Amantadina: para que serve, receita e como tomar
Amantadina é um fármaco utilizado no tratamento da doença de Parkinson.
Pode ser encontrado sob a forma de comprimidos de 100 mg nas farmácias e drogarias, e deve obedecer a regras de prescrição específicas.
Explico quais são elas e como solicitar sua receita médica online ao longo deste artigo, além de trazer as principais informações sobre esse remédio.
O que é amantadina?
Amantadina é um medicamento antiparkinsoniano.
Para evitar reações adversas, deve ser tomado sempre seguindo a prescrição médica à risca, pois tem impacto sobre o funcionamento do sistema nervoso central (SNC).
Para que serve amantadina
O fármaco serve para tratar sintomas da doença de Parkinson.
Embora o mecanismo de ação não esteja completamente estabelecido, evidências indicam que a amantadina aumenta a liberação de dopamina (um neurotransmissor presente no cérebro) de maneira indireta, por meio do antagonismo dos receptores NMDA.
Como resultado, há redução de sintomas típicos de Parkinson, como tremores e movimentos lentos.
Principais indicações
De acordo com a bula do Mantidan® (marca de referência do cloridrato de amantadina), o medicamento é indicado para tratar:
- Doença de Parkinson primária
- Parkinsonismo secundário devido a outros agentes externos (ex: parkinsonismo pós-encefalítico e no parkinsonismo que se segue à lesão do SNC na intoxicação por monóxido de carbono)
- Pacientes idosos com Doença de Parkinson associada a alterações ateroscleróticas
- Reações extrapiramidais induzidas por drogas.
Uma investigação médica deve ser utilizada para confirmar a indicação do fármaco.
Como tomar cloridrato de amantadina
Os comprimidos de 100 mg devem ser tomados por via oral, com a ajuda de um pouco de água.
A seguir, reproduzo os principais esquemas terapêuticos descritos na bula do remédio.
Para mais esclarecimentos, consulte o médico e o farmacêutico.
- Parkinsonismo: a dose usual é de 100 mg, de 12 em 12 horas, quando usado isoladamente. O seu início de ação ocorre em aproximadamente 48 (quarenta) horas. Em indivíduos portadores de outras doenças sérias associadas, ou em pacientes que estejam recebendo outros medicamentos antiparkinsonianos, a dose inicial deve ser de 100 mg/dia e pode ser aumentada para 200 mg/dia (100 mg de 12 em 12 horas), se necessário, após observação do quadro
- Reações extrapiramidais induzidas por droga: a dose usual é de 100 mg, de 12 em 12 horas. Ocasionalmente, alguns pacientes que não respondem à dose de 200 mg/dia podem se beneficiar de um aumento até 300 mg/dia em doses divididas.
Se houver queda da efetividade da medicação após alguns meses, cabe ao médico avaliar a possibilidade de aumento da dose até 300 mg/dia.
Ou mesmo optar pela descontinuação temporária da amantadina por algumas semanas, seguida pela reintrodução do fármaco.
Receita de amantadina
É preciso apresentar uma receita C1 para adquirir amantadina.
Também chamada receita de controle especial, ela é emitida em duas vias iguais pelo médico.
A primeira via atende à exigência de venda com retenção de receita, enquanto a segunda é devolvida ao paciente ou cuidador para que consultem a orientação médica sempre que necessário.
Essa regra se aplica à amantadina e demais fármacos que constam na lista C1 da Instrução Normativa SVS/MS nº 344/1998, que estabeleceu o regulamento de remédios controlados no Brasil.
Além de antiparkinsonianos, o grupo reúne antidepressivos, ansiolíticos, anticonvulsivantes, antidemenciais e antipsicóticos.
Eles são monitorados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a fim de coibir o uso indiscriminado e consequente aumento do risco de agravos à saúde.
O rastreamento é feito por meio da receita branca C1, que tem validade de 30 dias, contados a partir da data seguinte à prescrição.
O documento pode liberar remédio suficiente para até 60 dias de tratamento, conforme o critério médico.
Dúvidas frequentes sobre amantadina
Agora que já apresentei as características e o tipo de receita para a compra do medicamento, confira respostas rápidas para outras questões.
Qual o efeito colateral da amantadina?
Assim como qualquer fármaco, alguns pacientes podem vivenciar reações adversas durante o uso da amantadina.
As mais comuns são:
- Náuseas
- Tontura e instabilidade
- Distúrbios do início e da manutenção do sono (insônias)
- Episódios depressivos
- Irritabilidade e mau humor
- Alucinações
- Confusão
- Anorexia
- Boca seca
- Constipação
- Ataxia não especificada
- Edema (inchaço de membros inferiores)
- Livedo reticularis (afecções da pele e do tecido celular subcutâneo)
- Hipotensão ortostática (pressão baixa)
- Cefaleia (dor de cabeça)
- Sonolência
- Nervosismo
- Pesadelos
- Agitação e inquietação
- Diarreia (alteração do hábito intestinal)
- Fadiga.
Mais raramente, podem ocorrer convulsões, ideação suicida e outros eventos graves.
Caso observe reações intensas ou severas, procure ajuda médica.
Quantos comprimidos vêm na caixa de Mantidan®?
Cada embalagem do medicamento de referência para amantadina vem com 20 ou 30 comprimidos.
Quem não pode tomar amantadina?
O remédio é contraindicado para:
- Pessoas com hipersensibilidade (alergia) à amantadina ou qualquer outro componente da fórmula
- Indivíduos com história de epilepsia
- Pacientes que já tiveram úlcera gástrica e úlcera duodenal
- Portadores de glaucoma primário de ângulo fechado que não estejam recebendo tratamento
- Mulheres grávidas ou que estejam amamentando, pois a amantadina é excretada pelo leite materno.
Comunique seu médico caso possua qualquer impedimento.
Como parar de tomar amantadina?
Tanto o início quanto a finalização do tratamento devem ser realizados sob monitoramento médico.
Geralmente, o profissional vai diminuindo a dose diária progressivamente para prevenir efeitos adversos.
Jamais interrompa o uso de forma abrupta ou por conta própria, pois isso pode desencadear agitação e inquietação, transtornos delirantes, alucinações, reações paranoides, estupor, ansiedade generalizada e episódios depressivos.
Conclusão
Gostou de saber mais sobre a amantadina?
Vale lembrar, aqui, os riscos da automedicação, que pode piorar o quadro de saúde.
Portanto, faça uso racional desse fármaco, de acordo com a dosagem, horários e período de tratamento prescritos pelo seu médico.
Na dúvida, consulte novamente um neurologista, geriatra ou outro médico para investigar possíveis sintomas de doenças do sistema nervoso.
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