como o exame é feito.
Como é feito o exame de polissonografia infantil?
O procedimento pode ser feito em laboratório ou na residência do paciente, a fim de dar maior conforto.
A polissonografia em laboratório é mais completa e costuma ser solicitada quando existe suspeita de distúrbios de maior gravidade.
Casos mais leves e sem comorbidades podem se beneficiar da polissonografia domiciliar, realizada usando um equipamento portátil previamente instalado por um técnico.
Em ambas as modalidades, o paciente tem eletrodos colados na pele da cabeça, para o EEG, e no tórax, para o ECG.
A oximetria costuma ser feita por meio de um dispositivo colocado no dedo da criança.
Ela deve ser alimentada ou amamentada, vestir roupas confortáveis e dormir durante pelo menos seis horas seguidas.
Assim que se deita, os equipamentos de monitoramento são ligados, gravando as atividades corpóreas desde a vigília, sonolência e sono profundo.
São gerados gráficos e curvas a partir dos dados coletados, que serão interpretados por especialistas.
O exame termina quando a criança desperta e tem os eletrodos e outros dispositivos removidos.
Então, ela pode seguir com sua rotina normalmente.
Contraindicações do exame de polissonografia infantil
A polissonografia infantil é bastante segura e pode ser feita até mesmo em bebês.
Porém, certas situações interferem no resultado do exame, fazendo com que seja contraindicado.
Falo de gripes, resfriados e tosses, que diminuem a qualidade do sono e influenciam no monitoramento do paciente.
Ferimentos no couro cabeludo e pele também prejudicam a polissonografia, impedindo que os eletrodos sejam fixados de maneira adequada.
Sem contar no desconforto para a criança, que pode ter o ferimento agravado devido ao gel condutor de eletricidade, por exemplo. Aliás, vermelhidão e coceira leve são comuns após a retirada dos eletrodos.
Resultado e interpretação da polissonografia infantil
Devido à complexidade e registros distintos, a interpretação da polissonografia pede os conhecimentos de diferentes médicos, geralmente com formação inicial em pediatria.
O eletrocardiograma, por exemplo, é interpretado pelo cardiologista, enquanto o eletroencefalograma é avaliado pelo neurologista.
Saturação de oxigênio e frequência respiratória são analisadas pelo pneumologista e por aí vai.
Cada um desses especialistas observa os achados da monitorização e os compara a padrões de normalidade para a idade da criança e cada fase do sono.
Número de despertares durante a noite, arritmias, alterações respiratórias e de movimentos são alguns dos eventos avaliados e registrados no laudo médico.
Vantagens da telemedicina nos laudos de polissonografia
Reunir os especialistas necessários para laudar a polissonografia não é uma tarefa simples.
Principalmente quando a clínica ou hospital ficam em locais afastados dos centros urbanos, onde há grande carência de médicos.
Ou mesmo em serviços com alta demanda nas capitais, que costumam ter longas filas de espera para a entrega de resultados de exames.
Mas existe uma solução digital para esse problema: os laudos eletrônicos.
Usando um sistema de telemedicina, sua equipe pode compartilhar os registros da polissonografia infantil com especialistas.
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Eles produzem o laudo eletrônico, finalizado com sua assinatura digital.
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Conclusão
Neste artigo, discorri sobre as indicações, realização e interpretação da polissonografia infantil.
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Com menos filas, fica mais fácil fidelizar seus pacientes e aumentar os lucros.
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