Escitalopram: para que serve, receita e como tomar

Por Dr. José Aldair Morsch, 27 de abril de 2023
Escitalopram

Escitalopram é um remédio utilizado para tratar transtornos psíquicos como depressão e síndrome do pânico.

É comercializado como solução (20 mg) ou comprimidos revestidos de 10 mg, 15 mg e 20 mg.

Nos próximos tópicos, explico o mecanismo de ação, possíveis efeitos colaterais e qual o tipo de receita médica para escitalopram.

O que é escitalopram?

Escitalopram é um fármaco antidepressivo que pertence à classe dos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS).

Destinado a adultos, o medicamento dá suporte no tratamento de diferentes doenças mentais.

Dessa forma, colabora para o bem-estar emocional.

No entanto, deve ser administrado com cautela, pois impacta o funcionamento do sistema nervoso central (SNC).

Explico melhor nas próximas linhas.

Para que serve o escitalopram

O escitalopram serve para tratar distúrbios depressivos e ansiosos.

A chave para sua ação está na maior disponibilidade de neurotransmissores como a serotonina, que tem sua concentração aumentada no cérebro.

Nesse cenário, acontece a regulação do humor, elevando a energia e disposição e reduzindo sensações negativas como a tensão e irritabilidade.

Principais indicações

O oxalato de escitalopram costuma ser prescrito para:

Outras indicações dependem de avaliação médica.

Como tomar oxalato de escitalopram

O medicamento deve ser ingerido uma vez ao dia, de preferência no mesmo horário.

Pode ser administrado perto ou longe das refeições, conforme a rotina do paciente.

Os efeitos são percebidos após algumas semanas de tratamento.

Abaixo, trago as principais instruções de uso para a solução (20 mg) ou comprimidos revestidos de 10 mg, 15 mg e 20 mg.

Solução

A forma mais simples de tomar é verter o frasco diretamente na boca.

Caso prefira, o paciente pode diluir o líquido em água, suco de maçã ou de laranja, apenas.

Cada gota da solução de escitalopram contém 1 mg do princípio ativo, conforme descreve a bula.

A posologia é realizada de acordo com a doença tratada, como você observa a seguir:

  • Prevenção da recaída ou recorrência da depressão: a dose usual corresponde a 10 mg (10 gotas) ao dia, podendo ser ajustada conforme a resposta clínica, até o valor máximo de 20 mg (20 gotas) ao dia
  • Transtorno de pânico: geralmente, inicia-se a abordagem terapêutica com doses de 5 mg (5 gotas) ao dia, gradualmente aumentadas até 10 mg/dia (10 gotas). A dosagem máxima é de 20 mg (20 gotas) por dia
  • Transtorno de ansiedade social: a dose usual terapêutica é de 10 mg ao dia (10 gotas), podendo ser ajustada pelo médico para doses maiores (até 20 mg) ou menores (5 mg), a fim de aumentar a tolerabilidade
  • Transtorno de ansiedade generalizada: também tem dose usual de 10 mg ou 10 gotas ao dia, com limite máximo de 20 gotas
  • Transtorno obsessivo compulsivo: o tratamento costuma começar com doses de 10 gotas ao dia. Essa dosagem será constantemente reavaliada pelo médico, podendo chegar a 20 mg/dia.

Em caso de dúvidas, converse com seu médico.

Comprimidos revestidos

Recomenda-se que não sejam mastigados ou partidos, e sim engolidos com água.

A não ser para quem vai iniciar com doses de 5 mg, que pode partir o comprimido de 10 mg ao meio.

A administração do oxalato de escitalopram deve ser feita conforme as seguintes orientações:

  • Prevenção da recaída ou recorrência da depressão: a abordagem medicamentosa começa com 10 mg/dia e tende a permanecer nesse patamar. Se necessário, o médico pode prescrever até 20 mg ao dia
  • Transtorno de pânico: a dose inicial para a primeira semana fica em 5 mg ao dia, sendo posteriormente aumentada para 10 mg – ou até 20 mg/dia
  • Transtorno de ansiedade social: a dose usual terapêutica é de 10 mg ao dia, mas pode ser reduzida para 5 mg ou elevada até 20 mg diários, de acordo com a resposta clínica
  • Transtorno de ansiedade generalizada: o tratamento começa com doses de 10 mg/dia, que podem ser ajustadas para até 20 mg pelo médico
  • Transtorno obsessivo compulsivo: dose inicial usual de 10 mg ao dia, podendo chegar ao máximo de 20 mg.

Siga a orientação médica à risca para evitar efeitos adversos.

Receita de escitalopram

A compra desse fármaco exige a entrega da receita branca do tipo C1.

Conhecido como receita de controle especial, esse tipo de prescrição é necessário para a dispensação das substâncias que fazem parte do grupo C1, monitorado pela Anvisa devido à ação sobre o sistema nervoso central.

Além dos antidepressivos como o escitalopram, anticonvulsivantes, antiparkinsonianos e antipsicóticos fazem parte desse grupo.

A receita branca C1 tem validade de 30 dias e é emitida em duas vias, permitindo que uma fique retida na farmácia ou drogaria.

A segunda via permanece com o paciente para a conferência de detalhes sobre a posologia e outras informações importantes para o tratamento.

Dúvidas frequentes sobre escitalopram

A seguir, esclareço algumas questões recorrentes sobre esse fármaco.

Quais os efeitos colaterais do escitalopram?

Confira algumas possíveis reações adversas ao medicamento:

  • Nariz entupido ou com coriza (sinusite)
  • Aumento ou diminuição do apetite
  • Ansiedade, inquietude, sonhos anormais, dificuldades para dormir, sonolência diurna, tonturas, bocejos, tremores
  • Sensação de agulhadas na pele
  • Diarreia, constipação, vômitos, boca seca
  • Aumento do suor
  • Dores musculares e nas articulações
  • Distúrbios sexuais
  • Cansaço
  • Febre
  • Aumento do peso
  • Alterações no ritmo cardíaco, como arritmias.

Outras reações devem ser relatadas ao médico.

Qual o melhor horário para tomar escitalopram?

Não existe horário padrão, mas é importante tomar o remédio sempre na mesma hora.

Quem não pode tomar escitalopram?

As contraindicações para escitalopram incluem:

  • Alergia aos componentes do medicamento
  • Uso de medicamentos conhecidos como inibidores da monoaminoxidase (IMAO), como selegilina e moclobemida
  • Ocorrência de episódios de arritmia cardíaca
  • Uso de medicamentos para tratamento de arritmia cardíaca ou que podem afetar o ritmo cardíaco
  • Gravidez, a não ser que haja prescrição do obstetra.

Sempre lembrando que, caso tenha dúvidas sobre o uso ou efeitos desse remédio controlado, converse com seu médico.

Conclusão

O uso seguro do escitalopram pede avaliação prévia do psiquiatra para determinar o seu tratamento.

Afinal, as respostas ao fármaco podem variar de pessoa para pessoa.

Ao perceber sintomas de distúrbios ansiosos ou depressivos, marque uma consulta o mais breve possível.

Vale contar com a plataforma de Telemedicina Morsch para conferir agilidade ao processo, agendando aqui a sua teleconsulta.

Caso você esteja buscando apenas renovar a receita para uso contínuo do medicamento, pode receber uma nova prescrição online em minutos!

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin