CID F91 – Distúrbios de conduta (pacientes pediátricos)

Por Dr. José Aldair Morsch, 2 de maio de 2023
CID F91

O CID F91 faz referência a Distúrbios de conduta na Classificação Internacional de Doenças.

Esse diagnóstico é reservado a pacientes pediátricos, sendo frequente na rotina de psiquiatras que atendem crianças e adolescentes.

Nos próximos tópicos, apresento mais conhecimentos sobre o significado e a conduta médica nesses casos.

CID F91: o que significa?

CID F91 é o código que identifica distúrbios de conduta no universo de transtornos do comportamento e transtornos emocionais que aparecem habitualmente durante a infância ou a adolescência.

Essas condições são detalhadas entre os CIDs F90 e F98, inseridos no Capítulo V – Transtornos mentais e comportamentais.

Conforme detalha o DATASUS, o CID F91 inclui 6 subclassificações:

  • F91.0: Distúrbio de conduta restrito ao contexto familiar
  • F91.1: Distúrbio de conduta não-socializado
  • F91.2: Distúrbio de conduta do tipo socializado
  • F91.3: Distúrbio desafiador e de oposição
  • F91.8: Outros transtornos de conduta
  • F91.9: Transtorno de conduta não especificado.

Já as condições excluídas desse código são:

  • Esquizofrenia (F20.-)
  • Transtornos globais do desenvolvimento (F84.-)
  • Transtornos do humor [afetivos] (F30-F39)
  • Comportamentos associados com transtornos emocionais (F92.-) ou hipercinéticos (F90.1).

A plataforma do SUS traz a seguinte definição para esses distúrbios:

“Os transtornos de conduta são caracterizados por padrões persistentes de conduta dissocial, agressiva ou desafiante. Tal comportamento deve comportar grandes violações das expectativas sociais próprias à idade da criança; deve haver mais do que as travessuras infantis ou a rebeldia do adolescente e se trata de um padrão duradouro de comportamento (seis meses ou mais)”.

Conduta médica para o CID F91

O diagnóstico é clínico, tendo por base a observação dos seguintes tipos de comportamento:

  • Manifestações excessivas de agressividade e tirania
  • Crueldade com relação a outras pessoas ou a animais
  • Destruição dos bens de outrem
  • Condutas incendiárias
  • Roubos
  • Mentiras repetidas
  • Cabular aulas e fugir de casa
  • Crises de birra e de desobediência anormalmente frequentes e graves.

Crianças e adolescentes que apresentem distúrbios de conduta devem receber acompanhamento psicológico e psiquiátrico.

Psicoterapia e terapia familiar ajudam a elevar a autoestima, enquanto fármacos antipsicóticos como a risperidona, junto a estimulantes e/ou estabilizadores de humor, dão suporte medicamentoso.

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Dr. José Aldair Morsch
Dr. José Aldair Morsch
Cardiologista
Médico formado pela FAMED - FURG – Fundação Universidade do Rio Grande – RS em 1993 - CRM RS 20142. Medicina interna e Cardiologista pela PUCRS - RQE 11133. Pós-graduação em Ecocardiografia e Cardiologia Pediátrica pela PUCRS. Linkedin